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RE - Número 33 - Maio de 2007

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Recent Submissions

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  • Comunidade de diáspora em Montreal: uma primeira aproximação - imigração portuguesa e o papel da instituição escolar no Quebec nos séculos XXe XXI
    Publication . Silva, Nilce da
    Este artigo é fruto de pesquisa exploratória, realizada na cidade de Montreal, subsidiada pelo governo canadense no ano de 2006, e das reflexões que têm sido feitas acerca da relação entre o mundo lusófono e a instituição escolar no âmbito do grupo de pesquisa, ensino e extensão Acolhendo Alunos em Situação de Exclusão Escolar e Social: o papel da instituição escolar – certificado pela Universidade de São Paulo – que conta com o apoio do CNPq e da FAPESP. A partir de contato com comunidade de diáspora portuguesa em Montreal e de um breve resgate da história da lusofonia, discutiremos a semiperifericidade econômico-social de Portugal – apesar de ter construído o mais longo império colonial da história da humanidade e, decorrente desta situação de antiga metrópole, analisaremos o papel da instituição escolar no contexto montrealense no sentido da difusão da língua e da cultura lusófona.
  • A arte dramática na literatura portuguesa
    Publication . Carriço, Lilaz dos Santos
    A morigeração dos costumes fez surgir na Grécia um pensador, Esopo, o qual, em textos breves, enunciava lições que, tendo como personagens, em geral, animais ou seres inanimados, objectivaram o comportamento negativo do homem, servindo de exemplo e concretizando, assim, a sua correcção. As fábulas podem, pois, considerar-se modelares para a moralização nesses tempos remotos. Entre os Romanos, Fedro aproveita a mensagem didáctica de Esopo e, como eles, ao longo dos séculos, proliferaram escritores que em tais textos encontram sugestão para concretizar a doutrina moral. Neste conjunto, na Idade Média, refira-se o Livro de Esopo ou Esopete cujos textos formados de uma parte narrativa e da conclusão moral, o epímitio, devem ter proveniência latina. Tal como Fedro, também, na Idade Média, se procura moralizar com uma produção literária animalista “Boosco deleytoso”, “horto do Esposo”, animizando os próprios animais para conseguir tal objectivo.
  • Abordagens literárias sobre alguns escritores portugueses
    Publication . Carriço, Lilaz dos Santos
    No contexto literário que vamos apresentar, não nos é possível recuar, no tempo, para trás do século XVI. É que, se temos um ou outro texto poético com expressão artística como o caso da cantiga de João de Roiz de Castelo Branco “Senhora, partem tristes/meus olhos por vós meu bem/que nunca tão tristes vistes/outros nenhuns por ninguém.”, não temos nenhum escritor que deixasse uma obra individual de vulto. Fazemos uma excepção significativa, referindo Fernão Lopes e a sua Crónica de D. João I do qual apresentámos um estudo cuidadoso e intensivo no 1º volume do compêndio de Literatura que publicámos.
  • "Ddtc nome idade" : A delicadeza linguística em private chat
    Publication . Alves, Sónia Santos
    No presente artigo, discute-se a pertinência e concretização do princípio de delicadeza na conversação online síncrona de carácter privado, bem como avaliar da orto ou heterodoxia da(s) sua(s) manifestação(ões), tentando reconhecer novas estratégias de concretização linguística, ou paralinguística, em práticas discursivas contemporâneas, daquele que tem sido, desde sempre, um princípio incontornável dos comportamentos sociais.
  • "Eu&i - European Awareness and Intercomprehension": um desafio Europeu
    Publication . Alves, Sónia Santos
    O conceito de Intercompreensão tem vindo a tornar-se objecto de um interesse tanto mais alargado quanto mais as vivências multiculturais e plurilingues se têm revelado, de facto, como um dos mais importantes desafios europeus na actualidade. Face aos novos cenários nacionais que se têm constituído na organização mundial contemporânea, é cada vez mais consensual que a activação de competências de intercompreensão pode assumir-se como uma resposta possível às necessidades comunicacionais subjacentes às interacções multiculturais; embora subsistam, como é natural, posições cépticas, que encaram este conceito como extremamente utópico, a intercompreensão é uma realidade que já faz parte das nossas vidas, nas mais diversas situações comunicativas.
  • Vergílio Ferreira entre a literatura e o cinema: esboço de um diálogo ao espelho
    Publication . Cardoso, Luís Miguel
    Em 1993, no texto Vergílio Ferreira e o Cinema, Lauro António reflecte, com um ponto de vista interessante e inovador, sobre o escritor português, evidenciando a pluralidade de relações entre a literatura e o cinema que o mesmo ilustra na sua vida e produção literárias. O realizador, homem da indústria cinematográfica mas também da crítica, soube colher, do seu contacto pessoal, das suas leituras e da sua experiência como responsável pela adaptação do romance Manhã Submersa para a tela, um conjunto de conexões vergilianas entre a palavra e a imagem. Lauro António, relativamente a Vergílio Ferreira, identifica quatro ligações principais entre a literatura e o cinema: os comentários do escritor sobre cinema integrados na sua Conta-Corrente, o acompanhamento da transposição para a tela de obras suas, a elaboração de textos para documentários (como o que escreveu para a curta-metragem relativa a Júlio Resende), e a sua experiência como actor no filme Manhã Submersa (1980). A estes elementos acrescentaremos um quinto: a produção de textos de pendor ensaístico com incidência temática sobre o cinema.
