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- Literacia em saúde da grávida : estudo de alguns fatores intervenientesPublication . Sequeira, Carla Sofia Paiva; Ferreira, Manuela Maria da Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A literacia em saúde condiciona a capacidade da grávida em aceder, compreender, avaliar e utilizar informações sobre saúde que lhe permita tomar decisões fundamentadas sobre cuidados de saúde, prevenção da doença e promoção de uma vida saudável para si e para os seus filhos. Objetivos: Determinar o nível de literacia em saúde da grávida; apurar as relações existentes entre os determinantes sociodemográficos, obstétricos, contextuais à gravidez e o empoderamento com a literacia em saúde. Métodos: Estudo quantitativo, não experimental, transversal, descritivo e correlacional. Amostra não probabilística por conveniência composta por 264 grávidas no terceiro trimestre. Recolha de dados realizada por questionário constituído por caraterização sociodemográfica, dados obstétricos, escala HLS-EU-PT (Escola Nacional de Saúde Pública, 2014), adaptada para grávidas por Ferreira et al. (2017) e Escala de Empoderamento da Grávida (Kameda & Shimada, 2008), adaptada por Ferreira et al. (2013). Resultados: As grávidas apresentam um nível de literacia em saúde suficiente (58,7%) sendo secundado pelo problemático (21,6%) e, posteriormente, pelo nível excelente (15,5%) e inadequado (4,2%). O índice geral é influenciado pela nacionalidade (p=0,007), habilitações literárias (p=0,000), profissão (p=0,000), situação profissional (p=0,000), rendimento familiar mensal (p=0,000), internet no domicílio (p=0,002), número de gravidezes anteriores (p=0,017), tipo de parto (p=0,041), planeamento da gravidez (p=0,000), frequência ou intensão de frequentar o curso de preparação para o parto e parentalidade (p=0,010), consumo de tabaco (p=0,002), consumo de álcool (p=0,016) e pela vigilância da gravidez (p=0,000). A autoeficácia (t=9,066; p=0,000), o apoio e garantias de outros (t=4,722; p=0,000) e o número de gravidezes anteriores (t=-2,131; p=0,034) predizem a literacia em saúde. Conclusões: A literacia em saúde materna é um indicador de saúde complexo, determinada por múltiplos fatores e influída pelo contexto, cultura e ambiente em que a grávida se insere. Concluímos que um quarto das grávidas possuem um nível de literacia problemático/inadequado, inferindo que são necessários esforços para elaborar e implementar medidas que a promovam. O EEESMO tem a competência de desenvolver intervenções educacionais orientadas para a informação, capacitação e autonomia da grávida, favorecendo o desenvolvimento dos seus conhecimentos e competências a respeito das decisões relativas à gravidez e maternidade. Palavras-chave: Assistência em saúde pré-natal, literacia em saúde, literacia em saúde materna.
- O Storytelling no Turismo Cultural - Estudo dos Centros Históricos Património Mundial em Portugal ContinentalPublication . Frias, Sandra Catarina Mota de; Fernandes, Carla Maria Alves da Silva; Sebastião, Maria João Santos Amante RodriguesAs atrações culturais e patrimoniais desempenham um papel importante no turismo enquanto ícones de tendência da cultura global, nas quais os locais Património Mundial devem ser incluídos, o que irá servir para reforçar as identidades locais (Richards, 2012). Assim sendo, a certificação a Património Mundial da UNESCO torna-se bastante desejada, porque uma vez concedida as pessoas passam a reconhecer o lugar como distinto e único. Essas características são ativos que ajudam a atrair turistas. O storytelling é usado na interpretação do património histórico. As histórias ajudam a tornar o destino mais atraente, proporcionando uma experiência mais significativa aos turistas. Quando as pessoas se encontram conectadas por meio de uma história, é mais provável que elas se recordem da experiência. No entanto, a experiência de consumo é uma área ainda pouco compreendida (Healy, Beverland, Oppewal, & Sands, 2007), particularmente em questões relativas a experiências de contar histórias no contexto do turismo de património. As experiências turísticas devem ser distintas daquelas encontradas em situações quotidianas, devem envolver os turistas numa construção ativa de significado, tornando assim, as informações mais acessíveis (Moscardo, 2009). Este artigo pretende analisar as experiências pré-turísticas nos Centros Históricos Património Mundial em Portugal continental como, Guimarães e Porto (norte de Portugal) e Évora (sul de Portugal), através da análise de conteúdo da informação disponibilizada nos seus sites oficiais. A metodologia utilizada baseou-se na análise de conteúdo, uma técnica de pesquisa qualitativa que permite o exame sistemático e replicável de símbolos de comunicação (Riffe, Lacy, & Fico, 1998), fixado num código pré-definido e categorizado com base na revisão da literatura sobre experiências turísticas, turismo cultural e narração de histórias. Para uma boa divulgação dos destinos turísticos é importante que a comunicação com os turistas seja efetiva, não apenas durante as visitas, mas também no momento da pré- experiência, identificando as características do lugar e das pessoas, os factos históricos, as atividades e eventos, por forma a criar e dramatizar potenciais experiências turísticas, fazendo uso do storytelling, para que estas se tornem quase reais. Algumas limitações são apresentadas. Em primeiro lugar, o estudo concentrou-se apenas nos Centros Históricos Património Mundial em Portugal continental, o que torna os resultados limitados. Em segundo lugar, o estudo analisou apenas parte de toda a experiência turística, concentrando-se na fase da pré-experiência turística. E, finalmente, o estudo pode omitir e, portanto, não considerar outras dimensões relevantes relacionadas com o storytelling. Contar histórias agrega valor aos destinos, promovendo heranças históricas e culturais. Assim, as experiências turísticas devem ser vendidas como únicas, memoráveis e pessoais (Pine & Gilmore, 1999). Ao cria-las dessa forma, é importante entender o que motiva as pessoas, de que maneira elas dão sentido às suas vidas e identificar quais as experiências significativas que realmente as tocam e modificam (Bosangit, Hibbert, & McCabe, 2015). De acordo com o conceito de Moscardo (2010), o storytelling é principalmente uma atividade pós-consumo. Os consumidores contam histórias aos outros para retransmitir memórias da experiência vivida, bem como os seus significados em termos de identidade.