Repository logo
 

RE - Número 06 - Março de 1997

Permanent URI for this collection

Browse

Recent Submissions

Now showing 1 - 10 of 25
  • Um comentário jornalístico
    Publication . Gonçalves, Maria Fernanda
    Sendo este número da Millenium dedicado às Ciências da Educação, não resisto a algumas referências a dois artigos de Filomena Mónica publicados recentemente (14 e 28 de Fevereiro) no Jornal O Independente. Não posso dizer que este trabalho me não provoca incomodidades, que não estou, em largos pontos, em concordância com a autora, ou que não tenho por ela consideração intelectual. Porém, há nos artigos publicados motivos abundantes de discordância, de indignação, de estímulo a um debate mais sério e de inúmeras perplexidades. Limito-me a um comentário breve sobre alguns pontos que seleccionei, sem prejuízo de um outro tempo e modo de trabalho diferente - o que aliás é hábito do meu actuar como pessoa e como docente - apesar de trabalhar na Área de Ciências da Educação e de, segundo a autora em causa, pelo que se pode depreender, (mesmo sem usar estas palavras), ninguém nestas condições merecer o crédito de ser considerada conhecedora de qualquer domínio da cultura universal, ter hábitos de ler e de pensar, ou fazer qualquer coisa junto dos seus alunos, ou na instituição malfadada (nos juízos proferidos) em que trabalha que não sejam "ociosas frioleiras. Não sabe, não ensina, não intervém (a não ser para fazer mal); não merece, consequentemente, o dinheiro que os contribuintes lhe pagam.
  • Recensão crítica
    Publication . Morujão, Geraldo
    A obra, escrita por um conhecido biblista espanhol, aparece como um contributo para a comemoração do bimilenário do nascimento de Jesus Cristo e pretende ser o suporte ideológico ("um amplo libreto"), dotado de validade objectiva a partir do estado actual da investigação no campo das Ciências Bíblicas, para a realização de uma série televisiva em treze capítulos para difusão à escala mundial. Este objectivo condiciona sem dúvida a redacção do escrito de tal forma que, por vezes, pode aparecer demasiado simples para um especialista e demasiado profundo para um leitor não iniciado. De qualquer modo, o difícil equilíbrio conseguido é um dos méritos inegáveis do autor.
  • Recensão crítica
    Publication . Lopes, António Rodrigues
    Uma obra de reflexão acessível constituía uma necessidade no panorama da nossa cultura pedagógica. A obra aqui em questão representa o remover dessa situação, sendo pena que a mesma não esteja já traduzida em português. De facto, muito se tem escrito também entre nós sobre a pedagogia, com incidência em tópicos diferenciados e incluindo os diversos níveis de ensino. Porém uma excepção, por vezes incompreensível, se tem verificado: a Pedagogia Universitária.
  • Projecto de investigação em curso no departamento de ciências da educação
    Publication . Amaro, Fernando Andrade
    Se na opinião de Daniel Goleman, na sua obra Emotional Intelligence, as crianças aprendem o que experimentam - Children learn what they experiment - o que, aliás, mais não é do que o reconhecimento da sabedoria de há quase cem anos de John Dewey - Learning by doing - e como foi demonstrado em experiências recentes desenvolvidas em conjunto pelas Universidades de Aveiro e do Minho, apresentadas em Setembro de 1996, em Castelo Branco, na conferência "Culturas de Aprendizagem - Cultures for Learning", numa comunicação com o título de "Aprender construindo", também nós, adultos, aprendemos da mesma maneira e somos o resultado dessas nossas experiências.
  • Pragmática do curriculum: transformar o sapo em príncipe
    Publication . Mouraz, Ana Paula
    Pretende-se, neste artigo de reflexão, identificar os pressupostos que supõe uma concepção pragmática de currículo. Considerar a prática pedagógica como uma acção comunicativa, inventariando as exigências metacomunicacionais que coloca aos professores, e devolver- lhes o poder de construirem currículo por uma re -aproximação indispensável ao modo processual da "sua" ciência, parecem-nos os requisitos fundamentais para reaproximar os alunos do saber.
  • Os meus livros
    Publication . Mouraz, Ana Paula
