ESTGV - DG - Capítulo em obra nacional, como autor
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESTGV - DG - Capítulo em obra nacional, como autor by Subject "Centro de Portugal"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Enoturismo e as rotas de vinho no Centro de Portugal:um estudo da oferta turísticaPublication . Lopes, André; Seabra, Cláudia; Paiva, Odete; Pereira, Andreia; Silva, Carla; Abrantes, José LuísA cultura do vinho faz parte da história cultural e social de um território, sendo um elemento fundamental da identidade portuguesa. O cultivo da vinha e o consumo de vinho em Portugal são mais antigos do que a sua própria nacionalidade (Hall & Mitchell, 2000). A Estratégia para o Turismo português (2017) identifica a gastronomia e o vinho como um dos ativos estratégicos qualificadores para o desenvolvimento do turismo nacional. De facto, o enoturismo é um produto turístico emergente e tem um papel cada vez mais importante no desenvolvimento e na promoção das regiões vitivinícolas (Brás, 2010) e tem contribuído para a construção de uma forte imagem de marca para os destinos do vinho intensificando a competição entre eles (Thanh & Kirova, 2018). Este produto tem um potencial de crescimento assinalável. A indústria do turismo espera que o número de enoturistas cresça para quatro milhões até 2020 (Atout France, 2015). Em Portugal este é, igualmente, um mercado em crescimento. Em 2016, calcula-se que existiram um total de 2,2 milhões de enoturistas de acordo com a Associação das Rotas do Vinho de Portugal (Viajar, 2017). O enoturismo, como parte integrante do setor da Gastronomia e dos Vinhos, caracteriza-se por compreender um conjunto significativo de atividades que proporcionam o contacto dos turistas com a cultura da vinha e do vinho, como sejam: atividades vitivinícolas, produtos do vinho e património paisagístico e arquitetónico. As rotas de vinho são, atualmente, um dos instrumentos privilegiados de organização e de divulgação do enoturismo (Correia, 2005) e em alguns destinos são as principais atrações turísticas (Getz, 2000; Hall & Mitchell, 2004). O enoturismo, produto turístico emergente, tem um papel cada vez mais importante no desenvolvimento e promoção das regiões vitivinícolas (Brás, 2010). As rotas de vinhos são instrumentos privilegiados de organização e divulgação do enoturismo (Correia, 2005), podendo ajudar a redesenhar as economias das zonas rurais (Scherrer, Alonso, & Sheridan, 2009). Compreende duas indústrias completamente distintas: i) a indústria do vinho, que se encontra tipicamente orientada para o produto e para a sua produção; e ii) o turismo, que trabalha em função do turista (Carlsen & Charters, 2004). As rotas de vinho, criadas em Portugal pela iniciativa dos produtores de vinho, no ano de 1993, têm como objetivo fundamental aumentar a promoção e a venda dos seus produtos e desenvolver o potencial turístico das diferentes regiões vitivinícolas, em diversas áreas, tais como na cultura, história, tradições e património construído e paisagístico (Costa & Kastenholz, 2009). O Centro de Portugal apresenta um enorme potencial na área do enoturismo, especialmente pela presença de rotas de vinhos. De facto, esta região tem três das 13 rotas de vinho nacionais: Rota do Vinho do Dão (Viseu), Rota do Vinho da Bairrada (Anadia) e Rota da Vinha da Beira Interior (Guarda). Este capítulo tem como objetivo realizar uma análise àquelas Rotas de Vinho como meio de desenvolvimento das regiões vitivinícolas ao nível económico, social e ambiental e, também, como uma oportunidade para promover as imagens positivas das regiões vitivinícolas.
