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Exposição a pesticidas e alimentação. Análise de risco a partir de questionários de frequência alimentar

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Apesar dos benefícios que a utilização de pesticidas traz à agricultura, pela redução dos prejuízos causados por inimigos das pragas, doenças e infestantes, estas substâncias apresentam propriedades adversas se forem utilizadas incorretamente ou por longos períodos de tempo. Estes compostos interferem em mecanismos comuns a muitas espécies, provocando doenças dermatológicas, neurológicas, reprodutivas, alterações ao nível do DNA, o que leva à ocorrência de intoxicações agudas e crónicas (Costa e Teixeira, 2012). O risco de pesticidas para a saúde humana baseia-se na avaliação da natureza e probabilidade de efeitos nocivos em pessoas que podem estar expostas a pesticidas: desde o agricultor ao consumidor, através da presença de resíduos em alimentos e água, no ar, ou por contacto com as substâncias ativas em causa. O risco de exposição aos pesticidas (probabilidade estimada de um efeito adverso na saúde, ponderada pela sua severidade, ocorra em humanos como resultado da exposição) depende da frequência, duração e nível de contacto (dose e concentração) com a substância, a que acresce o seu perigo (propriedade intrínseca da toxina que causa efeitos adversos na saúde sob dadas condições) (Barlow et al., 2015). Neste sentido, é possível construir uma estimativa do risco de exposição a pesticidas do consumidor, a partir da quantificação da sua dieta alimentar (frequência alimentar) associada à probabilidade de presença de resíduos de pesticidas em cada um dos alimentos que compõem a dieta. No presente trabalho, aplicou-se um questionário de frequência alimentar por aplicação indireta e presencial, durante o ano de 2016, a 270 inquiridos, distribuídos pelos centro e norte de Portugal e regiões autónomas da Madeira e Açores. O questionário inclui o perfil sociodemográfico, perfil antropométrico, locais e hábitos de compra de produtos alimentares e frequência de consumo e sazonalidade de legumes, óleos e gorduras, cereais e frutos. Com base em indicadores de uso de pesticidas para cada alimento constante da dieta alimentar, foi possível definir um nível de risco de pesticidas para cada alimento. O risco de pesticidas por alimento foi estimado com base nos inimigos-chave de cada cultura e nos tratamentos com pesticidas preconizados, a que se associou um indicador de uso de pesticidas. Testaram-se dois indicadores de uso de pesticidas preconizados na literatura: o Environmental Impact Quotient (EIQ) ao nível do risco para o consumidor (Kovach et al., 1992) e o Human health risk indicator, proposto pela OCDE (2001). As perceções de risco dos consumidores e a procura por alimentos mais seguros são fatores importantes que podem contribuir para moldar as práticas agrícolas. No entanto, poucos estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de avaliar a exposição aos fatores de risco mais preocupantes os consumidores, nomeadamente os relacionados com o uso de pesticidas.

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Keywords

Toxicidade aguda Toxicidade crónica Risco Dieta alimentar

Citation

Gaião, D., Costa, C.A., Marques, C., Costa, T., & Guiné, R. (2017, Outubro). Exposição a pesticidas e alimentação. Análise de risco a partir de questionários de frequência alimentar. In Livro de resumos da conferência "Proteção das Plantas 2017 " (pp. 162). Comunicação apresentada no 2º Simpósio SCAP de Proteção das Plantas; 8º Congresso da Sociedade Portuguesa de Fitopatologia e 11º Encontro Nacional de Proteção Integrada, Santarém, Portugal.

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