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Uma das linhas mais originais e surpreendentes do pensamento de Leonardo Coimbra prende‑se com a relação dialética entre filosofia e arte, tendo o autor pensado a experiência artística, nas suas vertentes ética e estética, chegando à relação analógica entre o homem e a natureza. Conceitos que emergem de uma antropologia filosófica centrada na pessoa moral, cuja caminhada, feita em liberdade, se dirige até Deus. Este vetor fundamental do seu pensamento criacionista concilia o real e o ideal, a intuição e a razão, a matéria e o espírito, numa justa harmonia revelada nos sistemas filosóficos do Saudosismo e Criacionismo. Compatibilizando conhecimento científico, moral, artístico e religioso, o pensador portuense confere aos poetas a missão de profetas da humanidade, e aos poetas portugueses, em concreto, destina‑lhes os mais altos voos como intérpretes da alma nacional. Em diferentes momentos, o pensador consagra‑lhes páginas de exaltação e cumplicidade e António Nobre merecerá, de entre uma plêiade de escritores de Camões a Teixeira de Pascoaes, de Mário Beirão a Guerra Junqueiro, estatuto de poeta da Saudade.
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Keywords
Filosofia literatura
Citation
Relva, S., (2022) “António Nobre visto por Leonardo Coimbra. Uma leitura criacionista de uma poética da Saudade”. Em Samuel Dimas, Renato Epifânio, Luís Loia, António Martins (Coords.), Redenção e Escatologia. Estudos de Filosofia, Religião, Literatura e Arte na Cultura Portuguesa - Volume III – Idade Contemporânea - Tomo 3. (pp. 421-434). Universidade Católica Editora.