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Abstract(s)
Houve tempos em que se entendeu que a expressão da criatividade estava
ligada a musas inspiradoras, a "um estado místico de receptividade, a algum tipo de
mensagem proveniente de entidades divinas" (Alencar, 1991). Identificava-se o criador
com o louco, pois a criação tinha natureza irracional ou involuntária e o trabalho
criativo era visto como uma “tentativa de compensar desajustamentos ou como uma
entre outras formas de expressão de conflitos inconscientes" (Alencar, 1991). As
pesquisas de White, de Harlow e de outros investigadores do Laboratório de Primatas da
Universidade de Wisconsin contribuíram para a mudança na concepção do ser humano,
abrindo passagem do ser passivo, acomodativo ou apenas reactivo para o homem
interpelativo, curioso, explorador. Esta perspectiva interagiu com novas formas de
idealizar o próprio intelecto. "Conforme lembra Getzels e Csikszentmihalyi (1975), um
dos grandes obstáculos à emergência da criatividade como uma área autónoma de
estudo, na primeira metade deste século, foi o domínio de um determinado conceito de
inteligência, apoiado no reconhecimento do valor dos testes construídos para a sua
medida. Naquele período, o conceito de inteligência ligado à capacidade ou aptidão
mental predominou. Se a inteligência se aplicava a qualquer pessoa, a criatividade era
vista como prerrogativa de alguns poucos privilegiados" (Alencar, 1991). Guilford
lançou as bases, com o seu modelo multidimensional da estrutura do intelecto, de novas
formas de relacionar inteligência e criatividade e de posicionar cada uma delas no
próprio ser humano. Por exemplo, viu nas categorias pensamento divergente (que inclui
habilidades para gerar múltiplas respostas para um estímulo ou questão) e
transformações (que incluem habilidades para produzir redefinições, revisões e outros
tipos de mudanças na informação) ligações óbvias à criatividade, embora considerasse
também outros factores ao longo do processo criador (Guilford, 1967).
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Keywords
Criatividade Sociedade