    Li o Estrangeiro quando tinha 15 anos. Aquela história de um homem (francês) que mata outro (um árabe), porque estava muito calor, perturbou-me. Claro que Camus é um francês nascido na Argélia e a história supõe um envolvimento político, que poderíamos transpor para uma qualquer situação xenófoba, tão comum actualmente. No entanto, não é isso que dá perenidade à história : antes a ideia que ser próximo ou estranho não são categorias substancialmente estanques, nem dependem apenas de uma filiação /pertença a um grupo de referência . É-se estranho /outro na nossa própria pele, quando as nossas acções não têm, para nós, sentido. É fácil deduzir o que pode acontecer numa sociedade onde este sintoma de alienação se vai subrepticiamente instalando: a breve trecho, os outros são mesmo o inferno, como diria Sartre.
  • O(s) meu(s) livro(s).
    Publication . Fonseca, Maria de Jesus
    O título desta sub-secção, que decidimos abrir, começa por ser, para mim, problemático. Porque muitos foram os livros da minha vida. Particularmente, na minha adolescência e juventude, em que, autenticamente, me assumi como consumidora activa e "devoradora" de livros. Muito li nessa época, umas vezes por obrigação, (escola, a quanto obrigas!), a maior parte das vezes por prazer e fruição.
  • Metodologia e análise de dados
    Publication . Mouraz, Ana Maria; Lopes, António Rodrigues
    As instituições de formação de professores não têm, entre nós, uma tradição de investigação muitas são, aliás, relativamente recentes tendo como prática a importação da produção científica nessa área. Trata-se de uma situação insustentável face aos desafios que as práticas fazem à teoria. Por outro lado, a avaliação da formação ministrada constitui um segmento dessa lacuna. A investigação integrada no projecto da nossa Escola, apresentada aqui nas suas linhas gerais, constitui a expressão dessas preocupações. Uma tal investigação está condicionada, obviamente, por características metodológicas específicas, por opções deliberadas e por circunstâncias inerentes a um projecto institucional mais amplo que se esboça, funcionando no quadro de algumas dificuldades e limitações.
  • L’AIRE SCIENTIFIQUE DE FRANÇAIS : RÉFLEXIONS
    Publication . Área Científica de Francês
    Le souci majeur de l’enseignement dispensé par l’aire scientifique de français est de préparer nos étudiants le plus rigoureusement possible à leur futur professionnel. Les programmes de formation initiale ont été revus dans ce sens afin d’offrir des thèmes, des objectifs et des contenus proches de leurs intérêts et actualisés. La langue française évolue, et vite, sous l’impulsion d’une multitude de facteurs aussi variés que les modes, les conflits de générations, le mixage des cultures, etc. Ceci nous rapporte à une autre discussion qui est celle du caractère indissociable de la langue et de la culture. Lévi-Strauss estimait qu’une langue peut être considérée soit comme un produit de la culture ordinaire dans laquelle elle est en usage, soit comme une partie de cette culture, soit comme une condition de celle-ci. Elle en est le produit puisqu’une partie de son lexique reflète les réalités propres à la Société où il est en usage. Une langue est partie de la culture dans laquelle elle s’inscrit car elle en constitue l’une de ses principales institutions sociales qui va permettre de codifier les autres composantes de la culture. Elle est, enfin, condition de la culture qui lui correspond: c’est grâce à elle que se transmet la culture de génération en génération, que les individus se socialisent, enseignent et/ ou apprennent.
  • Justifica-se o Ensino religioso nas Escolas do Estado?.
    Publication . Morujão, Geraldo
    A pergunta do título em epígrafe não é uma pergunta retórica, mas é uma questão que certas pessoas continuam a colocar, apelando para argumentos que, à primeira vista, poderiam levar a pensar que já não faz sentido a existência de uma disciplina curricular de carácter confessional religioso. As razões invocadas para uma tomada de posição negativa são as mais diversas: Como pode promover um ensino confessional um Estado que não é confessional? Não irá contra o pluralismo da sociedade em que vivemos o ensino de uma religião concreta? Uma sociedade que se diz democrática e que defende a igualdade de todos os cidadãos perante a Lei não estará ela a favorecer e a privilegiar uma determinada religião só pelo facto de esta ser maioritária e a tradicional, a católica, em detrimento de outras confissões religiosas minoritárias ou de recente aparição, ou ainda de posições de neutralidade ou até de recusa religiosa? Nesta breve reflexão, tentarei responder às objecções levantadas.