ESTGV - DG - Artigo em revista científica, não indexada ao WoS/Scopus
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESTGV - DG - Artigo em revista científica, não indexada ao WoS/Scopus by Subject "Análise Literária"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Duas nótulas queirosianas: I - O Crime do Padre Amaro como reflexo da evolução estético-ideológica de Eça de QueirósPublication . Cardoso, Luís Miguel Oliveira de BarrosPolémico e atemporal, O crime do padre Amaro configurará ad aeternum a sinergia de contributos estéticos e ideológicos que presidiu ao processo da sua publicação, bem como representará, na prática, um percurso da evolução literária. Encetemos uma subtil peregrinação de modo a equacionarmos, não com um pensativo cigarro, mas tão só com uma sinóptica pena, o itinerário da obra e do autor.
- Duas nótulas queirosianas: II - Eça de Queirós e Emile Zola - do palimpsesto ao autógrafo, entre Les Rougon-Macquart e os MaiasPublication . Cardoso, Luís Miguel Oliveira de BarrosEm literatura, não raro encontramos posições críticas pautadas pelo maniqueísmo simplista que resvalam para o depauperamento do objecto de análise. Todavia, o leitor crítico deve procurar a compreensão multímoda que enforma uma reflexão pertinente e atenta. Esta premissa ilumina esta nótula sobre o autor de Os Maias, riquíssimo exemplo de um polifacetado percurso estético-ideológico. De facto, a obra de Eça conheceu reflexões e leituras baseadas na descoberta do texto que existe sob outro texto, em busca dos caracteres realistas e naturalistas. Porém, um leitor atento deve conciliar o fenómeno palimpséstico com o percurso do autor, demandando o autógrafo da originalidade.
- Humanismo e Erasmismo no Renascimento português. Pedro Sanches e a musa de Roterdão: o (des)velado Cálamo de pendor ErasmistaPublication . Cardoso, Luís Miguel Oliveira de BarrosO Manuscrito F.G. 6368 da Biblioteca Nacional de Lisboa, relicário da obra de Pedro Sanches, inclui um poema em 161 hexâmetros dactílicos, com o título De Superstitionibus Abrantinorum, ou seja, «Acerca das Superstições dos Abrantinos», que mereceu aturado estudo por parte do Doutor Américo da Costa Ramalho 1 e que se revela um texto basilar para a compreensão da personalidade do nosso humanista. Este poema denota um pendor erasmista se tivermos em mente um desvelado cálamo que ousou entrar nos domínios da crítica do exercício da religião. Porém, se o texto pode atestar o perfume da Musa de Roterdão, o autor, talvez devido às suas grandes responsabilidades na Corte - «Supremi Senatus a Secretis, rege Sebastiano», de acordo com o Ms. F.G. 6368 da B.N.L. - não o publicou, nem a outros semelhantes que talvez tivesse escrito, pelo que o cálamo erasmista de Sanches se apresenta velado, em relação à sua época e em relação ao próprio perfil do humanista, no que concerne à sua simpatia para com Erasmo.
- José Cardoso Pires: um delfim da escrita dialéctica e transparentePublication . Cardoso, Luís Miguel Oliveira de BarrosSe as suas palavras despojadas de cultismos já não bastassem per se para afirmar a marca indelével no panorama narrativo contemporâneo português de José Cardoso Pires, talvez ousássemos iniciar esta singela homenagem evocando, prosaicamente para o autor, a memória de alguns dos prémios que recebeu. Na verdade, Cardoso Pires viu O Delfim figurar na lista dos Melhores Romances Estrangeiros do Ano e ser citado por publicações distintas (La Quinzaine Littéraire, Le Monde, L’Observateur, Sunday Times), recebeu galardões como o Prémio Camilo Castelo Branco (O Hóspede de Job, 1964), Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (A Balada da Praia dos Cães, - um dos melhores romances estrangeiros do ano, para Alan Sillitoe do Sunday Times), prémio de Criação Literária (Centro Português da Associação Internacional de Críticos), de Vida Literária (APE), D. Dinis (Fundação da Casa de Mateus) bem como o prestigiante Prémio Pessoa.