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- O tempo das crianças entre a escola e a famíliaPublication . Rocha, João; Pacheco Figueiredo, Maria; Mendes, AdrianaAtualmente, as crianças passam grande parte do seu tempo na escola e, no final das aulas, frequentam outras atividades com um formato semelhante, restandolhes pouco tempo para fazer o que gostam (Moreira, 2010; Nídio, 2012). Podemos afirmar que o tempo da criança apresenta bastantes semelhanças com o tempo do adulto, em termos de número de horas passadas em atividades que lhes são impostas. A ocupação do tempo da criança é, ainda, na maioria das vezes, dependente do trabalho dos adultos e das suas rotinas (Moreira, 2010). Face a esta problemática, procedemos a um estudo sobre como é que as crianças perspetivam a gestão do seu tempo, a partir da recolha de dados junto dos alunos de uma turma do 3.º ano de escolaridade de uma escola pública de Viseu. Indagámos, a partir de um inquérito por entrevista aplicado individualmente aos alunos, acerca das atividades que estes realizam durante a semana e durante o fim de semana, tentando perceber de que forma os tempos livres são ocupados e como é que gostariam de os ocupar, tendo em atenção as suas perspetivas. A partir da análise dos dados recolhidos, podemos concluir que o tempo das crianças ao longo da semana é maioritariamente institucionalizado, pois a maioria dos alunos frequenta as atividades de tempo livre (ATL) após as aulas e, ainda, outras atividades extracurriculares como futebol, natação, dança, música, entre outras. Desta forma, como Neto (2017) afirma, as crianças trabalham mais horas do que as destinadas ao adulto. Ao fim de semana, por sua vez, o tempo dos inquiridos é principalmente não institucionalizado, no entanto existem crianças que frequentam atividades extracurriculares neste período. Dado o preenchimento do seu dia-a-dia, as crianças assumem que gostariam de ter mais tempo para brincar e estar com a família. Para além disso, a maioria das crianças gostava de alterar a forma como o seu dia está organizado, nomeadamente no que diz respeito à organização do tempo escolar e às atividades de lazer/tempo livre.
- Expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativosPublication . Santos, Daniela Dinis dos; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Os cuidados paliativos objetivam promover o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes e seus familiares, prevenir e aliviar o sofrimento, através da identificação precoce e de um tratamento rigoroso dos problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Nessa perspetiva, para que os enfermeiros possam aliviar a dor e outros sintomas que resultam em sofrimento e para que possam prestar todo o apoio ao doente/família, é imprescindível formação específica na área. Objetivos: Conhecer as expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos. Métodos: Estudo qualitativo exploratório, realizado com uma amostra de 15 enfermeiros a exercerem funções numa unidade de cuidados paliativos. A grande maioria dos enfermeiros é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 56 anos, e tempo de exercício profissional a oscilar entre os 4 e os 32 anos, e tempo mínimo de 1 mês e um máximo de 9 anos de exercício profissional em cuidados paliativos. O instrumento de recolha de dados foi uma entrevista semiestruturada, elaborada para o efeito. Resultados: As lacunas encontradas na formação em cuidados paliativos, de acordo com os enfermeiros, são: apoio no luto, transmissão das más noticias, controlo da dor, formação contínua, formação específica em cuidados paliativos e humanização dos cuidados. Relativamente às necessidades de formação, os participantes referiram mais necessidades: no controlo de sintomas, comunicar com os familiares, transmitir más notícias, lidar com a morte, cuidados técnicos e científicos, formação global e apoio psicológico aos doentes. Todos os enfermeiros atribuíram muita importância à formação em cuidados paliativos. As sugestões para melhorar a prestação de cuidados na unidade de cuidados paliativos foram: formação, empenho, melhorar a relação entre os membros da equipa, mais recursos humanos, elaboração de protocolos, melhores condições físicas, encontrar outras formas de os doentes passarem os seus dias/criação de espaços agradáveis, pessoas vocacionadas para trabalhar em cuidados paliativos, maior número de reuniões, cuidar com mais tempo. Unanimidade de consenso em relação à prestação de cuidados por uma equipa multiprofissional. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de maior acesso por parte dos enfermeiros à formação em cuidados paliativos. De forma, a desvanecerem-se as suas preocupações decorrentes da falta de formação e, consequentemente, melhorarem a sua prática profissional junto dos doentes e seus familiares com necessidades de cuidados paliativos.