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- Prática de Ensino Supervisionada e Estratégias Inclusivas com Crianças com Perturbação do Espectro do Autismo em Contexto de Educação Pré-EscolarPublication . Pedro, Andreia Filipa Marques,; Felizardo, Sara,No âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, apresenta-se o seguinte Relatório Final de Estágio, no qual se procura evidenciar o percurso efetuado nas práticas supervisionadas abrangendo, ainda, o trabalho de investigação. O presente trabalho está organizado em duas partes: a primeira, designada por “Reflexão crítica sobre as práticas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e Educação-Pré Escolar”, contém uma reflexão crítica sobre os contextos educativos nos níveis de escolaridade de 1.º Ciclo de Ensino Básico (1.º CEB) e Educação PréEscolar. Os estágios curriculares foram proporcionados pela Escola Superior de Educação de Viseu, no âmbito das Unidades Curriculares de Prática de Ensino Supervisionada (PES) I e II no 1.º Ciclo do Ensino Básico e Prática de Ensino Supervisionada em Educação Pré-Escolar (PESEPE) I e II, patente no Plano de Estudos do 1.º e 2.º ano do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º CEB. A segunda parte é composta pelo trabalho de investigação, sendo que aborda as estratégias inclusivas utilizadas em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) em contexto pré-escolar. Tem como objetivos: i) compreender como funciona o ensino estruturado no jardim-de-infância; ii) perceber quais as estratégias educativas e atividades que o educador proporciona para a inclusão das crianças com PEA; iii) analisar a participação das crianças com PEA nas atividades curriculares; iv) perceber o nível de inclusão de crianças com PEA no contexto escolar. A metodologia utilizada envolve um estudo de caso múltiplo e tem como instrumentos de recolha de dados a observação naturalista, entrevista semiestruturada e o teste sociométrico. Os participantes envolvidos na investigação são duas crianças com PEA, do sexo masculino e feminino, com idades compreendidas entre 5 e 7 anos; a educadora do ensino regular e duas professoras de educação especial. Os resultados apontam que as crianças têm iniciativa própria em participar nas atividades individuais. Em relação às estratégias mais utilizadas pelas professoras de educação especial e da educadora de ensino regular estas recaem em incluir as crianças em todas as atividades, ter sempre presente as medidas recomendadas no Programa Educativo Individual, na utilização de materiais estruturados e diversificados que se adaptem às necessidades destas e possam ser utilizados por todos. No teste sociométrico, as crianças do estudo não foram mencionadas pelos colegas, ou seja, não foram escolhidas nem rejeitadas. É fundamental que as estratégias sejam inclusivas, para que todas as crianças se sintam integradas e parte da comunidade educativa.
- Storytelling Experiences by Millennial Tourists in UNESCO Heritage CentersPublication . Pereira, Andreia Raquel Albuquerque do Amaral; Fernandes, Carla Maria Alves da Silva; Moreira, Cláudia Patrícia de Almeida SeabraViajar é um modo efêmero de viver noutra cultura e aprender sobre os seus costumes e tradições. Os turistas cada vez mais procuram tornar as suas viagens autênticas e inesquecíveis e estão cada vez mais abertos a outros contextos socioculturais. Eles não são mais um mero espectador, mas um participante ativo na experiência turística (Otto & Ritchie, 1996). O turismo é de facto um conjunto de momentos, depois retratado em memórias que mantêm os turistas conectados aos destinos. A economia da experiência é, sem dúvida, uma tendência crescente, justificada pela globalização da informação, pela democratização da cultura, pela busca de desafios e pela urgência em viver momentos únicos (Pine & Gilmore, 1998; Jelinˇcic & Mansfeld, 2019). Os turistas querem saber mais sobre os destinos, tradições e património, procurando fontes fiáveis de informação. A aprendizagem e o turismo tornaram-se dois elementos indissociáveis, resultando num aumento exponencial de turistas culturais com diferentes motivações: espirituais, intelectuais e emocionais, que definem o seu perfil enquanto turistas. As principais atrações culturais dos destinos situam-se nos centros históricos. Aqui, monumentos, património e partilha de estórias estão concentrados. Contar histórias é um produto do turismo cultural, um meio de comunicação, um mecanismo para promover o potencial turístico dos destinos fomentando a conservação dos espaços, a consciência social, a partilha de conhecimento e a preservação da tradição (Gonçalves, Seabra, & Silva, 2017). As experiências turísticas memoráveis fomentam fortes ligações com destinos, fazendo com que os turistas queiram voltar, reviver momentos passados e paralelamente se tornem contadores de estórias compartilhando a sua própria experiência. O storytelling não se limita a relatar eventos. Ajuda os turistas a se conectarem com o destino visitado de forma sensorial, possibilitando um relacionamento mais próximo com a comunidade, os seus residentes e a cultura local. Os turistas culturais são um segmento bastante heterógeno, com personalidades e padrões comportamentais diversificados. Considerando este fator, relevou-se pertinente adotar uma abordagem geracional, focando exclusivamente a geração millennial. Este grupo, revela um surpreendente interesse em visitar património, e conhecer a cultura dos destinos. Nas suas viagens os millennials optam por experiências autênticas, que lhes permitam conhecer a comunidade local, a história, e património (EdgeResearch, 2017). O estudo empírico foi elaborado através da realização de inquéritos nos Centros Históricos reconhecidos pela UNESCO em Portugal continental: Évora, Guimarães e Porto. Os resultados confirmam as dimensões da experiência: (1) sense, (2) feel, (3) think, (4) act e (5) relate, do modelo de Schmitt (1999). A dimensão think não demonstrou relevância perante os resultados obtidos, justificando-se pelo facto da geração millennial ser mais experimental e preferir viver cada momento de forma plena através de seus sentidos e sensações (Veiga, Santos, Águas, & Santos, 2017). A discussão centra-se nos resultados e nas implicações para o turismo cultural e para a gestão turística, podendo auxiliar na criação de novas estratégias de marketing e comunicação que otimizem as dimensões da experiência turística. São também apresentadas limitações e futuras linhas de investigação.
