Browsing by Author "Duarte, João Carvalho, orient."
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- Atitudes maternas face à amamentaçãoPublication . Fernandes, Cláudia Sofia Fialho Nisa; Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient.; Duarte, João Carvalho, orient.Enquadramento: Verifica-se que a amamentação para além de nutrir, protege e favorece o desenvolvimento cognitivo, a criação do vínculo afectivo entre mãe e filho. É um momento único e rico de carinho, afecto, doação e troca. O aleitamento materno (AM) depende de vários factores, tais como: sócio culturais, profissionais, nível de educação e da acção dos profissionais de saúde e dos media e reúne benefícios para a criança, mãe, família e sociedade. Objectivos: É nossa intenção com este estudo, determinar se o perfil sócio demográfico, as variáveis obstétricas, o aleitamento materno e o contacto pele a pele na primeira horas de vida e o alojamento conjunto influenciam as atitudes maternas face à amamentação. Métodos: Trata-se de estudo de natureza quantitativa, transversal, de carácter descritivo correlacional e explicativo, sendo a amostra não probabilística por conveniência (n=312). A recolha de dados efectuou-se através de um questionário sócio demográfico, o inventário do afecto materno e a escala de atitudes maternas face à amamentação. Foi aplicado às mães na consulta de saúde infantil dos 2 anos de idade, no período de 1 de Outubro de 2010 a 30 de Dezembro de 2011 nos centros de Saúde dos concelhos da Covilhã, Fundão, Guarda e Viseu. Resultados: O estudo realizado permitiu verificar que as mulheres com melhores atitudes maternas face à amamentação são as que têm idades entre os 19-35 anos, casadas/união de facto, residentes em vila, com ensino superior e trabalhadores qualificados, numa situação profissional empregada a tempo inteiro. O estado civil e a escolaridade o nº de gestações anteriores, o tipo de parto, o tipo de gravidez (termo/prematuridade) a existência de filhos com amamentação anterior, o tempo de amamentar e a introdução da chupeta, são preditoras das atitudes maternas face à amamentação. Conclusão: Embora o aleitamento materno seja um processo biologicamente determinado é influenciado pelo ambiente que rodeia a mulher, o número de gestações anteriores, o tipo de parto, o contacto pele a pele, bem como algumas características sócio demográficas. Assim, estas variáveis devem ser consideradas nas políticas de promoção do aleitamento materno. Palavra-chave: Amamentação, Atitudes Maternas.
- Os estilos de vida nos doentes com cardiopatia isquémicaPublication . Lopes, Maria Amélia Santos; Duarte, João Carvalho, orient.; Dias, António Madureira, co-orient.Enquadramento: Os estilos de vida estão associados às doenças cardiovasculares e à mortalidade. Os benefícios da promoção de estilos de vida saudáveis na prevenção das doenças cardiovasculares são inequívocos, bem conhecidos pela comunidade científica e divulgados à população em geral. Contudo, as evidências de estilos de vida não saudáveis continuam a marcar uma tendência nas populações, principalmente nas sociedades ocidentais. Objetivos: verificar que estilos de vida apresentam os doentes com cardiopatia isquémica; averiguar se as variáveis sociodemográficas e a funcionalidade familiar interferem nos estilos de vida do doente com cardiopatia isquémica. Métodos: Optou-se por um estudo não experimental, de natureza quantitativa, do tipo descritivo-correlacional e explicativo. Para avaliar as variáveis em estudo, o instrumento de colheita de dados contém um questionário, constituído por questões relativas às variáveis sociodemográficas, a Escala de Funcionalidade Familiar, questões relacionadas com as variáveis clínicas, bem como contém a Escala de Estilos de Vida. A amostra global analisada foi de 140 doentes com Cardiopatia Isquémica, com uma média de idades de 68,98 anos. Do universo amostra em estudo, 105 doentes são do sexo masculino e 35 do sexo feminino. Resultados: Mais de metade da amostra apresentava obesidade moderada, predominando os participantes que tinham mais peso quando foram acometidos pela doença coronária isquémica. A maioria dos participantes nunca fumou, estando incluídos dentro do grupo de fumadores os homens. No que se refere à alimentação saudável, o coeficiente de dispersão revelou que esta apresentava uma dispersão moderada. A média mais elevada foi ao nível dos estilos de vida não saudáveis. A idade influenciou os estilos de vida dos doentes e os estilos de vida não saudáveis. A situação laboral influenciou os estilos de vida dos doentes, cuja variação das médias resultou em diferenças estatisticamente significativas para o fator “estilos de vida não saudáveis”. O stresse, a funcionalidade familiar, a idade e o sexo são variáveis preditoras dos estilos de vida saudáveis e estilos de vida global, uma vez que a correlação positiva que estas variáveis estabelecem com os estilos de vida saudáveis é muito fraca, tendo-se deduzido que quanto maiores os índices nestas variáveis, mais baixos são os estilos de vida não saudáveis. Conclusão: Este estudo indicou que, na generalidade, os doentes revelaram estilos de vida não saudáveis. Palavras-chave: Cardiopatia isquémica; estilos de vida saudáveis; estilos de vida não saudáveis.
