ESTGV - DG - Capítulo em obra nacional, como autor
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Recent Submissions
- Do vinho ao terroir: Experiências enoturísticas envolventes e transformadorasPublication . Kastenholz, Elisabeth; Cunha, Diana; Salvado, Josefina; Barroco, Cristina; Simões, Orlando; Albuquerque, Helena; Carneiro, Maria João
- As Práticas Sustentáveis e a Preocupação Ambiental dos portugueses: Um estudo exploratórioPublication . Amaro, Suzanne; Sousa, Luis Nuno Figueiredo e; Espírito Santo, PedroA sustentabilidade é um tema presente e tem sido uma das preocupações dos governos pelas alterações que o meio ambiente tem tido ao longo dos últimos anos. A atribuição de responsabilidades às atividades humanas pelas alterações ambientais é o ponto de partida para esta investigação. Assim, tendo em conta o aumento dos problemas ambientais nos últimos anos, este capítulo teve como principal objetivo analisar a preocupação ambiental e as práticas sustentáveis dos portugueses. Foi aplicado um inquérito por questionário online à população portuguesa, tendo sido obtidas 700 respostas. Uma análise fatorial revelou que os comportamentos sustentáveis podem ser divididos em cinco grupos: Poupança de Energia e Água, Participação Ativa, Redução do Desperdício, Reciclagem e Transporte Os resultados mostram, ainda, que apesar de os portugueses terem uma elevada preocupação ambiental, ainda revelam práticas sustentáveis muito abaixo do que seria esperado.
- INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA ILHA DO PORTO SANTO, MADEIRAPublication . Eliseu, Cristiana; Duque, Ana Sofia; Pato, LúciaDestinos mais sustentáveis e inovadores conseguem alcançar uma imagem diferenciadora dos demais, captando um mercado que cada vez mais valoriza as questões relativas à sustentabilidade ambiental, económica e social. Baseado num estudo de caso na ilha do Porto Santo, no arquipélago da Madeira, o propósito deste trabalho é apresentar e discutir as implicações de projetos e ações desenvolvidas no território, que visam a inovação e sustentabilidade desejada. Este trabalho usa uma metodologia de estudo de caso, que combina a análise bibliográfica e documental e uma entrevista semiestruturada, feita a um stakeholder com influência na administração pública local. O estudo traz implicações sobretudo ao nível da gestão do destino, destacando a importância dos projetos que já foram implementados na ilha e as suas consequências.
- Aldeias Históricas de Portugal Destino Sustentável e InovadorPublication . Pinto, Rita; Pato, Maria Lúcia; Duque, Ana SofiaAs Aldeias Históricas de Portugal (AHP) procuram consolidar o seu desenvolvimento turístico nos princípios da sustentabilidade e inovação. Tendo como base esta premissa, o objetivo principal deste estudo é o de analisar que trabalho tem vindo a ser feito nesta matéria. Para a concretização deste objetivo para além da revisão da literatura, foi realizada uma entrevista exploratória, posteriormente transcrita e sujeita à análise de conteúdo. Os resultados permitem afirmar que o desenvolvimento do turismo nas AHP assenta nos princípios de sustentabilidade, inovação e proteção do património. Graças a muito trabalho colaborativo e de resiliência, as AHP foram recentemente distinguidas com o certificado Biosphere Destination, sendo o primeiro destino no mundo em rede certificado, e o primeiro nacional a receber esta distinção.
- A experiência enoturística cocriada pelos agentes da ofertaPublication . Pato, Maria Lúcia; Kastenholz, Elisabeth; Cunha, Conceição; Barroco, Cristina; Cunha, Diana; Pereira, Carla; Salvado, Josefina; Araújo, CristinaOs agentes da oferta no mercado enoturistico desempenham um papel vital em termos da dinamização da atividade enoturistica real e potencial para o desenvolvimento do território rural. Este capítulo tem como objetivo apresentar e discutir alguns dos resultados obtidos das entrevistas exploratórias aplicadas aos agentes da oferta das três regiões em estudo: Região da Bairrada, Região do Dão e Região da Beira Interior, localizadas na Região Centro de Portugal. Foram realizadas 122 entrevistas: 44 na Bairrada, 42 no Dão e 36 na Beira Interior. As entrevistas foram gravadas, transcritas e sujeitas à análise de conteúdo com o objetivo de explorar as perceções e comportamentos dos agentes em causa ao nível da oferta de experiências enoturisticas. Os resultados mostram a co-criação nas experiências oferecidas e algum nível de envolvimento com outros stakeholders locais. No entanto, para promover e enriquecer o produto turístico global, sugere-se uma maior integração dessa experiência no destino, tendo em conta a riqueza e variedade dos seus recursos endógenos, bem como uma ligação reforçada entre os diversos agentes do território, no sentido de melhor aproveitar as oportunidades e os recursos existentes.