- Fatores influenciadores da ansiedade, depressão e stress do cuidador informal da pessoa dependentePublication . Silva, Marta Susana Martins da; Duarte, João Carvalho; Rua, Marília dos SantosIntrodução: O cuidador informal da pessoa com dependência física e/ou declínio cognitivo experiencia, em muitos casos, ansiedade, depressão e/ou stress. Torna-se importante conhecer os fatores que influenciam os estados de ansiedade, depressão e stress para os poder prevenir ou mitigar. Objetivo: Determinar fatores preditores da ansiedade, depressão e stress do cuidador informal da pessoa dependente. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo/correlacional e transversal, com amostra do tipo não probabilística, por redes, de 85 cuidadores informais. Foi utilizado um questionário de avaliação das características sociodemográficas do cuidador e da pessoa dependente e das características contextuais da prestação de cuidados, para além da Escala de Resiliência para Adultos, a Escala de sobrecarga do cuidador, o Índice de Esforço do Cuidador, a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress, o Questionário de Apoio Social Funcional, o Índice de Barthel e o Informant Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly. Resultados: Os participantes têm uma idade média de 51.97 anos, com um desvio padrão de 15.02. São maioritariamente do sexo feminino, casados ou vivem em união de facto e com escolaridade até ao terceiro ciclo. Após análise multivariada determinámos que a relação interpessoal, enquanto dimensão de sobrecarga, é preditor de ansiedade, depressão e stress. A perceção de autoeficácia (dimensão de sobrecarga) e pertencer a família nuclear são preditores de ansiedade e depressão. A dimensão de sobrecarga, expectativas face ao cuidar é preditor de depressão e stress. As dimensões de resiliência, competências sociais e coesão familiar, o apoio social funcional e o estado cognitivo da pessoa dependente são preditores de ansiedade. Por outro lado, recursos sociais (dimensão de resiliência) e idade da pessoa dependente são preditores de depressão. Planeamento do futuro (dimensão de resiliência), impacto da prestação de cuidados (dimensão de sobrecarga), sexo do cuidador, prestar 5 ou menos horas diárias de cuidados e capacidade funcional, declínio cognitivo e sexo da pessoa dependente são preditores de stress. Conclusão: Os resultados apontam para a importância de algumas variáveis como determinantes da ansiedade, depressão e/ou stress do cuidador informal. Dado que alterações adversas no cuidador podem ter repercussões na pessoa dependente, é de extrema importância conhecer os fatores de risco para se poder intervir no sentido da prevenção e promoção da saúde mental dos cuidadores informais, cuidando também de quem cuida. Palavras-chave: Ansiedade, Depressão, Stress, Cuidador informal, Sobrecarga.
- Capacitação do cuidador familiar para cuidar a pessoa com ostomia intestinal : um programa de intervençãoPublication . Morais, Patrícia Pereira; Duarte, João Carvalho; Rua, Marília dos SantosA confrontação com a necessidade de assumir, subitamente, o papel de cuidador pode ser difícil de gerir. Enquadram-se aqui os familiares da pessoa submetida a ostomia intestinal (OI) que são chamados a assumir o papel de cuidador e para o qual nem sempre é dado o tempo e a informação necessários à apropriação desse papel, pelos profissionais de saúde. Pretendemos com este estudo avaliar o impacto de um programa de capacitação do cuidador familiar da pessoa com OI e compreender a importância desse programa como apoio no processo de transição para o papel de cuidador e para o desempenho das atividades inerentes ao mesmo. Assim, realizamos um estudo baseado na investigação-ação, com utilização de uma metodologia mista, no qual foi aplicado um questionário em duas fases distintas por forma a avaliar os conhecimentos/competências antes e após o processo de ensino-aprendizagem a um grupo de cuidadores da pessoa sujeita a OI e que participaram no programa “Promoção do Autocuidado da Pessoa com Ostomia”, realizado no serviço de Cirurgia Geral, do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV) – Aveiro. Seguiu-se uma terceira fase onde foram realizadas entrevistas follow up aos cuidadores que aceitaram, cerca de um mês após a alta hospitalar da pessoa sujeita à OI, de modo a se compreender melhor a realidade narrada. No nosso estudo verificamos que maioritariamente os cuidadores são familiares (90.5%), mulheres (80.95%), com idade média 50.24 anos. Pelas narrativas dos cuidadores familiares, compreendemos que o exercício do papel de cuidador é exigente, complexo e difícil, com implicações nas dinâmicas familiar e social, surgindo momentos de tensão, sendo o apoio, tanto de familiares, como de profissionais de saúde, fundamental para minimizar a sobrecarga emocional e física e promover a confiança e a segurança, por forma a prestarem mais e melhores cuidados à pessoa cuidada. O programa de intervenção foi considerado como uma estratégia eficaz neste processo de preparação e adaptação ao papel de cuidador, dando um suporte psicoeducacional, contudo apresentou algumas limitações como o tempo ser insuficiente e a informação ser insuficiente sobre a diversidade de dispositivos médicos utilizados no cuidado à OI. O enfermeiro foi reconhecido como o profissional que, pelas suas competências mais apoiou neste processo de transição. Palavras-chave: Cuidador familiar, Transição, Cuidado, Ostomia intestinal, Programa de Intervenção.