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O turismo é um sistema de produção e consumo de tempo de lazer, com grande impacto no desenvolvimento económico e social das regiões. Dentro das várias tipologias de turismo, o turismo cultural cada vez mais tem uma grande influência na economia dos países e/ou regiões, tendo se desenvolvido de forma expressiva nas últimas décadas. As cidades históricas têm sido um dos principais palcos para o desenvolvimento deste tipo de turismo. A conservação, regeneração e promoção do património, através de um planeamento e gestão participativa que considere os diversos stakeholders, tem sido uma das preocupações quando se procura implementar estratégias de desenvolvimento turístico sustentável. Este artigo procura explorar as perceções e atitudes dos stakeholders sobre o DTS em pequenas cidades históricas, tomando como caso de estudo uma cidade do norte de Portugal (cidade de Lamego). Foram realizadas entrevistas pessoais em profundidade a três grupos de stakeholders: gestores do património, operadores turísticos e poder local, num total de oito entrevistas estruturadas. Os resultados da análise de conteúdo às entrevistas permitiram concluir que a maioria dos respondentes não está familiarizada como o conceito de DTS. O poder local conhece o conceito e os seus princípios, mas entende que a sua aplicação não é prioritária. No que diz respeito à gestão do património, quer os gestores dos monumentos quer o poder local, têm noção das debilidades existentes, mas demonstram muita dificuldade em apontar soluções. Os operadores turísticos gostariam de participar na gestão do património, mas sentem que têm sido excluídos de todos os processos que têm decorrido na cidade. Este estudo pretende contribuir para a compreensão do papel que diversos stakeholders desempenham no DTS e no processo de planeamento turístico de pequenas cidades históricas.
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Turismo Cultural Património planeamento stakeholders
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Universidade do Algarve, School of Management, Hospitality and Tourism