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Os relatos de viagens alimentados e atravessados pela violência, pela opressão e pelo medo são perturbadores. A literatura infantojuvenil que tem como cerne deslocações forçadas, suscitadas pela guerra, é matéria-prima de relevo para tal reflexão, dado poder espelhar uma panóplia de emoções que eclodem em circunstâncias adversas. Neste capítulo, damos voz a uma das obras que o corrobora: Uma longa viagem (CHAMBERS, 2018), da autoria de Daniel Chambers, com ilustrações de Federico Delicado. No âmbito da análise realizada, primeiramente, buscam-se deambulações do olhar nos limiares da narrativa, neles atentando para dar a ler trajetos peritextuais ancorados na página e fora dela. Em seguida, procede-se ao mapeamento do medo e do desalento que transbordam em distintos microespaços da obra, seguindo o referencial teórico da topoanálise (BORGES FILHO, 2007) e analisando “espaços do medo” (BOLLNOW, 2019) que emergem da névoa e da escuridão que permeiam a longa viagem narrada. A par de tais linhas norteadoras, indagam-se modos de estar em tempos e espaços associados à “modernidade líquida” explanada por Bauman (2013). Ganhando alento nessa transitoriedade, a terceira parte desta reflexão propõe um mergulho na margem como desvio, oscilação e promessa de múltiplas conotações e vozes que o espaço projeta. As considerações finais apontam para a fecundidade dos sentidos do espaço na obra em análise, bem como para a sua atualidade na sociedade hodierna – em movimento vivaz que acolhe mobilidades.
Description
Keywords
Literatura para a infância Espaço literário Opressão
Citation
Melão, D. (2024). “Nas abreviaturas do imenso:” espaços ficcionais da opressão em Uma longa viagem, de Daniel Chambers. In F. S. B. Carneiro & O. Borges Filho (orgs.) Espaços ficcionais da opressão (pp.107-125). Mercado de Letras.
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Mercado de Letras
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