Browsing by Author "Sousa, Martim"
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- António Alves Martins, António Franco Alexandre e Luís Miguel Nava: Breve Roteiro Amoroso a Partir de Três Livros de Poetas Nascidos em ViseuPublication . Sousa, MartimSobre os espaços de eleição de escritores muito se tem falado. Ninguém contestará poder pensar-se o universal e universalista Vergílio Ferreira como o romancista de Melo - lembre-se ,a propósito , a afirmação de Guimarães Rosa, o escritor do sertão, que postula que quanto mais regional mais universal 1 -, como, aliás, Shakespeare é o escritor de Londres e Stratford-upon-Avon, Kafka o de Praga, Joyce o de Dublin, Eça (com Cardoso Pires) o de Lisboa, Camilo o do Porto, Bernardes o do Neiva, Dickens o de Londres, Hugo o de Paris, Twain o do Mississipi, Wittgenstein o de Viena ...2
- João Pedro Grabato Dias ou a Ousadia Expressional: Um grito neomedieval de um poeta excepcional a inscrever no futuroPublication . Sousa, MartimDizer João Pedro Grabato Dias, isto é, não dizer só o transiente verificável e gritar o homem completo e renascentista que foi-é-será António Quadros. Perceber estarmos perante um estranho estrangeiro , que, como o Pessoa de Robert Bréchon, nesse eco onomástico e significante, se esconde, se mostra, se multiplica, se desmultiplica e se projecta no vento para a eternidade da arte. Ainda assim, sendo, reagindo e vincando assertos seus na uita breuis com que os deuses o haveriam de bafejar em aval a uma coonestação para sempre inquestionável. E essa vida curta para tão longo e competente domínio de múltiplos saberes afirma, no rasto de Menandro, que cedo haverão de morrer aqueles a quem os deuses amam.
- Samuel Maia: Do Prazer - Sabor do Vinho ao Calor da Literatura (seduções na obra do médico-escritor de Viseu)Publication . Sousa, MartimA chama fende a noite desde sempre. O gume feérico da palavra inscreve-se em eternidade e o escritor não perde o sonho, não se faz nuvem. Goethe abraça Joyce. Juntos seguem Shakespeare. Próximo, Pessoa espreita. Mas outros se agitam dignamente com lugar marcado e insubstituível. Di-lo o passo poemático em epígrafe, digo-o eu em tom assertivo. E isto tudo a propósito de Samuel Maia, médico-escritor nascido em Viseu, que, tendo conhecido outra visibilidade e uma incontestada representatividade, nomeadamente na década de vinte do nosso século, agora é obscuro domínio para o público avulso e até mesmo para os "profissionais da literatura". Contudo, nem sempre assim foi, sinal de que os modismos vão causando fluxos e refluxos do núcleo para as margens e destas para o centro. Em 1929, um artigo no parisiense <> sobre os escritores mais importantes de Portugal perscreve o primado de Eugénio de Castro e de Augusto Gil, seguindo-se-lhes de imediato António Nobre, Aquilino, Samuel Maia, Lopes de Mendonça e Ferreira de Castro (FRANÇA: 129). Ou seja, o autor viseense goza então de uma incontestável centralidade.