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- Formação dos enfermeiros das unidades de cuidados continuados de longa duração do distrito de Viseu em cuidados paliativosPublication . Calçada, Ana Filipa de Sousa Ferreira; Silva, Daniel Marques daEnquadramento: Cuidar de doentes com necessidades de cuidados paliativos envolve a prevenção e o tratamento/controlo dos sintomas e do sofrimento. Como os enfermeiros desempenham um papel fundamental nesta área, a preparação adequada em todas as esferas dos cuidados paliativos é crucial. Por conseguinte, procurou-se estudar os determinantes que influenciam a formação dos enfermeiros das Unidades de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração (UCCILD) do Distrito de Viseu. Objetivos: Conhecer a perceção dos enfermeiros que trabalham em UCCILD sobre a sua formação em cuidados paliativos; Identificar os determinantes que influenciam a formação em cuidados paliativos dos enfermeiros das UCCILD do Distrito de Viseu; descrever a relação das variáveis de caracterização sociodemográfica com a formação em cuidados paliativos dos enfermeiros das UCCILD do Distrito de Viseu Métodos: Estudo de natureza quantitativa, com corte transversal, descritivo-analítico numa amostra não probabilística por conveniência constituída por 93 enfermeiros a trabalhar em Unidades de Cuidados Continuados de Longa Duração do Distrito de Viseu, sendo a maioria do género feminino (81,7%), com uma média de idades de 30,90 anos (±5,95 anos). O instrumento de recolha de dados, elaborado ad hoc, inclui um questionário com questões de caracterização sociodemográfica e profissional, questões relativas à formação em cuidados paliativos, às principais necessidades que o doente apresenta em fim de vida, questões referentes à importância da intervenção do Enfermeiro em cuidados paliativos e à formação sobre cuidados paliativos. Resultados: A maioria dos enfermeiros (44,1%) tem a perceção que a sua formação como suficiente e 25,8% considera-a insuficiente. Quase a totalidade da amostra assumiu como importante desenvolver mais os conteúdos e aumentar a carga horária sobre cuidados paliativos no curso de licenciatura em enfermagem (95,7%); 78,5% receberam, durante o curso, informação sobre cuidados a doentes em situação terminal; 55,9% referem que depois de terminarem o curso frequentaram formação na área dos cuidados paliativos; 64,5% sentem-se preparados para cuidar doentes paliativos; 60,2% consideram que os enfermeiros da sua Instituição/unidade/serviço estão preparados para cuidar destes doentes. Enquanto profissionais frequentaram acções de formação em cuidados paliativos com uma média de 40,65±46,63 horas de formação; 83,3% dos enfermeiros a referirem que essa formação não teve componente prática (estágio). A falta de tempo (61,0%), a pouca oferta formativa na área e a falta de conhecimento de formação na área (31,7%), foram apontados como principais motivos pelos quais 44,1% dos enfermeiros nunca frequentaram formação extracurricular na área dos cuidados paliativos; 88,2% gostariam de frequentar formação específica na área, com a maioria (60,0%) a referir que gostaria de tirar uma Pós-graduação. Quer os Enfermeiros (88,2%) quer as Enfermeiras (72,3%) expressam que gostariam de frequentar formação na área. O controlo de sintomas (72,0%), a comunicação em cuidados paliativos (67,0%), o apoio à família e cuidador (66,0%), doente em situação terminal/processo de morrer (63,0%) e apoio no processo de perda e luto (60%) são as áreas que mais gostariam de ver aprofundadas. Maioritariamente, os enfermeiros (64,5%) consideram estar reparados para cuidar doentes paliativos (82,4% Enfermeiros vs. 60,5% Enfermeiras), tendo 92,5% atribuído um grau de muita importância à intervenção do Enfermeiro em cuidados paliativos. As necessidades percepcionadas pelos enfermeiros como mais importantes num doente em fim de vida foram “Alívio do sofrimentos (sintomas)” (M=1,72) e “ser tratado como um ser humano” (M=2,99). Conclusões: Apesar da maioria dos enfermeiros considerarem estar preparada para cuidar doentes com necessidades paliativas os resultados revelam que a grande maioria gostaria de frequentar formação específica na área. Surge, assim, a necessidade de se investir mais sobre aspetos específicos de intervenção paliativa na formação os enfermeiros das Unidades de Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração, capacitando-os para o desempenho de boas práticas. As situações com que lidam no dia-a-dia são de grande complexidade com doenças/processos crónicos e vários níveis de incapacidade, exigindo prestação de cuidados que satisfaçam as suas necessidades globais, numa visão holística e de acordo com os princípios que regem os cuidados paliativos.
- Prótese total da anca : efetividade de um programa de reabilitaçãoPublication . Santos, Maria de Fátima Pereira dos; Martins, Rosa Maria LopesIntrodução: A prótese total da anca (PTA) é recomendada para pessoas com artropatia da anca, com dor permanente ou limitações na realização das atividades de vida diárias (AVD). A PTA pode resultar em comprometimento da capacidade funcional da pessoa no que se refere à realização das AVD, refletindo-se na sua qualidade de vida. O enfermeiro de Reabilitação através das suas intervenções pode promover substantivamente o potencial de recuperação do doente para níveis eficazes de funcionalidade. Neste contexto, este estudo pretende verificar a efetividade da aplicação de um programa de enfermagem de reabilitação na pessoa submetida a PTA. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, tendo por base as recomendações do Cochrane Handbook. Recorreu-se à PUBMED, EBSCO, Google Académico e SciELO, motores de busca que permitiram localizar estudos publicados entre janeiro de 2009 e agosto de 2018, os quais posteriormente foram avaliados por dois investigadores de forma independente, tendo por base os critérios de inclusão e de exclusão. O corpus da revisão ficou formado por 5 estudos, que apresentaram boa qualidade metodológica. Resultados: A análise dos estudos demonstra que as pessoas com PTA submetidas a um programa de reabilitação apresentam maior independência funcional, mobilidade, equilíbrio e mais qualidade de vida. A intervenção programada de ensinos de enfermagem de reabilitação no pré e pós-operatório revela melhorias significativas no que diz respeito à dor, aos níveis de independência nas AVD, na amplitude de movimentos, com redução dos níveis de ansiedade/stresse, melhoria substancial da qualidade de marcha, reduzindo o tempo de internamento. As pessoas com PTA, após a intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação, apresentaram melhorias significativas ao nível de independência funcional, quando comparadas com pessoas sem esta intervenção. Conclusão: Partindo dos resultados obtidos, poderá inferir-se que a reabilitação funcional da pessoa com PTA é um recurso terapêutico com efeitos positivos, assumindo-se como um desafio à enfermagem de reabilitação. Os estudos sugerem a implementação de protocolos pós-operatórios iniciais, incluindo intervenções aditivas com eficácia clínica comprovada.