- Imagem do Centro de Portugal: uma abordagem geracionalPublication . Paiva, Odete; Seabra, Cláudia; Abrantes, José Luís; Reis, Manuel; Andreia, PereiraA imagem dos destinos turísticos é um dos principais desafios na investigação contemporânea em turismo (Nicoletta & Servidio, 2012). Apesar desta atualidade, os primeiros estudos sobre a importância da imagem, no desenvolvimento desses lugares, surgiram na década de 70, com Gunn (1972), Hunt (1975) e Mayo e Jarvis (1981). Desde aí, este conceito e a sua influência no comportamento dos turistas tem-se mantido como um dos mais constantes na literatura (Beerli & Martín, 2004; Pike, 2008). De facto, é consensual a importância do papel desempenhado pela imagem no processo de tomada de decisão e, por extensão, na escolha do destino turístico (Beerli & Martín, 2004), mas também na influência que exerce sobre o comportamento e a satisfação (Pike, 2008; Nadeau, Heslop, O’Reilly, & Luk, 2008). Os destinos turísticos possuem uma imagem percecionada pelos viajantes que o diferencia dos outros, impulsionando os comportamentos e atitudes dos turistas (Lee & Lee, 2009). A imagem dos destinos está associada a uma interpretação subjetiva de sentimentos e crenças dos turistas em relação ao destino (Bigné, Sanchez & Sanchez, 2001), assumindo uma dimensão cognitiva e afetiva. A imagem percebida na mente do turista é mediada pela sua identidade, nomeadamente antecedentes culturais, características sociais, pessoais e psicológicas (Govers & Go, 2005). As características individuais, ou fatores internos, afetam substancialmente a formação da imagem de um território (Ashworth & Voogd, 1990) como é o Centro de Portugal. Os fatores pessoais que afetam a formação da imagem dos destinos turísticos incluem (Beerli & Martin, 2004), entre muitos outros, as características sociodemográficas, nomeadamente a idade ou a geração à qual os turistas pertencem. Após uma análise extensiva da literatura sobre Imagem, especificamente sobre a Região Centro de Portugal, nenhum estudo avalia o impacto das diferenças geracionais na formação da imagem afetiva e cognitiva deste destino turístico. O objetivo deste capítulo é colmatar esta lacuna de investigação. No âmbito deste enquadramento, os objetivos do presente capítulo são: identificar a dimensão cognitiva e afetiva da imagem associada à Região Centro de Portugal, na perspetiva dos turistas, e medir a influência do grupo geracional na formação da imagem do destino turístico. Assim, o capítulo apresenta uma breve revisão da literatura em imagem dos destinos turísticos, caracteriza os grupos geracionais e apresenta a Região Centro de Portugal. Através de uma metodologia empírica por questionário, recolhem-se dados que, depois de analisados, enformam resultados e conclusões deste estudo. Elencam-se ainda as implicações para a gestão e marketing do destino turístico Região Centro de Portugal, tal como as limitações e futuras linhas de investigação.
- Rotas culturais no Centro de Portugal: duas propostasPublication . Paiva, Odete; Seabra, Cláudia; Abrantes, José Luís; Reis, Manuel; Pereira, AndreiaA indústria do turismo está a desenvolver-se rapidamente, no entanto, a atenção passou do crescimento puramente quantitativo para a mudança qualitativa da procura turística. Na verdade, os turistas, nomeadamente os culturais, estão a mudar: eles viajam mais, com orçamentos mais altos, preferem formas de turismo mais holísticas, espirituais e criativas (Richards, 2011). Este segmento turístico exige produtos mais personalizados e autênticos, especialmente o património tangível e intangível dos destinos que visita para recolher experiências mais vívidas (Phipps, 2007). As correntes de mudanças socioculturais atuam como fator de alteração dos padrões de viagem e da escolha turística. A procura de experiências incita à fuga do turismo de massas e à procura de jornadas personalizadas. Neste contexto, o conceito de turismo de rotas desenvolve-se como uma tendência crescente ligando diferentes atrações, promovendo, simultaneamente, o turismo local e a conservação do património, incentivando os turistas a deslocarem-se pelo território. Os produtos turísticos relacionados com Rotas Culturais, cidades culturais e “cultural must-do’s”, conectados com a cultura popular, as artes, a busca pela autenticidade dos destinos e com as culturas locais, são os elementos centrais que formam a base do novo cenário do turismo cultural mundial (UNWTO, 2015). As Rotas Culturais constituem um campo inovador para a conservação da complexidade do património cultural, o que as transforma em manifestações e formas abrangentes de o entender, combinando elementos tangíveis e intangíveis e enfatizando essencialmente o fator humano (Martorell & Carreno, 2002). As Rotas Culturais trazem também enormes benefícios para os destinos, que podem oferecer produtos turísticos alternativos, apoiando a economia local e as instituições culturais (Richards, 2007). De acordo com esta perspetiva, o Centro de Portugal oferece possibilidades de criação de vários tipos de Rotas Turísticas Culturais que, pelo seu significado, podem assumir-se como elementos decisivos para a conservação do património cultural, assim como para o desenvolvimento e coesão territorial. O principal objetivo deste trabalho é analisar a atratividade e o potencial de mercado para duas Rotas Turísticas Culturais no Centro de Portugal: i) uma Rota Histórico-Militar, a Rota das Invasões Francesas e ii) uma Rota Estrada Património, a Rota da Estrada Nacional 2. A primeira baseia-se no património militar e histórico ligado às invasões de Napoleão e pode ser integrada num projeto maior – “Destino, Napoleão” – que reúne 60 cidades europeias em 13 países diferentes. A segunda proposta é baseada na identidade e tradições portuguesas. A Estrada Nacional 2 é a estrada mais longa de Portugal, atravessa Portugal de Norte a Sul, pelo que constitui uma rota de experiências para os territórios e tradições portuguesas mais afastadas do litoral.