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- Storytelling Digital no destino turístico PerúPublication . Castillo, Alexandra de Almeida; Fernandes, Carla Maria Alves da Silva; Seabra, Cláudia Patrícia de AlmeidaAtualmente o ato de contar histórias, mais conhecido por Storytelling, tem se assumido como uma ferramenta que proporciona aos turistas viver experiências únicas em turismo. Para além disso, favorece também o desenvolvimento de uma região. As histórias, mitos, lendas e contos folclóricos fazem parte da identidade humana, que contadas com entusiasmo e persuasão, transmitem as melhores sensações para quem ouve. Todos os setores, e especificamente o do turismo, procuram perceber como vender os seus produtos e serviços de uma forma exclusiva e única. Atualmente, os turistas procuram qualidade ao invés de quantidade, buscando experiências únicas e autênticas que façam com que se identifiquem com as culturas e as tradições locais. Neste sentido, os promotores de destinos turístico têm sentido uma grande pressão em compreender como criar experiências turísticas únicas pois estas tornam-se memoráveis e consequentemente determinam a satisfação, a recomendação e as escolhas futuras dos turistas (Hosany & Gilbert, 2010). Em turismo, os consumidores procuram experiências que criem valor, ou seja, ricas e memoráveis, levando à co-criação aquando de uma visita a um destino turístico (Tussyadiah & Fesenmaier, 2009). Atualmente, as experiências são cada vez mais dominadas pelas novas tecnologias, dando ao consumidor uma nova sensação de poder, tendo um papel central na co-criação das suas experiências. Desta forma, os destinos turísticos criaram os sites oficiais de promoção turística tornando-os fontes oficiais de informação para os turistas (Lee & Gretzel, 2012), facilitando não só a quem procura, mas também na promoção da oferta. Quando uma história se torna a base da promoção de um destino, faz com que um turista sinta que a informação é autêntica (Frias, Silva, Amante, & Seabra, 2019). Por outro lado, a informação processada pelos turistas será construir uma ligação com o lugar que visita, memorizando os seus pontos turísticos mais relevantes (Overend, 2012), criando assim uma memória e uma experiência única. Na realidade, os destinos que apresentam alguma certificação oficial têm um número crescente de visitas online e presencial, e também a nível nacional e internacional, pois é considerado mais atrativo (Drost, 1996). Os websites oficiais estão preparados para dar informação aos turistas de forma eficaz tendo como objetivo criar uma conexão entre o turista e o destino, mesmo antes da visita (Frias, Silva, Amante, & Seabra, 2019). Desta forma os websites, contam histórias de forma emocional usando verbos, objetos, experiências, lugares e personagens, alcançando assim uma comunicação eficaz (Yavuz, et.al., 2016). A partir da década dos 60, o turismo começou a ter uma maior presença e relevância nas políticas do Perú (Fuller, 2009). O tipo de turistas que mais recebe este destino é o turista cultural, devido à grande carga histórica do país. No entanto, o Perú têm vindo a perceber que o turista peruano tem-se diversificado cada vez mais, em conjunto com a variedade de ofertas que as entidades do país têm apresentado. Pode-se observar, atualmente, através dos seus websites de promoção turística que tem havido uma maior valorização na publicidade das expressões culturais do país. Neste contexto, o objetivo principal da presente investigação é analisar de que forma os dois websites governamentais do Perú recorrem ao storytelling digital na promoção do destino turístico. Neste sentido, e no âmbito da metodologia, será utilizada a investigação qualitativa com recurso à técnica de análise de conteúdo com base num sistema de categorias à “posteriori” resultado da análise de dois websites governamentais de promoção oficial do Perú atravésdo programa informático NVivo. Para além dos resultados, o trabalho apresenta também as implicações dos mesmos, as limitações sentidas e ainda traça algumas linhas orientadoras para investigações futuras.
- Experiências Turísticas em Dark TourismPublication . Cunha, Margarida de Almeida; Fernandes, Carla Maria Alves da Silva; Fonseca, Susana Barros daO Dark Tourism é entendido como o tipo de turismo relacionado com morte, desastres, violência, sofrimento e o macabro (Stone, 2006) e é um tipo de turismo que data à Antiguidade. De facto, há muito que as pessoas são atraídas por estes tipos de lugares, conhecidos como lugares negros, que estão presentes em quase todo o mundo (Sharpley, 2009; Sharpley & Stone, 2009). É um dos tipos de turismo mais procurados hoje em dia quando se trata de viver experiências turísticas únicas e autênticas. Apesar desta atratividade e, consequentemente, de um crescente interesse académico e científico pelo tema (Ilieve, 2020; Wang, Shen, Zheng, Wu & Cao, 2020), há ainda poucos estudos que relacionem o Dark Tourism com as experiências turísticas vividas em destinos dark (Martini & Buda, 2020) e quase nenhum que se foque especificamente na pré-experiência promovida por estes mesmos destinos. Assim, o presente estudo visa, utilizando uma metodologia qualitativa, analisar as dimensões da pré-experiência turística promovida oficialmente por destinos turísticos dark, especificamente Auschwitz, Castelo de Bran, Catacumbas de Palermo, Ground Zero e Robben Island, com base no modelo de cinco dimensões de experiência apresentado por Schmitt (1999). Os resultados apontam para uma pré-experiência turística multidimensional, de acordo com o tipo de destinos turísticos dark analisados. Pode observar-se que nestes locais escuros, a dimensão mais presente quando falamos da pré-experiência obtida através dos websites é Sense, ou seja, a que apela às emoções. Mais detalhadamente, é possível observar que diferentes sentimentos e emoções são desencadeados em função da tipologia do sítio escuro a ser analisado. O trabalho também apresenta as implicações dos resultados, as limitações do estudo e desenha algumas linhas de investigação para o futuro.