Browsing by Author "Martins, Rosa Maria Lopes"
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- Aleitamento Materno: O Porquê do AbandonoPublication . Natal, Sofia; Martins, Rosa Maria LopesSendo o aleitamento materno um momento único e privilegiado na comunhão mãe - filho, este deve ser sentido como um acto natural. No entanto, o abandono precoce é uma realidade. O presente estudo tem como objectivo principal conhecer as razões que levam ao abandono do aleitamento materno exclusivo, em crianças com menos de quatro meses. Para responder a esta questão, foram entrevistadas 23 mães que abandonaram o aleitamento materno antes do quarto mês da vida do seu filho. Como objectivos específicos, pretendeuse conhecer as vantagens e desvantagens do aleitamento materno, sentidas pelas mães, assim como os sentimentos vivenciados no momento do abandono. Pretendeu-se, ainda, conhecer alguns factores institucionais que influenciaram o sucesso do aleitamento materno. Tratou-se de um estudo exploratório - descritivo, onde se analisou o conteúdo das entrevistas efectuadas às mães. Os resultados do estudo mostram que as razões principais para o abandono precoce do aleitamento materno exclusivo, apontadas pelas mães, foram o choro intenso do bebé e o leite insuficiente da mãe. A maior vantagem apontada relativamente ao aleitamento natural foi a comodidade e a maior desvantagem foi a dependência mãe-bebé, ou seja, o facto da mãe não se poder afastar, durante muito tempo, do bebé. Esta forma de amamentar provoca na mãe sentimentos positivos e de proximidade.
- Envelhecimento demográficoPublication . Martins, Rosa Maria LopesDesde tempos perdidos no passado, que a problemática do envelhecimento tem sido assunto do âmbito filosófico. Disse Platão que toda a "filosofia é uma meditação relacionada com a morte". As terapias propostas eram, e foram através dos tempos, alicerçadas em crenças mágicas e obscuras e reduzidas a elixires de juventude que visavam suprimir os efeitos do curso da idade (Gyll, 1998). É nos pós-guerra Mundial (segunda) e guerra civil de Espanha que o envelhecimento da população começa a sobressair e a chamar a atenção dos responsáveis pela saúde. Em Portugal, é na década de 50, com o pioneiro José Reis, que começam a surgir as primeiras preocupações geriátricas. Apesar do esforço e da sua persistência para impulsionar o interesse por uma nova doutrina médica - a Geriatria - a favor dos seres humanos até então singularmente negligenciados continuou a pensar-se e a agir-se segundo modelos tradicionais de prevenção, de diagnóstico, de tratamento e de prognóstico, e muito poucas vezes de reabilitação. O aumento da longevidade e dos aspectos a ela inerentes fazem do fenómeno envelhecimento uma questão de estudo actual, que merece uma reflexão mais aprofundada do ponto de vista da saúde. Pensou-se durante muito tempo que a "explosão demográfica da terceira idade" era uma consequência directa do aumento da esperança de vida, no entanto esta hipótese não foi confirmada porque sabe-se hoje que o principal factor responsável por este fenómeno é o declínio da natalidade (Nazareth, 1994). As alterações na estrutura etária da população portuguesa, diz-nos Dinis (1997), traduzem-se fundamentalmente pelo aumento da população, que resulta: Da diminuição constante da taxa de natalidade: em que as gerações deixam de ser substituídas numericamente e o lugar dos adultos e dos "velhos" aumenta no total. O declínio da taxa de natalidade está associado a diversos fenómenos, como a redução da nupcialidade, o casamento tardio, a emancipação da mulher e a sua maior participação no mercado de trabalho. Também a generalização dos métodos contraceptivos e os encargos sociais acrescidos decorrentes de uma família numerosa são factores que condicionam uma baixa de nascimentos; Do aumento "significativo" da esperança de vida, resultante das melhores condições sociais e tecnológicas, dos progressos da medicina preventiva, curativa e reabilitadora. Nazareth (1998) acrescenta que: "para além da dinâmica das inter-relações entre mortalidade e natalidade não podemos ignorar o conceito de "nicho ecológico humano". O homem é um ser dotado de uma grande mobilidade e as migrações, ao serem selectivas, produzem necessariamente impactos estruturais importantes. A conjugação de todos estes factores convergem para mudanças significativas no contexto demográfico e começam a acarretar uma série de previsíveis consequências sociais, culturais e epidemiológicas que merecem, de facto, uma reflexão aprofundada.
