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Marx e a concepção ilusória de perfeição e de absoluto

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A concepção marxista sobre a ideologia é paradigmática, ainda hoje, para a compreensão das formas de consciência colectiva, sistemas sociais de representação (e.g. religiões, mitos, ideologias) ou ideais partilhados de perfeição e de absoluto, todos assentes num essencialismo, primado ou prisma: real ou racional, facto ou ilusão, vida ou consciência, relativo ou absoluto. Ao mascarar as relações com a realidade, definindo uma determinada visão do mundo e um modo de pensar e de agir, a ideologia é um sistema de representações distorcidas, ilusórias ou de falsa consciência, mas com implicações práticas. Ao contrário do absolutismo racional ou idealismo absoluto e dialéctico de Hegel, segundo o qual “todo o racional é real e todo o real é racional”, Marx empreende o primado da realidade sobre o pensamento e regista que não é a consciência que determina o ser e a vida, mas o contrário. Todavia, a ideologia fomenta a ideia de que é a consciência que determina a vida, porque o que pensamos é um produto da sociedade em que vivemos. Ao procurarem um certo essencialismo, as concepções sobre a natureza humana (onde se inclui o cristianismo e, paradoxalmente, o marxismo) são relativas, por mais antagónicas que sejam; são ideologias, modos de vida, imaginários sociais ideais, produtos da cultura e prática sociais. Em A Ideologia Alemã, a ideologia é um reflexo invertido do real na consciência, como a inversão das imagens numa câmara escura, uma fantasmagoria, uma ilusão sobre a qual se baseia, erroneamente, a religião e a moral que definem e condicionam o que somos. A partir da concepção de ideologia de Marx e seguindo uma estratégia reflexiva e aporética, pretende-se: a) reconhecer o contributo da ideologia para a concepção ilusória de perfeição e de absoluto na religião; e b) caracterizar o ser humano como produto ideológico, i.e. moldado por uma alienação social e um “pensamento pensado”.

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Ideologia Ilusão Marx Religião Representação

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