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- Estratégias utilizadas na prevenção da hipotermia do recém-nascido no intraoperatório : revisão integrativa da literaturaPublication . Campos, Ana Cristina Sabino; Silva, Ernestina Batoca VeríssimoEnquadramento: Neste documento designado Estágio com Relatório Final é apresentada a reflexão crítica acerca da aquisição de competências de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica no contexto dos estágios e a investigação realizada, cujo tema é “Estratégias utilizadas na prevenção da hipotermia do recém-nascido no intraoperatório”. A hipotermia no recém-nascido é caracterizada pela redução da temperatura corporal atingindo valores inferiores a 36,5ºC. A termorregulação ineficaz é uma das principais complicações com que este se depara, uma vez que a hipotermia predispõe a alterações fisiológicas e neurológicas graves. A prevenção da hipotermia é uma das medidas essenciais para a qualidade da assistência neonatal no intraoperatório, na medida em que os recém-nascidos estão expostos a vários fatores que favorecem a perda de calor, como a anestesia geral, a exposição da pele e das cavidades corporais, o uso de soluções frias e o ambiente da sala operatória. Assim, surge o interesse em conhecer o perfil de termorregulação do recém-nascido pois suscita a reflexão sobre as causas e efeitos da instabilidade térmica e possibilita investigar sobre as estratégias utilizadas na prevenção da hipotermia do recém-nascido no intraoperatório com a finalidade de contribuir para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados e excelência do exercício profissional. Objetivos: Descrever e refletir sobre as atividades desenvolvidas nos estágios, baseadas na evidência científica e tendo em vista a aquisição de competências especializadas; sintetizar através da evidência científica estratégias utilizadas na prevenção da hipotermia do recém-nascido no intraoperatório. Metodologia: Através de uma metodologia descritiva e critico-reflexiva, baseada na evidência científica, abordamos as várias atividades desenvolvidas nos estágios de pediatria, neonatologia e saúde infantil e familiar, que concretizaram os objetivos específicos delineados para desenvolver as competências exigidas ao Enfermeiro Especialista de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Numa segunda parte desenvolvemos uma revisão integrativa da literatura com busca nas bases de dados, B-On, PubMed, EBSCO, MEDLINE e CINAHL Complete. Resultados: Apesar da grande experiência como enfermeira em pediatria, consideramos relevante a aprendizagem em estágio ao nível da comunicação com o binómio criança/família, assistência especializada em situações de especial complexidade, gestão da dor, promoção da parentalidade, parceria de cuidados e vigilância da saúde infantil e juvenil. Na investigação realizada foram selecionados 137 artigos e destes foram incluídos 7. Os diferentes artigos analisados revelam que as estratégias utilizadas para a prevenção da hipotermia do recém-nascido no intraoperatório passam por utilizar sistemas de aquecimento ativo, administração endovenosa de fluidos aquecidos assim como os fluidos de irrigação, a temperatura da sala operatória com valores superiores a 23ºC, planear de forma prévia o aquecimento do recém-nascido antes da cirurgia e envolvimento das extremidades e cabeça com ligaduras de algodão e gorros. Vários estudos recomendam a elaboração de protocolos assistenciais. Conclusão: Conseguimos com este relatório responder aos objetivos propostos e desenvolver com sucesso as competências previstas, com implicações para a prática profissional. Os resultados da pesquisa apontam estratégias eficazes na prevenção da hipotermia do recém-nascido no intraoperatório, mas com necessidade de validação de futuros estudos devido à escassez dos mesmos. Palavras-Chave: Recém-nascido; Intraoperatório; Hipotermia; Prevenção.
- Instrumentos preditores do risco de acesso venoso periférico difícil em crianças : scoping reviewPublication . Pinto, Cláudia Maria Fernandes; Aparício, GraçaEnquadramento: As competências adquiridas neste período de formação especializada são o reflexo de um processo que teve como temática central a avaliação do risco de acesso venoso periférico difícil em crianças internadas. O acesso venoso periférico é um procedimento difícil em internamento pediátrico, que origina medo, insegurança e ansiedade, tanto na criança como no familiar/acompanhante, perpetuando a imagem negativa que as crianças/família possuem do hospital e da hospitalização. Em Portugal não existem instrumentos de avaliação do risco de acesso venoso periférico difícil para a população pediátrica. Na prática clínica diária, os profissionais usam o conhecimento e a experiência, recorrendo a múltiplas tentativas para obter e manter um acesso venoso periférico, decisão com impacto negativo no bem-estar da criança/família e na preservação do património venoso. A aplicação de um instrumento preditor deste risco, irá contribuir para apoiar a tomada de decisão e aumentar a taxa de sucesso de acesso venoso na primeira tentativa. Objetivos: Descrever as experiências desenvolvidas nos diversos contextos de estágio, analisando criticamente os contributos deste percurso, para a formação pós-graduada; desenvolver uma scoping review para mapear as evidências disponíveis sobre instrumentos capazes de predizer o risco de acesso venoso periférico difícil em crianças internadas; avaliar os indicadores de eficácia; determinar a taxa de sucesso na primeira tentativa. Metodologia: Análise descritiva e reflexiva do percurso de formação desenvolvido, onde se inclui a realização de uma scoping review sobre a temática central, baseada no protocolo do Instituto Joanna Briggs®. A pesquisa decorreu durante o mês de abril de 2023 nas bases de dados Pubmed, CINAHL Complete, B-on e LILACS de estudos publicados entre os anos 2017 e 2023, nos idiomas inglês, francês, espanhol e português, de qualquer tipologia: quantitativa, qualitativa, mistos e revisões de literatura. Resultados: Nos quatro estudos selecionados foram encontrados três instrumentos preditores do risco de acesso venoso periférico difícil. O DIVA score, que apresenta como indicadores de eficácia características da criança, e outros dois instrumentos (DIVA KEY e PPIVA pathway) que acrescentam a dor e a ansiedade sentida pela criança/família e incluem ainda características dos profissionais. A taxa de sucesso de colocação de acesso venoso periférico na primeira tentativa varia entre os 24% e 52%, valor que aumenta para 60% com a utilização dos instrumentos de avaliação, podendo atingir taxas de 89,1% com o PPIVA pathway. Conclusão: Apesar de nenhum dos instrumentos identificados ser completamente eficaz e garantir sucesso na primeira tentativa de acesso venoso periférico, os estudos indicam que com avaliação com DIVA score este melhora substancialmente, constituindo assim um importante contributo para a melhoria da qualidade dos cuidados em enfermagem pediátrica, em particular na prestação de cuidados atraumáticos. Palavras-Chave: Acesso Intravenoso Periférico Difícil; Crianças; DIVA Score