- O Impacto dos Incêndios no Turismo em Espaço Rural na Região CentroPublication . Amaro, Suzanne; Barroco, CristinaOs incêndios são um fenómeno que provoca alterações significativas ao nível da paisagem e que tem consequências negativas ambientais, sociais e económicas. Os incêndios que ocorreram em junho e outubro de 2017, na Região Centro, tiveram consequências trágicas, nomeadamente a nível de vidas humanas em que mais de uma centena de pessoas perderam a vida e registaram-se dezenas de feridos. Os fogos obrigaram a evacuar localidades e a realojar populações. Cerca de dez mil pessoas ficaram sem emprego porque as empresas ficaram sem capacidade produtiva (Público, 2018). Estima-se que, só com os incêndios de outubro, 350 empresas ficaram afetadas, causando um prejuízo na ordem dos 360 milhões de euros (Diário de Notícias, 2017a). Segundo a Comissão Europeia, os incêndios destruíram mais de 316.000 hectares em 2017 (Observador, 2017a). Outro impacto significativo foi a nível do Turismo na Região Centro, com a destruição parcial ou completa de empreendimentos turísticos e de diversas atrações turísticas, ligadas à natureza, como, por exemplo, os percursos pedestres, as áreas protegidas e as praias fluviais. Em particular, o Turismo em Espaço Rural (TER), um produto turístico que está ligado à natureza e às paisagens e que delas depende, poderá ter visto a sua tendência de crescimento na Região Centro afetada com os avassaladores incêndios que ocorreram em 2017. O TER é um produto turístico desenvolvido em zonas rurais que disponibiliza um conjunto de atividades e serviços em que a natureza assume uma importância determinante. Como produto completo e diversificado, este disponibiliza alojamento, restauração, animação e lazer, com base num acolhimento personalizado. O seu desenvolvimento deve contribuir para a valorização das características rurais da região, que são a base da oferta, onde os valores, saberes e histórias das comunidades rurais representam uma diferenciação para o turista em termos de experiência. Este estudo tem como objetivo principal identificar os impactos que os incêndios de junho e outubro de 2017 provocaram na oferta de TER na Região Centro, mais especificamente nos 59 concelhos mais afetados por esta calamidade. Pretende-se identificar os impactos diretos (nas estruturas e áreas dos empreendimentos) e os impactos indiretos (serviços e produtos disponibilizados pelas unidades). Serão, ainda, elencadas algumas medidas que os empreendimentos estão a dinamizar no sentido de continuar a afirmar a Região Centro como um destino rural de excelência.
