RE - Número 33 - Maio de 2007
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Browsing RE - Número 33 - Maio de 2007 by Author "Cardoso, Luís Miguel"
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- A vanguarda e a dialéctica: uma nota sobre a Nouvelle VaguePublication . Cardoso, Luís MiguelNa Europa do pós-guerra, depois da experiência neo-realista, surge uma corrente, aparentemente (des)organizada, que possuía pontos de contacto com a cinematografia italiana, e que incluía como figura emblemática Alain Robbe-Grillet. Este movimento viria a reestruturar a concepção do romance e do cinema. Segundo Roland Barthes, não existe propriamente uma escola ou corrente que reunisse o já citado Alain Robbe-Grillet, Nathalie Sarraute e Michel Butor, entre outros, e que propusera o conceito de Nouveau Roman, dado que as dissemelhanças são também uma marca do «grupo», unido, contudo, por linhas de pensamento comuns. Na caminhada que afastava o romance das formulações tradicionais do enredo, surgia, como nos diz Aguiar e Silva , o Nouveau Roman, designação criada por jornalistas, que identificava uma tipologia que aparecera após 1950, possuindo como principal ideal o afastamento dos vectores tradicionais na concepção do romance e uma aproximação a Joyce, Woolf, Faulkner e Dos Passos.
- Vergílio Ferreira entre a literatura e o cinema: esboço de um diálogo ao espelhoPublication . Cardoso, Luís MiguelEm 1993, no texto Vergílio Ferreira e o Cinema, Lauro António reflecte, com um ponto de vista interessante e inovador, sobre o escritor português, evidenciando a pluralidade de relações entre a literatura e o cinema que o mesmo ilustra na sua vida e produção literárias. O realizador, homem da indústria cinematográfica mas também da crítica, soube colher, do seu contacto pessoal, das suas leituras e da sua experiência como responsável pela adaptação do romance Manhã Submersa para a tela, um conjunto de conexões vergilianas entre a palavra e a imagem. Lauro António, relativamente a Vergílio Ferreira, identifica quatro ligações principais entre a literatura e o cinema: os comentários do escritor sobre cinema integrados na sua Conta-Corrente, o acompanhamento da transposição para a tela de obras suas, a elaboração de textos para documentários (como o que escreveu para a curta-metragem relativa a Júlio Resende), e a sua experiência como actor no filme Manhã Submersa (1980). A estes elementos acrescentaremos um quinto: a produção de textos de pendor ensaístico com incidência temática sobre o cinema.