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Como prevenir a queda? Contribuição para a compreensão dos fatores de risco em adultos mais velhos a residir na comunidade
Publication . Lemos, Edite Teixeira de; Lemos, Luís Pedro; Pinheiro, João; Oliveira, Jorge; Caçador, Catarina; Melo, Ana Paula; Martins, Anabela Correia
Um terço dos adultos que vivem na comunidade com 65 anos ou mais caem a cada ano. As quedas acidentais são responsáveis por fraturas, lesões cerebrais e podem levar à morte. São também causa de restrições na participação, o que significa perda de autonomia nas atividades de vida diária e necessidade de institucionalização precoce das pessoas mais velhas. A identificação de factores de risco para queda é fundamental para planear estratégias preventivas apropriadas. Estes podem ser divididos entre fatores intrínsecos/individuais e extrínsecos/ambientais. Condições médicas comuns, deficiências físicas e cognitivas, polimedicações e perigos domésticos estão entre os mais frequentemente identificados. Os objetivos deste estudo, realizado numa amostra de adultos mais velhos residentes na comunidade, foram i) compreender de que modo alguns fatores individuais (idade, confiança no equilíbrio, força de preensão) influenciam o desempenho de atividades de participação relacionada com a mobilidade e contribuem para o risco de queda e ii) avaliar a influência da polimedicação e das várias classes farmacológicas no risco de queda e nos fatores de risco individuais avaliados. Metodologia: A amostra foi composta por 108 indivíduos que compareceram num serviço de saúde no período de outubro de 2016 a janeiro de 2017. Critérios de inclusão: idade 65-85, MIF ≥120 e TUG≤12s. Excluíram-se do estudo indivíduos com deterioração cognitiva-comportamental moderada ou grave. Foi preenchido um questionário com dados sociodemográficos, medicação diária e história de quedas. A força de preensão manual foi medida com um dinamómetro manual hidráulico. O medo de cair foi estimado recorrendo à versão portuguesa da escala de Activities-specific Balance Confidence (ABC). Para avaliação da participação e atividades relacionadas com a mobilidades recorreu-se ao Perfil de Participação e Atividades relacionadas à Mobilidade (PAPM). Resultados: A amostra estudada apresentou uma média de idades de 72,28 ± 6,02 anos e era constituida maioritariamente por elementos do sexo feminino (54,6%). Relativamente aos indivíduos que caíram verificou-se que estes eram mais velhos, tinham menor pontuação ABC e menor força de preensão manual. O ABC apresentou uma correlação negativa forte com o PAPM. Todos os parâmetros funcionais avaliados foram afetados pela idade, apresentando os indivíduos mais velhos, pior desempenho do que os mais jovens. A polimedicação foi identificada em 41,7% dos participantes e aumentou o risco de quedas (OR = 3.597; IC 95% 1.174-11.024; p = 0,025). Verificou-se que a toma de antidepressivos aumentou o risco de queda (OR = 9.467; IC 95% 2.337-38.495; p = 0,002). Constatou-se ainda que fármacos do grupo dos antiarrítmicos (p = 0,002), benzodiazepínicos (p = 0,015) e outros medicamentos que atuam no SNC (p = 0,039) influenciaram negativamente o ABC. Também a força de preensão manual mostrou ser menor nos indivíduos que tomavam beta-bloqueantes (p=0,022) e anti-arrítmicos (p=0,002). Já os scores de PAPM foram maiores quando se verificava a toma de medicamentos que atuam no SNC (p = 0,012) e de antiarrítmicos (p = 0,035). Conclusão: Este estudo visa contribuir para a compreensão dos fatores de risco numa amostra de adultos mais velhos independentes e funcionais que vivem numa comunidade urbana e mostrou que a idade, o medo de cair e a força de preensão estão relacionados com o risco de queda. Para além disso verifica-se que o medo de cair pode aumentar as restrições à participação relacionadas com a mobilidade. Também constatámos que a polimedicação e a toma de antidepressivos aumentaram o risco de queda. No entanto, outras classes farmacológicas associaram-se a uma deterioração do equilíbrio, um maior enfraquecimento e maiores restrições à participação relacionadas com a mobilidade, aumentando igualmente, de forma indirecta, o risco de queda.
