RE - Número 06 - Março de 1997
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Browsing RE - Número 06 - Março de 1997 by Subject "Aprendizagem"
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- Algumas considerações a propósito do "projecto: reflexão participada sobre os currículos do ensino básico".Publication . Fonseca, Maria de JesusEm primeiro lugar, cumpre-nos louvar esta iniciativa do Ministério da Educação1, através do Departamento de Educação Básica2, não apenas porque se trata de uma iniciativa cuja necessidade é patente e se tornava premente, mas também porque não tem sido prática do ME dar a voz aos intervenientes no processo educativo. De facto, não tem sido essa a nossa habitual tradição, mas sim a de tomar todas as decisões centralmente. Isto é, até agora, sempre se tem considerado que as grandes decisões sobre o currículo, sobre o que deve ser aprendido e ensinado na escola, designadamente quer a nível dos fins (para quê?), quer a nível dos conteúdos (o quê?), é da competência exclusiva de 'especialistas', peritos nessas questões. E, obviamente, que os professores não cabem dentro desse grupo especializado.3 Por isso, a este nível, não tem sido tradição, no nosso sistema educativo, a participação dos intervenientes mais directos no processo educativo. O mesmo se passa, substancialmente, a nível dos programas, o que implica que a lógica assumida por ambas as partes, quer pelo ME quer pelos professores, é uma lógica da obediência, da execução, da adopção. Isto é, cabe aos professores, enquanto intervenientes no processo, obedecer às normas e prescrições definidas a nível central, adoptar essas prescrições e cumpri-las, executando-as ou aplicando-as. Assim, o professor é considerado como mero consumidor passivo de currículos e programas, como mero executor, mais ou menos mecânico.
- Conceitos fundamentais subjacentes ao tema propostoPublication . Fonseca, Maria de JesusCulturas de aprendizagem? O que são ou o que se pode entender por "Culturas de aprendizagem"? A expressão começou por nos interrogar e, em retorno, nós interrogámos a expressão. E foram muitas as interpretações que obtivemos como respostas possíveis. Mas, dessas, só vamos fazer alusão a algumas, àquelas que elucidam simultaneamente uma segunda questão que igualmente pusemos: Como inserir e articular o nosso projecto de estudo (base desta comunicação) com este tema? É verdade que o sub-título ilumina a estranheza da expressão inicial. As ciências, as artes e as humanidades são cultura (num certo ponto de vista são mesmo os produtos privilegiados da cultura), conhecimento e prática também são cultura. Ciências, artes e humanidades são, a uma vez, conhecimento e prática. E, enfim, conhecimento e prática, ciências, artes e humanidades aprendem-se, podem ser e são objecto de aprendizagem.
- Currículo oculto e cultura(s) de aprendizagem na formação de professoresPublication . Gonçalves, Maria FernandaA ESE de Viseu entrou numa nova fase da sua vida institucional, volvidos 13 anos após a sua criação. É, como já se disse, uma boa altura para "balanço" do trabalho realizado, mas sobretudo para recriar dinâmica e projectos que a justifiquem como organização com finalidades específicas, ao serviço da comunidade nacional e regional, nas dimensões, com as estratégias e com as formas de intervenção que se julguem mais adequadas. É tempo de encontrar algumas respostas seguras para as perguntas: Quem somos? O que queremos? Como pretendemos chegar lá? Foi nesta fase de trabalho que veio encontrar-nos o Colóquio que aqui se realiza. Incluímos, portanto, nas nossas preocupações de pesquisa e acção a clarificação da(s) cultura(s) de aprendizagem que proporcionamos aos nossos alunos. São alguns apontamentos desse processo, mais do que resultados já obtidos, que aqui trazemos. Cabe-me, no tempo de intervenção que me foi dado, justificar a razão por que enquadramos parte da pesquisa que temos em curso no campo conceptual do "currículo oculto" e provocar, a partir daí, algumas reflexões.