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- Desafios da reanimação intra-hospitalar : Perceção das dificuldades dos enfermeiros no internamento e da equipa da emergência médica intra-hospitalarPublication . Marques, Susana Filipa de Almeida; Lopes, Teresa SilveiraDesafios da Reanimação Intra-hospitalar Enquadramento: Avaliar a autoeficácia de enfermeiros ao longo das práticas é fundamental à prestação de cuidados e à gestão das organizações de saúde, melhorando o desempenho profissional, a qualidade e segurança dos cuidados e os ganhos em saúde (Carvalho e Lucas, 2020; Soar et al, 2021). Objetivo: Identificar as dificuldades percecionadas pelos enfermeiros em contexto de internamento perante situações de paragem cardiorrespiratória (PCR). Analisar a perceção da equipa de emergência interna sobre as dificuldades dos enfermeiros perante situações de Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Analisar os aspetos comuns ou que carecem de intervenção de melhoria. Metodologia: O estudo 1 trata-se de um estudo quantitativo, transversal, cuja colheita de dados decorreu através de questionário aos enfermeiros de um hospital português, que trabalham em serviços médico-cirúrgicos de adultos, com aplicação da Escala de Perceção de Dificuldades na Assistência à Paragem Cardiorrespiratória Intra-Hospitalar [EPDAPI] (Catalão e Gaspar, 2017), entre agosto e dezembro de 2024. O estudo 2 é de abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, através de entrevistas semiestruturas aos elementos da equipa de emergência intra-hospitalar da mesma ULS entre setembro e novembro do mesmo ano. O estudo obteve parecer favorável de comissão de ética. Resultados: No estudo 1, os 74 participantes relataram maior dificuldade no fator Atuação em RCP e menor dificuldade nos fatores Resposta em Tempo Útil à Paragem Cardiorrespiratória (PCR) e Ativação da Ajuda Diferenciada à PCR. A média ponderada total da EPDAPI foi de 4.01±0.34. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas relativamente ao fator Competência para a Tomada de Decisão com pontuações inferiores (maior dificuldade) nos enfermeiros com menor experiência (p=0.004) e com curso de Suporte Avançado de Vida há mais de 5 anos (p=0.005). No fator Resposta em Tempo Útil à PCR existiu diferença estatisticamente significativa, com pontuações inferiores, nos enfermeiros na faixa etária dos 30 aos 39 anos comparando com enfermeiros com 50 ou mais anos (p=0.001) e com enfermeiros dos 40 aos 49 anos (p=0.010). No fator Ativação da Ajuda Diferenciada à PCR existiu diferença estatisticamente significativa, com pontuação inferior, nos enfermeiros licenciados comparando com os mestres (p=0.022). No estudo 2 emergiram um conjunto de áreas temáticas como: Critérios de Ativação, Preparação Material, Comunicação, Gestão de emoções, Trabalho de equipa, Formação Contínua e Execução Prática, cada uma delas com subcategorias, com os profissionais a mencionarem fatores dificultadores e/ou fatores facilitadores perante uma prática de Reanimação. Conclusão: Os resultados do estudo 1 permitiram identificar aspetos percecionados como de menor dificuldade na reanimação intra-hospitalar, relacionados com a resposta em tempo útil à PCR, a ativação da ajuda, deteção, alerta e resposta à PCR. As principais dificuldades reportam aos fatores de atuação durante a PCR e à competência para a tomada de decisão em RCP, evidenciando a necessidade de implementar estratégias de melhoria. No estudo 2, as entrevistas à EEMI vão ao encontro das dificuldades da EPDAPI, na Deteção sugerem introdução de sistemas de alerta precoce, na Ativação mencionam benefícios na linguagem estruturada, na Prática clínica reconhecem dificuldades na execução prática por conhecimento desatualizado dos algoritmos como por ausência de familiarização com o carro de emergência, emergindo a definição de papeis e a Formação Contínua como necessidade inequívoca de melhoria contínua. Palavras-chave: Enfermagem de Cuidados Críticos; Reanimação Cardiopulmonar; Competência Clínica; Formação Contínua.