Characterization of Sustainable Food Initiatives: Preliminary Study.
Publication . Florença, Sofia de Guiné e; Amaral, Ana Luísa; Costa, Filipa; Guiné, Raquel; Amaro da Costa, Cristina Isabel
Abstract: A sustainable food system can be described as a system that ensures economic,
social, and environmental sustainability to secure food and nutrition for current and future
generations. The present research aimed to identify and characterize sustainable food
initiatives to understand the governance framework, the motivations, the reasons for
success, the typology of actors involved, and future prospects. Semi-structured interviews
were conducted for seven initiatives between June and August 2024. The interviews
were performed online, recorded, transcribed, and analyzed. The results showed that
the main drivers of the initiatives relate to food, sustainability, and economic and social
dimensions. Moreover, one of the reasons for the success of the initiatives is the availability
and commitment of the people involved. These initiatives were created to meet local needs
and promote sustainability as well as to encourage economic circularity, knowledge sharing,
rural and local valorization, and waste management.
Competitive Adsorption of Metal Ions by Lignocellulosic Materials: A Review of Applications, Mechanisms and Influencing Factors
Publication . Weber Macena, Morgana; Helena Pereira; Gonçalves Oliveira Valente da Cruz-Lopes, Luísa Paula; Lucas Grosche; Esteves, Bruno
The rapid expansion of industrial and agricultural activities in recent years has significantly contributed to water pollution leading to a decline in water quality and the need for effective treatment and reuse strategies. Metal contamination in water bodies poses severe environmental and health risks, making the development of cost-effective and sustainable remediation methods essential. Among the various treatment approaches, biosorption using biological adsorbents has emerged as a promising alternative due to its low cost and high efficiency. However, while the adsorption mechanisms of single metals are well understood, the competitive interactions between multiple metal ions during the sorption process remain less explored. In this review, we analyze the competitive biosorption of metals in multi-metallic wastewater systems. Key factors influencing metal removal, such as pH, contact time, biosorbent dosage, and initial metal concentration, are discussed, along with the intrinsic properties of biosorbents and metal ions that affect sorption efficiency. Additionally, we highlight recent studies on agroforestry byproducts as effective biosorbents for metal removal, showcasing their potential for sustainable water treatment. Heavy metals pose significant risks even at low concentrations, necessitating robust regulations and advanced treatment technologies; biomass byproducts, as cost-effective biosorbents, can be optimized through pre-treatment, activation, pH and temperature control, and particle size reduction, while effectively manage
A Revisit of Plant Food Waste Along Food Supply Chains: Impacts and Perspectives.
Publication . Gonçalves, Joana; Anjos, Ofélia; Guiné, Raquel
More than one billion tons of the food produced in the world ends up being wasted every year, accounting for about one-third of the food produced globally. For this reason, the problem of food waste management has been the focus of the different actors intervening in the food supply chains, who recognize that food waste has not only environmental but also economic and social impacts. This review focuses on foods of plant origin wasted at different stages of their life, namely primary production, transformation/processing, transportation, sales, catering and the domestic level. It addresses the subject from multiple angles, considering the environmental, economic and social perspectives. The review was based on a search carried out within scientific databases, for example, ScienceDirect, Scopus and the Web of Science. The results highlighted that in the generation and management of food waste from plant origin, there is a clear difference between developed and developing countries, with these last showing higher losses in production, principally the transportation and storage of the foods. Contrarily, in developed countries, excess food produced and not consumed is the strongest contributor to food waste. Valorization of agricultural waste and industrial residues for application into animal feed or agricultural fertilizers, or through the recovery of valuable compounds for industrial purposes, are some of the ways to deal with food waste while generating additional economic value and reducing environmental impact. However, there is still a need to modify processes and behaviors to reduce food waste and improve the sustainability of supply chains. Therefore, it is crucial to conduct research to identify and report food waste so that stakeholders can contribute positively to solving this problem.
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6817 - DCRRNI ID
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UIDB/00681/2020