ESEV - DCL - Poster em evento científico internacional
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESEV - DCL - Poster em evento científico internacional by Subject "Livro-objeto"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Children’s literature in primary education: Creative writing practicesPublication . Cardoso, Rita; Lopes, Fernando Alexandre de Matos Pereira; Melão, DulceDesde cedo, é fundamental promover a construção da entidade leitora da criança, por meio de como se organizam os primeiros contactos da criança com o livro, possibilitando-lhe o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo, da imaginação, da curiosidade e o seu sentido de descoberta. A par disso, a literatura é um veículo, que reúne um conjunto de condições, que nos possibilita ampliar o nosso olhar, por meio de uma visão múltipla e multifacetada do mundo, o que exige, por parte do leitor, um sentido crítico-reflexivo. Por outras palavras, funciona como uma espécie de “ponte”, que nos possibilita explorar o mundo e a nós próprios, permitindo-nos ler e compreender o eu nesses outros. Posto isto, a seleção e enunciação do problema, para o que pretendemos encontrar resposta, assume como questões centrais desta investigação, as seguintes: 1. De que modo o desenvolvimento do processo de escrita no 1.º Ciclo do Ensino Básico pode fomentar a criatividade? / 2. Como é que a implementação de atividades que promovem a escrita criativa pode incrementar o gosto pela mesma? Assim sendo, no estudo desenvolvido, optou-se por uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico o estudo de caso. Este estudo teve como participantes alunos(as) de uma turma do 4.º ano de escolaridade do 1.º CEB, constituída por 24 alunos(as), de uma escola situada na cidade de Viseu: dez do sexo feminino e catorze do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 9 e 10 anos. Uma das atividades desenvolvidas, a par do papel transformador dos livros, teve como designação “gosto de mim (quase sempre)? Espelho meu, espelho meu, o que vejo eu?”, impulsionada pela leitura do livro, em formato pop-up: “Gosto de ti (quase sempre)” de Anna Llenas (2020). Esta atividade revelou o modo como as crianças, daquela turma, se viam a si próprias, desde representações muito positivas a menos positivas, através de uma atividade de escrita criativa. Pudemos aferir, de igual forma, que foi um meio de conhecer melhor os(as) alunos(as) e de estes se conhecerem (a si e aos colegas). Por outro lado, serviu ainda como um veículo para refletirmos sobre a questão da diferença, na medida em que cada um de nós é um ser único. Aliás, devemos acolher e compreender a diferença, para sabermos viver em sociedade. Nesta perspetiva, os livros revelam-se como ferramentas imprescindíveis no desenvolvimento de competências socioemocionais, confitando a permanentes perguntas, até porque a leitura deve ser entendida como um alimento (Cruz, 2021). Face a esta evidência, o(a) professor(a) enquanto mediador da leitura e da sua fruição, deve ter bons critérios de escolha, na seleção dos livros, privilegiando a qualidade, em detrimento, se necessário for, da quantidade, assim como a dimensão estético-literária e iconográfica (conjugação entre o código escrito e plástico). Em conclusão, esta atividade deixou bem patenteada a ideia de que as palavras precisam de fazer fricção e provocar estranhamento, de onde resultam as subsequentes transformações, a partir da sua leitura e escrita.
- Nas entrelinhas da literatura para a infância: diálogos entre o português e matemáticaPublication . Macedo, Márcia; Melão, Dulce; Menezes, LuísO livro-objeto tem vindo a adquirir importância crescente no âmbito da literatura para a infância, associando o seu caráter multifacetado à capacidade de promover vínculos de perene afeição com os leitores, solicitando, de modo generoso, a sua participação. O formato pop-up privilegia, fortemente, tal participação, e proporciona o desvelar de experiências sensoriais que tornam a leitura particularmente prazerosa. Nesse sentido, nesta comunicação procura-se articular a literatura para a infância com a aprendizagem da Matemática por meio da fruição do livro-objeto, em formato pop-up, Oh! O meu chapéu, de Anouck Boisrobert e Louis Rigaud (2015). Foram traçados os seguintes objetivos : i) apurar a sensibilidade estética dos alunos, através da exploração sensorial do livro-álbum, com particular ênfase nos elementos paratextuais; ii) construir, em contexto de sala de aula, com os alunos, um livro-objeto, compreendendo as potencialidades dos espaços redesenhados no livro em análise, de modo a incrementar a sua criatividade e imaginação, por meio da exploração da simbiose entre o texto e as ilustrações; iii) conhecer as conceções dos docentes relativamente à inclusão do livro-objeto no ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB). O referencial teórico do artigo contempla: i) o relevo da literatura para a infância no entrelaçamento do Português com a Matemática; ii) as potencialidades do livro-objeto e a sua relevância na atualidade. Este estudo foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular de Práticas de Ensino Supervisionada, que integra o plano de estudos do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e Português e História e Geografia de Portugal no 2.º CEB. Optou-se por uma abordagem de carácter qualitativo que incluiu, no âmbito dos instrumentos de recolha de dados utilizados, a observação participativa, os diários de bordo e entrevistas semiestruturadas a duas docentes da turma do 4.º ano de escolaridade. Concluiu-se que o livro-objeto contribui, de modo significativo, para a promoção e o desenvolvimento de competências matemáticas e da Educação Literária, constituindo uma experiência inovadora, no que concerne ao processo de ensino e aprendizagem. O caráter tridimensional e a materialidade do livro pop-up possibilitaram a criação de pactos de leitura inusitados que revelaram o seu potencial invulgar de fruição, ainda pouco explorado. Os espaços representados contribuíram fortemente para tal fruição, reabrindo outros modos de ler. As representações das docentes revelaram a necessidade de mais conhecimento e fomento de práticas de leitura que possibilitem a inclusão do livro-objeto em contexto de sala de aula, de modo crescente, dado o seu potencial invulgar de fruição.