- Enoturismo e as rotas de vinho no Centro de Portugal:um estudo da oferta turísticaPublication . Lopes, André; Seabra, Cláudia; Paiva, Odete; Pereira, Andreia; Silva, Carla; Abrantes, José LuísA cultura do vinho faz parte da história cultural e social de um território, sendo um elemento fundamental da identidade portuguesa. O cultivo da vinha e o consumo de vinho em Portugal são mais antigos do que a sua própria nacionalidade (Hall & Mitchell, 2000). A Estratégia para o Turismo português (2017) identifica a gastronomia e o vinho como um dos ativos estratégicos qualificadores para o desenvolvimento do turismo nacional. De facto, o enoturismo é um produto turístico emergente e tem um papel cada vez mais importante no desenvolvimento e na promoção das regiões vitivinícolas (Brás, 2010) e tem contribuído para a construção de uma forte imagem de marca para os destinos do vinho intensificando a competição entre eles (Thanh & Kirova, 2018). Este produto tem um potencial de crescimento assinalável. A indústria do turismo espera que o número de enoturistas cresça para quatro milhões até 2020 (Atout France, 2015). Em Portugal este é, igualmente, um mercado em crescimento. Em 2016, calcula-se que existiram um total de 2,2 milhões de enoturistas de acordo com a Associação das Rotas do Vinho de Portugal (Viajar, 2017). O enoturismo, como parte integrante do setor da Gastronomia e dos Vinhos, caracteriza-se por compreender um conjunto significativo de atividades que proporcionam o contacto dos turistas com a cultura da vinha e do vinho, como sejam: atividades vitivinícolas, produtos do vinho e património paisagístico e arquitetónico. As rotas de vinho são, atualmente, um dos instrumentos privilegiados de organização e de divulgação do enoturismo (Correia, 2005) e em alguns destinos são as principais atrações turísticas (Getz, 2000; Hall & Mitchell, 2004). O enoturismo, produto turístico emergente, tem um papel cada vez mais importante no desenvolvimento e promoção das regiões vitivinícolas (Brás, 2010). As rotas de vinhos são instrumentos privilegiados de organização e divulgação do enoturismo (Correia, 2005), podendo ajudar a redesenhar as economias das zonas rurais (Scherrer, Alonso, & Sheridan, 2009). Compreende duas indústrias completamente distintas: i) a indústria do vinho, que se encontra tipicamente orientada para o produto e para a sua produção; e ii) o turismo, que trabalha em função do turista (Carlsen & Charters, 2004). As rotas de vinho, criadas em Portugal pela iniciativa dos produtores de vinho, no ano de 1993, têm como objetivo fundamental aumentar a promoção e a venda dos seus produtos e desenvolver o potencial turístico das diferentes regiões vitivinícolas, em diversas áreas, tais como na cultura, história, tradições e património construído e paisagístico (Costa & Kastenholz, 2009). O Centro de Portugal apresenta um enorme potencial na área do enoturismo, especialmente pela presença de rotas de vinhos. De facto, esta região tem três das 13 rotas de vinho nacionais: Rota do Vinho do Dão (Viseu), Rota do Vinho da Bairrada (Anadia) e Rota da Vinha da Beira Interior (Guarda). Este capítulo tem como objetivo realizar uma análise àquelas Rotas de Vinho como meio de desenvolvimento das regiões vitivinícolas ao nível económico, social e ambiental e, também, como uma oportunidade para promover as imagens positivas das regiões vitivinícolas.
- A imagem da Serra da Estrela, na perspetiva dos turistasPublication . Silva, Carla; Abrantes, José Luís; Kastenholz, ElisabethAs montanhas representam 24% da superfície terrestre global (Grover et al., 2014; Kapos, Rhind, Edwards, Price & Ravilious, 2000), albergando 12% da população mundial (Huddleston, Ataman & Fè d’Ostiani, 2003). Nas áreas adjacentes às montanhas, reside ainda 14% da população do planeta (Meybeck, Creen & Vorosmarty, 2001). As áreas de montanha incluem mais de 475 áreas protegidas, cobrindo mais de 264 milhões de hectares e 140 montanhas foram declaradas Reservas Biosféricas pela UNESCO (Nepal, 2002). As montanhas são assim importantes para pelo menos metade da humanidade e não apenas porque constituem fontes de água, energia, produtos agrícolas e florestais, mas também, e muito, porque são detentoras de paisagens únicas, ar puro, beleza natural, história e cultura (UNEP, 2007), constituindo centros de diversidade biológica e cultural, recreação e turismo (Messerli & Ives, 1997; Monz, 2000). As montanhas são, deste modo, espaços culturais, naturais, sociais