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Na História da Medicina em Portugal durante a primeira metade do século XX, as práticas médicas de higiene social resultaram do estudo da personalidade. Estabeleceram-se tendências constitucionais dos delinquentes com base na ciência que, por diferentes métodos, serviu para explicar a génese do crime. No entanto, o recurso à ciência traz um problema: o estudo da personalidade criminal não é tão simples e constante nem inspira tão confiantes certezas nos resultados. Apesar deste carácter incerto, deposita-se alguma credibilidade nas psicoscopias (espécie de auscultação do campo psíquico) e psicometrias (medição dos fenómenos psíquicos) dos delinquentes, com o objectivo de estabelecer prognósticos de conduta. Independentemente do emprego dos mais categorizados e idóneos testes ou provas na identificação e classificação social dos delinquentes, essas possibilidades são, por vezes, modestas e limitadas, porque ocorrem deficiências e insucessos de prognóstico / diagnóstico. O caso paradigmático de estudo é o médico Luís de Pina (1901-1972), que chamou a atenção para o facto de, na Medicina, Antropologia Social e Criminal, Psicologia, Direito, Biologia Criminal ou Criminologia, os delinquentes serem objecto de preocupações periciais e científicas, enquanto a ciência servia interesses higienistas na organização social.
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eugenia criminal higiene social Luís de Pina personalidade criminal saúde social