Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER)
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Browsing Unidade de Enfermagem da Reabilitação (UER) by Subject "Actividades de lazer"
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- Investimento na vida pessoal da pessoa idosa institucionalizadaPublication . Figueiredo, Ana Suzete Santos; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: Nas últimas décadas, tem-se assistido a um envelhecimento populacional crescente e a um progressivo aumento da institucionalização dos idosos. A institucionalização representa frequentemente para o idoso uma rutura com o seu passado, levando à perda da sua individualidade e consequentemente a um processo de isolamento que poderá contribuir para níveis elevados de insatisfação com a vida. O Investimento na vida pessoal remete-nos para a valorização e atribuição de objetivos de vida ao ser humano, naquela que é a última etapa da sua vida, em todos os seus atributos e caraterísticas, inclusive na sua complexa estrutura física, intelectual e espiritual. Objetivos: Avaliar o nível de Investimento na vida pessoal percecionado pelos idosos institucionalizados e analisar a sua relação com as variáveis socio demográficas, clínicas, e psicossociais. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 90 pessoas idosas a residir nas ERPI do concelho de Vila Nova de Paiva. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caraterização sócio demográfica, e uma secção de caraterização clínico-funcional (índice de Barthel), caraterização familiar (Escala de Apgar Familiar) e situacional, lazer (Índice de Atividades de Lazer), espiritualidade (Escala da Espiritualidade), perceção da vida atual (Escala de Satisfação com a Vida) e futura, e por fim a Escala de Avaliação de Investimento na Vida Pessoal. Resultados: Os dados mostram que a perceção dos idosos sobre o investimento na sua vida pessoal se distribui de uma forma relativamente equitativa por três níveis. Contudo, o maior grupo percentual (37,8%) perceciona o seu investimento como elevado, enquanto 32,2% o entende como baixo e o grupo mais reduzido (30,0%) o considera moderado. A análise por género mostra que os homens tendem a avaliar o investimento de uma forma mais positiva que as mulheres; também os idosos com habilitações académicas superiores (p= 0,041) e com maior nível de independência funcional (p= 0,037) são os que percecionam um maior investimento na vida pessoal. Constatamos ainda que a família tem um efeito significativo (p= 0,020) no nível do investimento na vida do idoso, à semelhança da existência de mais esperança (p= 0,002), maior satisfação com a vida (p= 0,013) e do desenvolvimento de planos para o futuro (p= 0,032). Conclusão: As evidências encontradas neste estudo mostram que há níveis diferenciados de Investimento na vida pessoal entre os idosos. Este Investimento correlaciona-se de forma significativa com diversas variáveis independentes que depois de devidamente identificadas devem ser promovidas para assegurar aos idosos um envelhecimento ativo e com qualidade. As competências atribuídas ao enfermeiro especialista em reabilitação são de uma mais-valia inegualável no desenvolvimento do referido envelhecimento com qualidade, quando inserido numa equipa multidisciplinar, nas Estruturas Residenciais Para Idosos. Palavras-chave: idosos, institucionalização, satisfação com a vida, investimento na vida pessoal.
- Perturbações musculo-esqueléticas no adolescentePublication . Almeida, Artur Jorge Correia de; Martins, Rosa Maria Lopes, orient.Introdução As perturbações músculo-esqueléticas têm aumentado na última década para níveis deveras preocupantes, exigindo por isso uma atenção cuidada por investigadores e profissionais de saúde com o intuito de identificar e controlar os factores de risco. Estudos epidemiológicos revelam que esse aumento se verifica sobretudo nos países desenvolvidos, com tendência para a cronicidade e manutenção na idade adulta, o que representa um problema de saúde pública. Objetivos O presente estudo pretende identificar a prevalência das perturbações músculo-esqueléticas nos adolescentes e analisar a sua relação com as variáveis sociodemográficas, antropométricas e circunstanciais. Método Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que envolveu 137 adolescentes das três escolas do Agrupamento de Escolas de Mangualde. Foi realizado com recurso ao uso de um questionário que avalia as variáveis sociodemográficas, antropométricas, circunstanciais e perturbações músculo-esqueléticas. Usámos o “questionário da atividade física” para avaliar a prática de atividade física e o “Questionário Nórdico Músculo-Esquelético” para avaliar as perturbações músculo-esqueléticas. Resultados Os dados mostram que existem grupos significativos de adolescentes a referir perturbações músculo-esqueléticas nos últimos 12 meses tendo estas ocorrido sobretudo nas pernas/ joelhos (47,4%), coluna dorsal (37,2%), coluna lombar (35,8%), coluna cervical (35,0%) e ombros (34,3%). Observa-se ainda que as perturbações musculoesqueléticas são mais prevalentes nos adolescentes do género feminino, de classes socioeconómicas baixas, com altura superior a 1,59 m, que usam a mochila sobre um ombro, que despendem mais do que 5 horas semanais a ver televisão e que gastam mais do que 5 horas semanais a jogar jogos de vídeo ou a utilizar o computador. Conclusão O nosso estudo reforça a ideia que as perturbações músculo-esqueléticas estão presentes em grupos significativos de adolescentes, têm uma origem dinâmica, multifacetada e multidimensional. Mostra ainda que existem fatores que assumem particular importância por concorrerem diretamente para a ocorrência destas manifestações (como os de origem mecânica) e outros que influenciam indiretamente, sobretudo os de origem social ou organizacional. Neste contexto torna-se imperativo que se aposte na prevenção destas patologias através de intervenções de reabilitação e readaptação promotoras de um funcionamento músculo-esquelético optimizado. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações, músculo-esqueléticas, dor, escolar.