e físicos (Robertson & Hull, 2001), marcados pelo imaginário e com diferentes significados ao longo dos tempos (Silva, 2011). Os mitos, as imagens e o imaginário das montanhas são os elementos centrais que constroem os seus significados (Macfarlene, 2004; Thomas, 2004). A atratividade das regiões de montanha para o turismo está associada, de uma forma significativa, com a sua imagem (Nepal & Chipeniuk, 2005) e a imagem dos destinos turísticos é um dos mais populares temas de investigação em turismo (Hunter, 2016). Esta constitui um factor crítico nos comportamentos de consumo em turismo (Ko & Park, 2000). A imagem afeta a perceção do indivíduo e, por isso, o seu comportamento (Gallarza, Saura & Garcia, 2002). Nas últimas décadas, tem-se evidenciado o valor da imagem dos destinos turísticos no processo de seleção dos mesmos (Chen, Lin, & Petrick, 2013; Tasci & Gartner, 2007), mas a influência da imagem não se limita, no entanto, à escolha dos destinos turísticos, afetando mesmo o comportamento dos indivíduos em turismo de uma forma geral (Cooper, Fletcher, Gilbert, Shepherd, & Wanhill, 2008). Por outro lado, e no atual contexto de competitividade, os destinos turísticos podem diferenciar-se pela imagem que os consumidores têm sobre eles enquanto destinos alternativos, tornando-se vital o desenvolvimento da imagem “certa” para mercados específicos, no sentido de garantir uma vantagem competitiva. Por outro lado, com base na associação de determinados ‘benefícios procurados’ ao destino podem distinguir-se turistas com imagens de destino distintos, cujo conhecimento em muito contribui para uma gestão mais sustentável dos mesmos através da otimização da respetiva ‘gestão da procura turística’, combinando o destino com o ‘mercado certo’ (Kastenholz, 2004). Neste contexto, e dada a importância das montanhas e do turismo de montanha e a escassez dos estudos no âmbito turístico destas regiões (os que existem são mais centrados na componente geográfica), importa conhecer a imagem associada a estes lugares (Knudsen, Soper & Metro-Roland, 2007). Por outro lado, a Serra da Estrela, sendo o espaço privilegiado de montanha e, de acordo com a Estratégia Turismo 2027 (Turismo de Portugal, 2017), um ativo estratégico diferenciador para Portugal, constitui o destino turístico de montanha mais procurado do país. Neste sentido, o estudo pretende medir a imagem que os turistas têm da Serra da Estrela, de forma a identificar, de forma holística e multidisciplinar, as dimensões de imagem associadas a este destino turístico de montanha. Com base numa extensa revisão da literatura em imagem dos destinos turísticos e áreas de montanha, e nos resultados obtidos a 105 turistas da Serra da Estrela, conclui-se que a imagem conferida a esta região de montanha apresenta sete dimensões: (1) Natureza e Ecologia, (2) Imagem Afetiva, (3) Desporto, Lazer e Aventura, (4) Cultura, (5) Vida e Saúde, (6) Mística e Sagrada, e (7) Social.
- Imagem do Centro de Portugal: uma abordagem geracionalPublication . Paiva, Odete; Seabra, Cláudia; Abrantes, José Luís; Reis, Manuel; Andreia, PereiraA imagem dos destinos turísticos é um dos principais desafios na investigação contemporânea em turismo (Nicoletta & Servidio, 2012). Apesar desta atualidade, os primeiros estudos sobre a importância da imagem, no desenvolvimento desses lugares, surgiram na década de 70, com Gunn (1972), Hunt (1975) e Mayo e Jarvis (1981). Desde aí, este conceito e a sua influência no comportamento dos turistas tem-se mantido como um dos mais constantes na literatura (Beerli & Martín, 2004; Pike, 2008). De facto, é consensual a importância do papel desempenhado pela imagem no processo de tomada de decisão e, por extensão, na escolha do destino turístico (Beerli & Martín, 2004), mas também na influência que exerce sobre o comportamento e a satisfação (Pike, 2008; Nadeau, Heslop, O’Reilly, & Luk, 2008). Os destinos turísticos possuem uma imagem percecionada pelos viajantes que o diferencia dos outros, impulsionando os comportamentos e atitudes dos turistas (Lee & Lee, 2009). A imagem dos destinos está associada a uma interpretação subjetiva de sentimentos e crenças dos turistas em relação ao destino (Bigné, Sanchez & Sanchez, 2001), assumindo uma dimensão cognitiva e afetiva. A imagem percebida na mente do turista é mediada pela sua identidade, nomeadamente antecedentes culturais, características sociais, pessoais e psicológicas (Govers & Go, 2005). As características