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- Afetos, desafetos e abuso relacional na adolescênciaPublication . Lopes, Ana Isabel Silva; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento - A violência no namoro é um problema social relevante nas relações românticas de adolescentes e jovens adultos, tendo começado a ser alvo de particular atenção por parte da comunidade científica nas últimas duas décadas. Não se restringe à dimensão sexual, podendo envolver múltiplas e variadas formas, entre as quais o abuso físico e o psicológico, requerendo diferentes estratégias de prevenção e de intervenção. Objetivo - Identificar os fatores que influenciam a violência no namoro nos estudantes que frequentam o ensino secundário; determinar a sua prevalência e analisar o efeito de variáveis contextuais ao namoro no desenvolvimento da violência. Material e Método - Optou-se por um estudo quantitativo não experimental, com corte transversal, descritivo e correlacional. Aplicamos um protocolo de questionários composto por caraterização sociodemográfica e contextual de namoro, Inventário de Conflitos nas Relações de Namoro entre Adolescentes e Escala de Atitudes acerca da Violência no Namoro, a 243 adolescentes que frequentavam, os 10º, 11º e 12º anos. Resultados – Cerca de 41,0% dos adolescentes têm idade superiore a 17 anos (40.7%), com um predomínio de raparigas (44.1%). Habitam principalmente em zonas rurais e na sua maioria são de nacionalidade portuguesa, com prevalência dos que frequentam o 10º ano. Mais de metade vive com os pais (56.0%). A grande maioria é católica. Quase todos os participantes namoram ou já namoraram. Existiram diferenças estaticamente significativas em todos os tipos de violência, sobretudo nos estudantes que tiveram relações sexuais. A fonte de informação sobre a sexualidade influenciou algumas dimensões de violência tendo-se destacado a violência sexual masculina. Quanto às diferentes formas de violência exercidas pelos rapazes e raparigas, os valores mínimos foram para a violência física e sexual, enquanto os máximos se situaram na violência psicológica. As estratégias do conflito do outro sobrepuseram-se às do próprio. As estratégias não abusivas do próprio revelaram um índice médio mais elevado quando comparado com as estratégias não abusivas do outro. Conclusão – Os resultados apontam para a necessidade de integrar a temática da violência no namoro na educação/formação do adolescente, utilizando metodologias ativas com a participação efetiva de todos os atores do processo (adolescentes, pais, professores e profissionais de saúde), pois só assim se conseguirá desenvolver competências relacionais afetivas saudáveis. Palavras-chave: Adolescentes, namoro, violência no namoro.