  • A vanguarda e a dialéctica: uma nota sobre a Nouvelle Vague
    Publication . Cardoso, Luís Miguel
    Na Europa do pós-guerra, depois da experiência neo-realista, surge uma corrente, aparentemente (des)organizada, que possuía pontos de contacto com a cinematografia italiana, e que incluía como figura emblemática Alain Robbe-Grillet. Este movimento viria a reestruturar a concepção do romance e do cinema. Segundo Roland Barthes, não existe propriamente uma escola ou corrente que reunisse o já citado Alain Robbe-Grillet, Nathalie Sarraute e Michel Butor, entre outros, e que propusera o conceito de Nouveau Roman, dado que as dissemelhanças são também uma marca do «grupo», unido, contudo, por linhas de pensamento comuns. Na caminhada que afastava o romance das formulações tradicionais do enredo, surgia, como nos diz Aguiar e Silva , o Nouveau Roman, designação criada por jornalistas, que identificava uma tipologia que aparecera após 1950, possuindo como principal ideal o afastamento dos vectores tradicionais na concepção do romance e uma aproximação a Joyce, Woolf, Faulkner e Dos Passos.
  • Gramática no ensino básico - renascer do caos ou o extermínio do mito?
    Publication . Pinto, Mariana Oliveira
    No momento em que se assiste à tentativa de afirmação pedagógica da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLEBS), muitas vozes fazem eco dos seus pareceres. Uns baseiam-se em critérios científicos para justificar os seus argumentos pró ou contra; outros, em critérios de natureza mais didáctica. Afinal, trata-se de romper com princípios e práticas enraizados numa lógica gramatical justificada pela tradição; a nomenclatura gramatical presente nos Programas é ainda a definida por Portaria do MEN, publicada no Diário do Governo, 1ª série, de 28 de Abril de 1967. Esta tentativa de colocar um estado de ordem no ensino-aprendizagem da gramática, leia-se uniformizar conceitos, surge já no texto que se apresenta como orientador das práticas lectivas, no que à disciplina de Língua Portuguesa diz respeito: A Língua Materna na Educação Básica (LMEB). Neste documento, que numa fórmula “pronto-a-usar” se condensou num livro conhecido no âmbito pedagógico como o livro das Competências, é referida a utilização da então nova Proposta de Nomenclatura Gramatical apresentada por DUARTE et al. (1991). (Cf. SIM-SIM et al.,1997,p. 84). Em consequência, alguns manuais tentaram actualizar as propostas de análise gramatical tendo por base esta nova terminologia, fazendo desde logo adivinhar a multiplicidade de noções e conceitos que passaram a emergir dos manuais (Cf. Pinto, 2000).
  • Reflexões sobre os usos do português
    Publication . Castelo, Adelina
    A forma como se usa actualmente a língua portuguesa leva-me, enquanto professora de Português e linguista, a reflectir... São essas reflexões e opiniões que gostaria de partilhar com os leitores da Millenium, começando, no entanto, pela explicitação de alguns conceitos linguísticos que são indispensáveis para observar de forma crítica esta situação. Afirmações como “Hoje em dia ninguém sabe falar Português” e “Cada vez se dão mais pontapés na gramática”, que se tornaram muito frequentes no nosso dia a dia, pressupõem a existência de um “Português correcto”. No entanto, é caso para nos perguntarmos se existe um único Português correcto, se o Português falado na Madeira ou em situações mais informais não pode ser considerado também um Português correcto. Seguindo de perto a sistematização feita em Peres e Móia (1995) e algumas distinções apresentadas em Mateus et al. (2003), é possível resumir o contributo da Linguística para compreender estas questões.
  • Diversidade linguística e ensino de português
    Publication . Matos, Isabel Aires de
    Os fluxos migratórios conhecidos em toda a Europa central desde o fim da II Guerra Mundial apenas tiveram verdadeira expressão no território nacional na última década do século XX. Portugal foi até então sobretudo um país de emigração. Nos números oficiais – e sabemos que neste domínio, dada a natureza do fenómeno, os números não oficiais serão com grande probabilidade significativamente mais elevados – temos neste momento entre nós 450.000 imigrantes, provenientes de 170 países, que falam 230 línguas diferentes. Esta nova situação – Portugal como país de imigração – praticamente desconhecida da sociedade portuguesa até à contemporaneidade veio alterar substancialmente a paisagem linguística e cultural das nossas cidades e em muitos casos também do mundo rural, mas não tem tido por parte dos responsáveis pela política linguística educativa uma resposta adequada.