- Influência do perfil funcional e da autoavaliação do idoso na saúde mental e emocionalPublication . Marques, Rosa Maria; Duarte, João Carvalho, orient.; Gonçalves, Amadeu Matos, co-orient.O envelhecimento da população é um dado incontornável do presente, em todo o mundo. Portugal não é exceção, sendo um dos países da UE a envelhecer mais depressa: em 30 anos, a percentagem de portugueses com mais de 65 anos passou de 11% para 17,5%. Em 2050, cerca de 80% da população portuguesa apresentar-se-á envelhecida e dependente (INE, 2011). A Saúde Mental influência o bem-estar do idoso e da população, integrando um recurso essencial para a adaptação às exigências da vida. A vulnerabilidade dos idosos às perturbações mentais justifica a relevância da investigação das manifestações psicopatológicas que apresentam, para orientar as intervenções necessárias à promoção da saúde mental de forma a associar qualidade aos anos vividos (Motta e Aguiar, 2007). Neste sentido, delinearam-se as seguintes questões de investigação e os objetivos: quais as características sociodemográficas que influenciam a Saúde Mental e Emocional dos Idosos?, qual a influência do Perfil Funcional e da Autoavaliação da Saúde Mental e Emocional do idoso? Delinearam-se ainda, os seguintes objetivos de estudo: identificar as variáveis sociodemográficas que influenciam a Saúde Mental e Emocional dos Idosos; analisar o Perfil Funcional e a Autoavaliação da Saúde Mental e Emocional dos Idosos. Este estudo centrando-se no grupo mais idoso da nossa população (idade igual ou superior a 65 anos), o principal objetivo foi avaliar a Saúde Mental dos idosos residentes num lar de 3ª Idade SCMViseu, recorrendo ao Questionário Older Americans Resources and Services (OARS). A amostra compõe-se por 43 indivíduos. Seguindo um critério de amostragem não aleatória e não estratificada, são agregados por sexo e em três grupos etários (≤83 anos, 84-87 anos e ≥88 anos). A média de idade da amostra para ambos os sexos é de 84.79 anos. Na área de recursos sociais, a pontuação de incapacidade funcional (PIF) revela que 39,3% das mulheres são pontuadas de forma mais negativa comparativamente com os homens (46.7%) para a avaliação de Bons Recursos Sociais. Na área de Saúde Mental, para o total da amostra, 51.2% dos idosos considera Má a sua Saúde Mental e Emocional. Os idosos pertencentes ao grupo etário ≥ 88 anos e os homens autoavaliam pior o seu estado de Saúde Mental e Emocional. A PIF na área de Saúde Mental mostra que as mulheres são pontuadas de forma mais positiva do que os homens para a avaliação de Boa Saúde 3Mental. Dos idosos que consideraram Boa a sua Saúde Mental e Emocional, 66.7% apresentam uma boa capacidade funcional, dos que consideram má a sua Saúde Mental e Emocional, 64% apresentam incapacidade funcional, notando-se diferenças estatisticamente significativas. PALAVRAS-CHAVE: Idoso; Saúde Mental; Perfil Funcional, Autoavaliação e Avaliação Multidimensional.
