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Em finais do século XIX, Albert Quiquet, reconhecido actuário francês, descreve um actuário como um especialista multifacetado – um estatístico, um financeiro e um matemático. A importância desses profissionais para a longevidade de instituições que lidassem com contingências da vida é já inquestionável. Em Portugal, desde o primeiro quartel do século XIX se reconhece que a fundamentação de seguradoras ramo Vida e de montepios de sobrevivência deveria ser entregue “a pessoa que tenha a profissão das mathematicas” (Companhia de Seguros Fidelidade, 1836, p. 41). As funções de um actuário foram sendo desempenhadas por indivíduos com formações distintas, destacando-se os comercialistas e os matemáticos. Assuntos de actuariado começam a ser ensinados em Portugal na década de 1880, nos Institutos Industriais e Comerciais. E quanto a associações profissionais, é de assinalar uma primeira tentativa, fracassada, na década de 1920 – a Associação dos Actuários Portugueses –, sendo somente em 1945 criado o actual Instituto dos Actuários Portugueses. Nesta comunicação daremos apontamentos sobre o desenvolvimento da profissão de actuário em Portugal até meados do século XX. Tendo em conta o progresso da Ciência Actuarial em Portugal e no estrangeiro, procuraremos responder a questões diversas. Quem foi exercendo as funções de actuário e qual a sua formação? Como evoluiu o ensino de Actuariado em Portugal? Quando ocorreu a profissionalização da profissão de actuário? Que desafios foram surgindo no exercício dessa profissão? E, como foi acompanhado pelos profissionais portugueses o desenvolvimento da profissão no estrangeiro?