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A fé e as vivências religiosas determinam a percepção e concepção do espaço. O processo de sacralização
do espaço deve-se à semiose do espaço como lugar de manifestação do sagrado (e.g. o reconhecimento de
hierofanias). O espaço perde homogeneidade e se distingue entre “sagrado” e “profano”. Esta distinção serve
fins espirituais, mas produz identidade entre os crentes e o espaço, ao mesmo tempo que transforma o espaço
em património espiritual e cultural. A sacralização do espaço está associada quer a factores psicológicos ou
“mitopoiético” (crenças e rituais que criam identidade e simbolismo nos locais de culto, porque formam e
conservam a matriz espiritual sobre o território) quer a factores físicos ou geográficos (características do relevo, pois os lugares de culto no cimo de montes, montanhas e outeiros são frequentes símbolos de devoção popular, cuja imponência fascina pela altura). Nesta perspectiva, o objectivo deste texto é: a) abordar a influência de uma geografia do sagrado; b) relevar o papel do processo de sacralização na organização espacial dos lugares; e c) reconhecer a relação intrínseca da génese e dinâmica do espaço sagrado com a sua frequente e necessária recriação de uma psicologia colectiva, conforme os desígnios espirituais.
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Keywords
Identidade Geografia da religião Património intangível Sacralização do espaço Semiose do espaço