- Liderança e motivação : a perspetiva dos enfermeiros de um hospital da região centroPublication . Micaelo, Fernando José Freixo; Duarte, João Carvalho, orient.; Amaral, Maria Odete Pereira, co-orient.Enquadramento: O atual momento de mudança, flexibilização e globalização a nível social e laboral, nem sempre influi positivamente na motivação dos profissionais exigindo novos predicados aos seus líderes. Tendo em vista a produtividade e o desempenho dos enfermeiros, importa capacitar os líderes e reconhecer quais os fatores modeladores da motivação, propondo medidas potenciadoras consentâneas. Objetivos: Avaliar a motivação profissional dos enfermeiros de um hospital da região centro; Identificar as variáveis sociodemográficas e profissionais que influenciam a motivação profissional dos enfermeiros; Determinar os perfis de comportamento de liderança dos enfermeiros chefes e responsáveis; Analisar a relação entre os perfis de comportamento de liderança dos enfermeiros chefes e responsáveis e a motivação profissional. Métodos: Estudo transversal, descritivo e correlacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 192 enfermeiros. Utilizou-se um questionário autoaplicado para a caracterização sociodemográfica e profissional, o Motivation Questionnaire para avaliação da motivação e o Leader Behavior Description Questionnaire para avaliação do comportamento dos enfermeiros chefes e responsáveis. Resultados: A média de idades dos enfermeiros da amostra foi de 38,63±7,78 anos, sendo a maioria enfermeiras (75,5%), que habita na cidade (89,1%), têm um relacionamento (73,4%) e são licenciados (86,5%). Profissionalmente são enfermeiros de cuidados gerais (88,5%), em horário rotativo (78,6%), com um contrato de trabalho de funções públicas (73,4%) e exercem à 15.96±7,54 anos. Mostram-se muito motivados, 40,1% dos enfermeiros, considerando-se pouco motivados 36,5%. O género e a idade relacionam-se com as necessidades fisiológicas (p=0,004) e de segurança (p=0,032); estado civil, funções prestadas e tempo de exercício com as sociais (p=0,002; 0,019; 0,011); O comportamento de liderança de consideração associou-se significativamente com as necessidades de autorrealização (r=-0,162; p=0,025) e o comportamento de liderança de estruturação com as necessidades sociais (r=-0,147; p=0,042). Conclusão: A motivação dos enfermeiros pauta-se pela assimetria dividindo-se entre muito e pouco motivados. É influenciada por fatores como a idade, estado civil, funções prestadas e tempo de exercício profissional. O comportamento de liderança adotado pelos enfermeiros líderes influencia a motivação global, em particular as necessidades de autorrealização e sociais. Propõe-se a necessidade de capacitar os líderes em competências de liderança e desenvolver estratégias motivacionais conducentes a melhor desempenho e produtividade dos profissionais, com vista à excelência no cuidar. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, Motivação, Liderança.
- Repercussões dos estilos de vida no rendimento escolar dos adolescentesPublication . Pestana, Maria Leonor Freire de Meneses; Duarte, João Carvalho, orient.; Coutinho, Emília Carvalho, co-orient.Introdução: À adolescência atribuem-se transformações físicas, psicológicas, cognitivas e socioculturais, que contribuem para a formação da personalidade, e que expõem o adolescente a novos contextos de vida que o levam à aquisição de comportamentos, hábitos e estilos de vida determinantes da sua saúde na idade adulta. Por outro lado, em ambiente escolar, preconiza-se que o jovem estude e que tenha rendimento académico. Objetivos: Pretendemos identificar os fatores associados ao rendimento escolar dos adolescentes, nomeadamente as variáveis sociodemográficas, de contexto à escola e académicas; analisar a influência que os estilos de vida (prática de atividade física, hábitos de consumo de tabaco, drogas e álcool, comportamento alimentar, ocupação de tempos livres, hábitos de higiene e de promoção da saúde, comportamentos de risco e de segurança rodoviária, hábitos de sono e de repouso) podem ter na predição da qualidade do rendimento escolar dos adolescentes; e analisar a relação que essas variáveis estabelecem entre si. Participantes e métodos: Estudo quantitativo, de corte transversal, descritivo e correlacional, explicativo, e retrospetivo. O inquérito por