individuais, ou fatores internos, afetam substancialmente a formação da imagem de um território (Ashworth & Voogd, 1990) como é o Centro de Portugal. Os fatores pessoais que afetam a formação da imagem dos destinos turísticos incluem (Beerli & Martin, 2004), entre muitos outros, as características sociodemográficas, nomeadamente a idade ou a geração à qual os turistas pertencem. Após uma análise extensiva da literatura sobre Imagem, especificamente sobre a Região Centro de Portugal, nenhum estudo avalia o impacto das diferenças geracionais na formação da imagem afetiva e cognitiva deste destino turístico. O objetivo deste capítulo é colmatar esta lacuna de investigação. No âmbito deste enquadramento, os objetivos do presente capítulo são: identificar a dimensão cognitiva e afetiva da imagem associada à Região Centro de Portugal, na perspetiva dos turistas, e medir a influência do grupo geracional na formação da imagem do destino turístico. Assim, o capítulo apresenta uma breve revisão da literatura em imagem dos destinos turísticos, caracteriza os grupos geracionais e apresenta a Região Centro de Portugal. Através de uma metodologia empírica por questionário, recolhem-se dados que, depois de analisados, enformam resultados e conclusões deste estudo. Elencam-se ainda as implicações para a gestão e marketing do destino turístico Região Centro de Portugal, tal como as limitações e futuras linhas de investigação.
- Rotas culturais no Centro de Portugal: duas propostasPublication . Paiva, Odete; Seabra, Cláudia; Abrantes, José Luís; Reis, Manuel; Pereira, AndreiaA indústria do turismo está a desenvolver-se rapidamente, no entanto, a atenção passou do crescimento puramente quantitativo para a mudança qualitativa da procura turística. Na verdade, os turistas, nomeadamente os culturais, estão a mudar: eles viajam mais, com orçamentos mais altos, preferem formas de turismo mais holísticas, espirituais e criativas (Richards, 2011). Este segmento turístico exige produtos mais personalizados e autênticos, especialmente o património tangível e intangível dos destinos que visita para recolher experiências mais vívidas (Phipps, 2007). As correntes de mudanças socioculturais atuam como fator de alteração dos padrões de viagem e da escolha turística. A procura de experiências incita à fuga do turismo de massas e à procura de jornadas personalizadas. Neste contexto, o conceito de turismo de rotas desenvolve-se como uma tendência crescente ligando diferentes atrações, promovendo, simultaneamente, o turismo local e a conservação do património, incentivando os turistas a deslocarem-se pelo território. Os produtos turísticos relacionados com Rotas Culturais, cidades culturais e “cultural must-do’s”, conectados com a cultura popular, as artes, a busca pela autenticidade dos destinos e com as culturas locais, são os elementos centrais que formam a base do novo cenário do turismo cultural mundial (UNWTO, 2015). As Rotas Culturais constituem um campo inovador para a conservação da complexidade do património cultural, o que as transforma em manifestações e formas abrangentes de o entender, combinando elementos tangíveis e intangíveis e enfatizando essencialmente o fator humano (Martorell & Carreno, 2002). As Rotas Culturais trazem também enormes benefícios para os destinos, que podem oferecer produtos turísticos alternativos, apoiando a economia local e as instituições culturais (Richards, 2007). De acordo com esta perspetiva, o Centro de Portugal oferece possibilidades de criação de vários tipos de Rotas Turísticas Culturais que, pelo seu significado, podem assumir-se como elementos decisivos para a conservação do património cultural, assim como para o desenvolvimento e coesão territorial. O principal objetivo deste trabalho é analisar a atratividade e o potencial de mercado para duas Rotas Turísticas Culturais no Centro de Portugal: i) uma Rota Histórico-Militar, a Rota das Invasões Francesas e ii) uma Rota Estrada Património, a Rota da Estrada Nacional 2. A primeira baseia-se no património militar e histórico ligado às invasões de Napoleão e pode ser integrada num projeto maior – “Destino, Napoleão” – que reúne 60 cidades europeias em 13 países diferentes. A segunda proposta é baseada na identidade e tradições portuguesas. A Estrada Nacional 2 é a estrada mais longa de Portugal, atravessa Portugal de Norte a Sul, pelo que constitui uma rota de experiências para os territórios e tradições portuguesas mais afastadas do litoral.