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  • O contributo da Ginástica na formaçao infantil
    Publication . Almeida, Marisa; Vieira, Carla; Mendes Ribeiro Eira, Paulo Alexandre; Azevedo, António Manuel Tavares
    Da complexificação dos movimentos corporais surgem as habilidades básicas que de forma reiterada estão patentes nas crianças e se manifestam em diferentes contextos (Costa, 2016). Nos períodos de recreio ou em contexto curricular, caminhar, correr, saltar, puxar, empurrar, equilibrar, rolar, pendurar, balançar e girar constituem a base da Ginástica, na sua vertente “Artística”. Estes movimentos, de grande simplicidade, que as crianças executam no seu quotidiano, quando realizados de forma sequenciada, planeada e orientada, reforçam os benefícios que a prática gímnica possui no seu desenvolvimento motor (Nascimento et al., 2022). A Ginástica entra na equação da formação e desenvolvimento das crianças, tanto nas dinâmicas das suas práticas, como nas várias propostas associadas à disciplina de Educação Física do 1.º CEB (Murbach et al., 2021). As atividades gímnicas revelam interesse, confiança e entusiasmo, repercutindo-se na sua performance, persistência, no bem-estar, na autoestima e sua capacidade de concentração. Objetivos: O presente estudo pretende aferir da importância das atividades gímnicas para o desenvolvimento motor e formação das crianças e se as escolas fomentam e criam espaços para o desenvolvimento dessas atividades. Métodos: O grupo de estudo foi constituído por 36 crianças com idades compreendidas entre os 8 e 10 anos, 18 dos quais praticantes de Ginástica e afetos a um clube desportivo da cidade de Viseu, com uma prática semanal mínima de 2 sessões de treino, perfazendo 4 horas de treino. Os restantes, não praticantes da modalidade, pertencem a um agrupamento de escolas do Concelho de Viseu. Recorreu-se ao teste de proficiência motora de BOT2 (2005) e, posteriormente, à análise descritiva e inferencial dos dados com recurso à versão 28 do software estatístico SPSS. Resultados: Evidenciam-se diferenças significativas entre grupos relativamente ao grau de precisão motora fina, integração motora fina e destreza manual. Conclusões: A Ginástica assiste o desenvolvimento transversal das crianças, estando associada a inúmeros benefícios, dos quais conferem exemplo os supracitados. A sua prática colabora com o processo de aquisição de habilidades motoras, contribuindo igualmente no desenvolvimento de capacidades condicionais e coordenativas, entre as quais se destacam a força, velocidade e equilíbrio dinâmico. As atividades gímnicas desenvolvidas na escola, através da EF, permitem a integração social das crianças, tornando-a um cidadão mais ativo e consciente, proporcionando também autonomia corporal e aumento da capacidade de expressão em grupo.
  • Brincar na Escola: práticas e representações das crianças
    Publication . Rei, Marina; Mendes Ribeiro Eira, Paulo Alexandre; Azevedo, António Manuel Tavares
    O recreio escolar representa um espaço favorável para um adequado desenvolvimento motor e social, como tal, é também neste espaço que as crianças aprendem a conhecer o valor da amizade, a respeitar as diferenças, a apreciar a lealdade e a conhecer o mundo à sua volta. Por outro lado, possibilita perceber a sociedade, a cultura e as vivências nas quais as crianças se encontram inseridas, promovendo, assim, as suas aprendizagens e conhecimentos de forma inclusiva (Neto, 2020; Silva, 2017; Wenetz & Stigger, 2006). Neste contexto, afigura-se como espaço fundamental para o desenvolvimento de todas estas capacidades, assim como para a promoção de hábitos de vida saudáveis (Eira & Azevedo, 2020). Objetivos: conhecer a opinião das crianças sobre as suas atividades de recreio; conhecer as atividades preferenciais das crianças nos tempos de recreio; aferir sobre a importância dos espaços e materiais para a atividade lúdica da criança; conhecer os projetos educativos das escolas, de modo a compreender a forma como o espaço de recreio é reconhecido e está organizado. Método: O estudo é de índole qualitativa, sustentada em entrevistas semiestruturadas de grupo, realizadas a 4 grupos de crianças, com idades compreendidas entre 6 e 10 anos. Resultados: O brincar realiza-se, na maioria das vezes, nos espaços de recreio, em detrimento do seio familiar; as interações desenvolvidas nas dinâmicas do recreio representam atividades sociais e de atividade física; o espaço exterior deve ser configurado para a promoção de desafios sociais e estimulador de dinâmicas de cooperação, assim como integrador e inclusivo. Conclusões: reconhece-se a importância do recreio associado ao tempo para brincar livremente, permitindo estilos de vida mais ativos e, consequentemente, mais saudáveis, concretizado a partir de dinâmicas sociais, atividades e relações interpessoais vivenciadas pelas próprias crianças, potenciando aprendizagens significativas; as crianças não têm muito espaço para brincar, uma vez que não podem explorar o espaço de recreio livremente para usufruir dos elementos naturais; as escolas privam as crianças de criar relações com outras crianças, pois as turmas não se podem misturar por falta de espaços mais amplos; as crianças precisam de mais tempo para brincar e jogar, de forma a partilhar valores e a respeitar regras.