questionário de administração direta e a escala de rendimento escolar de Fermin, adotada por Duarte (2008), foram os instrumentos selecionados para a recolha de informação. Recorremos a uma amostragem não probabilística por conveniência constituída por 380 adolescentes a frequentar o 7º, 8º e 9º anos de escolaridade, no ano letivo de 2011/2012, da escola básica dos 2º e 3º ciclo do concelho em Viseu. Resultados: As raparigas, os estudantes mais novos, os que vivem em zona rural, os de mais alto nível socioeconómico, os que têm pai ou mãe com o ensino secundário ou superior são os que protagonizam melhor rendimento escolar. São também, os adolescentes com menos anos de escolaridade, os que nunca reprovaram, os que residem mais próximo da escola, e os que gastam menos tempo na deslocação para a escola os que obtêm melhor rendimento escolar. Igualmente, são os que colaboram em atividades domésticas, praticam desporto / atividade física, que não fumam, não bebem, não se drogam, não consomem bebidas estimulantes, que fazem uma refeição adequada e saudável, que ocupam menos tempo por dia no computador e jogos interativos, tv, que por semana convivem moderadamente com os amigos, com boa qualidade de sono, que mais dormem, que antes de dormir vêm vídeo, estudam, fazem leituras, e não usam o computador também apresentam melhor rendimento escolar. Conclusão: O rendimento escolar associou-se a variáveis sociodemográficas, contextuais à escola e académicas, aos estilos de vida e aos hábitos de sono. Concluise portanto que os comportamentos dos jovens são determinantes quer para a manutenção de uma vida saudável como também se refletem no desenvolvimento cognitivo, nas capacidades de concentração, de memória, de raciocínio, de comunicação, de interação, de atitudes e de valores com implicações diretas no rendimento escolar e no bem-estar geral do adolescente. Palavras – chave: rendimento escolar, estilos de vida, adolescência, sono.
- Risco de quedas nas UCCI do distrito de Viseu : estudo comparativo escala de Morse e escala de DowtonPublication . Almeida, Catarina Inês Soares; Duarte, João Carvalho, orient.; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula, co-orient.Enquadramento: O envelhecimento e as alterações na estrutura social e familiar determinam o aparecimento de novas necessidades, cuja satisfação reclama mudanças tanto a nível de saúde como a nível social, que devem ser capazes de desenvolver respostas que possam contribuir para a manutenção e restauração da dignidade e da qualidade de vida. Neste contexto através da Resolução do Conselho de Ministros nº 84/2005 foi criada na dependência do Ministério da Saúde, a Comissão para o Desenvolvimento dos Cuidados de Saúde às Pessoas Idosas e às Pessoas em Situação de Dependência, com o objetivo de ser construído um modelo de intervenção em matéria de Cuidados Continuados Integrados. As quedas são um risco real, apresentando-se como uma das principais causas de morte e são muitas as pessoas que vivem com estilos de vida comprometida e situações incapacitantes, tornando assim as quedas como um importante problema de saúde pública. Representam não só a principal causa de morte acidental na última etapa da vida, mas também o motivo mais frequente de ida ao serviço de urgência, justificando internamentos com maior regularidade. (Saraiva D et al, 2008) Nos idosos, as quedas, são um problema maior de saúde pública e podem levar a situações de incapacidade, injúria e morte. Nos países ocidentais cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano e aproximadamente 15% caem mais do que duas vezes por ano. (CONGRESSO INTERNACIONAL DE SAÚDE, CULTURA E SOCIEDADE, 2010) Desta constatação surgiu a necessidade de estudar o “ Risco de Quedas dos Utentes Internados nas Unidades de Cuidados Continuados do Distrito de Viseu: estudo comparativo entre a Escala de Morse e a Escala de Downton”. Objetivos: Determinar os fatores de risco de queda dos utentes internados nas Unidades de Cuidados Continuados do Distrito de Viseu; Avaliar o risco de queda dos utentes internados nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados do Distrito de Viseu; Comparar a Escala de Morse e as Escala de Downton, avaliando ambas os risco de queda. Métodos: No que concerne ao tipo de investigação estamos perante um estudo quantitativo, descritivo - correlacional, transversal