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- Planos de pensões em montepios de sobrevivência: contributos de Daniel Augusto da Silva na verificação da sua viabilidadePublication . martins, ana patríciaDaniel Augusto da Silva (1814-1878), importante matemático português do século XIX cuja produção científica se destaca nas áreas da Mecânica e Teoria dos Números, contava com cerca de cinquenta anos quando inicia o estudo da estabilidade financeira do Montepio Geral, do qual se tornara sócio. A vida efémera de grande parte dos montepios que operavam no século XIX em Lisboa e que facultavam pensões de sobrevivência era resultado da falta de princípios sobre os quais se estabeleciam as contribuições dos seus sócios e as pensões legadas aos respectivos herdeiros. O Montepio Geral, criado em 1840, era a mais próspera instituição do género mas também na década de 1860 se questionou a viabilidade do seu plano de pensões. O matemático compôs dois escritos sobre esse montepio onde conclui sobre a inadequação do plano de pensões em vigor, recorrendo à teoria de anuidades sobre a vida exposta em tratados clássicos ingleses. Escreve um artigo mais genérico para uso de montepios de sobrevivência sobre amortização de pensões, factor essencial na determinação do equilíbrio entre despesas e receitas desses montepios. Efectua também um estudo comparativo da população portuguesa com as de outros países europeus, que lhe permitiu aferir até que ponto as tábuas de mortalidade estrangeiras se adequavam a ser utilizadas em Portugal. Todos os textos constituem novidade em termos da abordagem das temáticas no país, podendo considerar-se Daniel da Silva como precursor da introdução do cálculo actuarial em Portugal. Nesta comunicação apresentamos esses escritos, com ênfase nos três primeiramente referidos. Destacamos o que de original contêm e o modo como se baseiam na teoria de cálculo de anuidades sobre a vida.
- Controlo de qualidade em laboratórios de ensaioPublication . Santos, Nádia Solange de Almeida; Brás, Isabel Paula LopesO estágio, objecto do presente trabalho, foi realizado na ControlVet, empresa vocacionada para o Controlo Laboratorial Ambiental e Alimentar e que se localiza na Zona Industrial de Tondela. Este teve a duração de seis meses e meio, com data de início a 18 de Novembro de 2010 e final de 31 de Maio de 2011. O laboratório da Controlvet – Segurança Alimentar, S.A. é acreditado pelo IPAC de acordo com a Norma NP EN ISO/IEC 17025, com o nº L0224 e considerado apto pelo ERSAR. O presente estágio teve como primeiro objectivo adquirir competências em todo o processo de controlo da qualidade de água. Foram observados e realizados um vasto leque de parâmetros em inúmeras amostras, todos eles determinados por métodos analíticos clássicos. Os processos analíticos de determinação da amónia, cloretos, fluoretos, nitratos, nitritos, oxidabilidade, sulfatos e turvação foram os mais estudados, assim como a manipulação de amostras, instrumentos e reagentes necessários para a realização dos mesmos e ainda a avaliação e interpretação dos resultados obtidos. Foi feita uma avaliação dos boletins de forma a verificar se cumpre os seus requisitos descritos na NP EN ISO/IEC 17025:2007. Outro objectivo que se pretendeu atingir, prendeu-se com o aprofundamento do conhecimento de um método cromatográfico e, posteriormente, proceder à sua validação de forma que o laboratório consiga cumprir os requisitos de ensaios e calibrações descritos na NP 17025:2007. Para a validação do método, o processo utilizado consiste em confirmar que o procedimento analítico utilizado para um teste específico é adequado para o uso pretendido. Os resultados de validação do método são usados para avaliar a qualidade, fiabilidade e consistência dos resultados analíticos. Com a realização do presente estágio foi possível aplicar os conhecimentos adquiridos durante o mestrado, e complementarmente na licenciatura em Engenharia do Ambiente, ao nível da caracterização e classificação de diferentes matrizes ambientais, aprofundamento do conhecimento de métodos instrumentais de análise e aplicação de sistemas de normalização.
- Actividades de ciências da natureza e interacções de crianças no Jardim de InfânciaPublication . Marques, Rosa Maria Matos Fernandes; Abrantes, Isabel; Novais, AnabelaRESUMO O presente estudo visa verificar de que modo as ciências experimentais contribuem para a agência da criança e para o tipo de interacções que se desenvolvem entre criança/criança e/ou criança/adulto, em grupos homogéneos e heterogéneos na idade, no contexto educativo, tendo subjacente actividades práticas e experimentais de Ciências da Natureza. Nesse âmbito, foi fundamental fazer uma revisão da literatura sobre a mudança de práticas pedagógicas, fazendo uma breve referência aos modelos curriculares fundamentados em teorias construtivistas e sócio-construtivistas, dando especial ênfase à educação experiencial. Abordar o ensino das ciências e o seu papel na educação pré-escolar foi também crucial para o estudo em causa. O trabalho teve como suporte metodológico uma abordagem qualitativa, que seguiu a investigação-acção como linha orientadora, devido à sua relevância prática na resolução de problemas e na reflexão. A acção e a investigação convergiram para o mesmo fim, dar voz às crianças e iniciar um processo de mudança nas práticas da educadora. Os resultados obtidos, através da observação participante, permitiram extrair algumas conclusões. É possível evidenciar que o processo adoptado, embora ainda numa fase inicial, favoreceu a participação mais activa das crianças e sustentou a reconstrução da praxis numa perspectiva da educação experiencial. É demonstrado que o envolvimento da criança é uma excelente forma de investigar o processo educativo, ajudando a educadora a repensar as suas práticas (empenhamento; é um instrumento valioso para garantir os direitos das crianças a participar no seu próprio processo educativo; e mostra ainda, a importância dos grupos heterogéneos na diversidade das interacções dominantes e a necessidade de promover contextos de liberdade que proporcionem oportunidades de escolha à criança.