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A identidade cultural é definida por elementos objectivos comuns, como a língua, a história, a religião, os costumes, as instituições, e por um sentimento subjectivo de auto-identificação. São vários os níveis deste sentimento de pertença (do tribal ao civilizacional) mas todos eles têm em comum a sua fundamentalidade, porque são produto de séculos e marcam uma mundividência estrutural menos permeável à mudança do que as ideologias e os regimes políticos.
Com a queda do Bloco de Leste, a política mundial entrou numa nova fase marcada pelo enfraquecimento do poder das ideologias no panorama internacional. Por outro lado, o mundo está a tornar-se mais pequeno sob o impulso das crescentes interacções entre os diferentes povos. Este globalismo e as crescentes interdependências ao nível internacional geram efeitos contraditórios de difícil gestão. Se é verdade que a intensificação dos contactos amplia a nossa consciência cultural, também o é que os processos de mundialização económica e social arrastam as pessoas para níveis culturais mais abrangentes, desligando-as progressivamente dos círculos locais de identificação. Daí que, na opinião de alguns autores, como é o caso de Samuel Huntington, as linhas divisórias do futuro sejam precisamente as civilizacionais, que marcam um equilíbrio entre as tendências globalizantes e uma crescente consciência cultural.
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Xenofobia Educação Intercultural Racismo