e não experimental. No estudo a realizar é utilizada a técnica de amostragem não probabilística. Neste estudo, optou-se pela aplicação de um questionário para a colheita de dados, no qual foram incluídas a escala de Morse, a escala de Downton e o Índice de Katz e questões que possibilitaram a caracterização da amostra. Para o tratamento dos dados foi utilizada a estatística descritiva e inferencial e o apoio do programa SPSS 20. Resultados: A amostra é constituída por 162 indivíduos, em que a idade mínima apresentada foi de 36 anos e a idade máxima foi de 100. Segundo a escala de Morse: 25 indivíduos não apresentam risco de queda, 69 apresentam baixo risco de queda e 68 apresentam alto risco de queda; 77,8% não apresentam história prévia de queda e 58,0% são classificados como desorientados. Segundo a escala de Downton: 154 indivíduos apresentam risco de queda e apenas 8 não apresentam risco; 37,0% tomam 3 tipos de medicamentos diferentes; 89,5% apresentam alterações ao nível da deambulação e 56,2% são classificados como desorientados. Conclusão: Assim sendo a análise dos fatores desencadeantes das quedas e as circunstâncias em que estas ocorrem, assume-se como um pólo fulcral na intervenção do enfermeiro na promoção das estratégias preventivas de quedas. O desenvolvimento deste trabalho permitiu identificar vários pontos em que é muito importante investigar. È desta forma que seria pertinente e importante sugerir que as unidades de cuidados continuados para além da avaliação do risco também implementem medidas de prevenção. Medidas essas que não devem apenas reportar-se às previstas na legislação, mas também a medidas eficazes e adequadas a cada instituição para a redução das complicações. Palavras Chave: Risco de queda; Capacidade Funcional; Estado Cognitivo; escala de Morse, escala de Downton.
- Satisfação profissional dos enfermeiros de um hospital da região centroPublication . Valente, João Pedro Oliveira; Duarte, João Carvalho, orient.; Amaral, Maria Odete Pereira, co-orient.Enquadramento: As mudanças socioeconómicas e laborais têm sido responsáveis por um desgaste físico e mental dos profissionais, com consequências no aumento da insatisfação profissional. Em enfermagem a insatisfação pode refletir-se na qualidade dos cuidados prestados e no bem-estar individual. Objetivos: Avaliar a satisfação profissional dos enfermeiros de um hospital distrital da zona centro; identificar as variáveis sociodemográficas e profissionais que influenciam a satisfação profissional dos enfermeiros e analisar a influência das variáveis psicológicas (personalidade e burnout) na satisfação profissional dos enfermeiros. Métodos: Estudo transversal, descritivo e correlacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 192 enfermeiros. Utilizou-se o questionário autoaplicado, para a caracterização sociodemográfica e profissional, o Inventário de Personalidade de Eysenck (EPI-12), o Maslach Burnout Inventory - General Survey (MBIGS) e a Escala de Satisfação Profissional (Pereira, 2010). Resultados: A média de idades dos enfermeiros foi de 39.32 ±7.99 anos, maioritariamente enfermeiras (75.5%), que habitam na cidade, casadas, com a categoria de enfermeiro a desempenhar funções de prestação de cuidados em horário rotativo com um contrato de trabalho de funções públicas e a exercer a profissão à 15.96 ±7.54 anos. Cerca de 53.65% dos enfermeiros revelaram insatisfação com a profissão, com prevalência no sexo masculino (p=0.015). Os enfermeiros não apresentaram perturbações da personalidade nem burnout, contudo, verificou-se uma relação de dependência entre o género e o neuroticismo (p=0.006) e o cinismo (p=0.012). O neuroticismo relacionou-se com a satisfação profissional (r=-0.236; p=0.001).O burnout associou-se significativamente com a satisfação profissional: exaustão emocional/física (r=-0.573; p=0.000), cinismo (r=-0.611; p=0.000) e eficácia profissional (r=0.266; p=0.000). Conclusão: A maioria dos enfermeiros referiu insatisfação profissional. A insatisfação profissional é influente na perda da qualidade laboral. Emerge a necessidade da implementação de estratégias interventivas, no sentido da melhoria da satisfação profissional dos enfermeiros e consequentemente, melhoria da qualidade dos cuidados prestados. PALAVRAS-CHAVE - Satisfação Profissional, Enfermeiros, Personalidade, Burnout.