- Envelhecimento e saúde: um problema social emergentePublication . Martins, Rosa Maria LopesComo já vem sendo amplamente referido pela comunicação social, o nosso país,à semelhança de outros, está a passar por uma rápida transição demográfica, caracterizando-se esta por um aumento progressivo e acentuado da população adulta e idosa. São tendências pesadas com fortes implicações estruturantes, mas uma das principais consequências desta transformação dá-se a nível do sector da saúde. A insuficiência de dados sobre o estado de saúde e o grau de autonomia das pessoas idosas em Portugal, bem como a sua diferenciação por regiões, obriga a proceder a um diagnóstico de situação, a par de medidas concretas que aceleram e melhorem as formas de intervenção necessárias. É de facto desejável conhecer e compreender melhor a realidade da saúde e envelhecimento da população portuguesa, quer no presente, quer no futuro, de forma a promover novas e melhores abordagens preventivas, curativas e de continuidade de cuidados. Os conhecimentos científicos actuais sobre a importância da promoção da saúde ao longo da vida, para prevenir ou retardar situações de doença ou dependência, sobre os factores de risco e as doenças mais frequentes nas pessoas e sobre o seu impacto nos cuidados de saúde exigem a definição de linhas orientadoras para a manutenção de um envelhecimento saudável, a promoção da autonomia e a melhoria da intervenção dos prestadores de cuidados.
- Escolas superiores de enfermagem: que contributos face ao desafio do envelhecimento?Publication . Martins, Rosa Maria LopesNuma breve leitura dos documentos que integram a moldura legislativa das instituições do ensino superior, podemos constatar que as escolas superiores são conceptualizadas como “centros de formação cultural e técnica de nível superior às quais cabe ministrar a preparação para o exercício de actividades profissionais altamente qualificadas e promover o desenvolvimento das regiões em que se inserem” (Art.º 2º da Lei 54/90 de 5 de Setembro) Esta função é especificamente reforçada pelo D. Lei n.º 480/88, de 23 de Dezembro, quando nas várias competências atribuídas às escolas de enfermagem enfatiza o desenvolver a investigação científica e técnica do seu âmbito, bem como a obrigatoriedade de colaborar no desenvolvimento sanitário das regiões onde estão inseridas.” A própria Lei de Bases do sistema educativo, que também se aplica ao ensino de Enfermagem, destaca nos diferentes objectivos a necessidade de “formar diplomados para a participação no desenvolvimento da sociedade portuguesa e na sua formação contínua e estimular o conhecimento dos problemas do mundo de hoje em particular os nacionais e regionais, prestar serviços à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade.”
- Estereótipos sobre idosos: uma representação social gerontofóbicaPublication . Martins, Rosa Maria Lopes; Rodrigues, Maria de Lurdes MartinsTópicos, ditos, refrões, frases feitas, etiquetas verbais ou adjectivações a respeito de pessoas e grupos, são alusões que frequentemente encontramos, quer nas conversas diárias da rua, quer nos meios de comunicação social. O mundo social e humano, dificilmente se nos apresenta, em sua crua realidade objectiva e objectual, sem possuir adjectivações (frequentemente estereotipadas), porque o estereótipo é precisamente uma percepção extremamente simplificada e geralmente com ausência de matrizes. Na medida em que o conhecimento humano não é capaz de ser sempre complexo, flexível e crítico podemos dizer que tendemos a cair no estereótipo (Castro, et al, 1999). Os estereótipos mais estudados actualmente são os que se referem a grupos étnicos, no entanto existem estereótipos em todos os domínios da vida social: relativos a ambos os sexos, às ocupações, ao ciclo vital, à família, à classe social, ao estado civil, aos desvios sociais e a qualquer campo da vida que desejamos diferenciar.
- Funcionalidade Familiar e Qualidade de Vida dos IdososPublication . Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo e; Martins, Rosa Maria LopesO crescimento significativo do envelhecimento da população surge como tema de grande actualidade nas ciências sociais, relatando a literatura que o suporte familiar, a par do estado de saúde e do contexto situacional do idoso, constitui um pilar importante na promoção da Qualidade de Vida (QDV) dos idosos. Neste contexto, realizámos um estudo analítico correlacional, com a finalidade de avaliar a qualidade de vida dos idosos e analisar a influência das variáveis sócio-demográficas e de contexto familiar na qualidade de vida. Objectivo: Avaliar a qualidade de vida dos idosos e analisar a influência das variáveis sócio-demográficas e de contexto familiar com a variabilidade da qualidade de vida dos idosos. Metodologia: Estudo transversal realizado numa amostra de 210 idosos do concelho de Tondela, com idades compreendidas entre os 60 e os 95 anos (M=72,91; Dp=6,095); Resultados: A qualidade de vida é mais elevada nos idosos de menor idade (r = -0,192; p = 0,005) e com melhor funcionalidade familiar (r = 0,297; p = 0,000); Conclusão: Face às evidências apresentadas, inferimos que as variáveis estudadas, designadamente a idade e a funcionalidade familiar influenciam a QDV, impondo-se considerá-las quando se planeiam acções de promoção da Qualidade de Vida dos Idosos