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A Morte e seu duplo: essa segunda vida uma leitura de três narrativas destinadas à infância

dc.contributor.authorMarques, Maria Helena Ferreira
dc.date.accessioned2011-02-01T15:06:08Z
dc.date.available2011-02-01T15:06:08Z
dc.date.issued2002-01
dc.description.abstractMorrer será já não ser? O não-ser? E como nos resignarmos a um não-ser, quando, mesmo num corpo lívido e inerte de um ser amado, presenciamos em cada instante o seu sorriso, as suas afeições, os seus projectos omnipresentes e, todavia, sem matéria? Viver encarna a consciência, a afeição. A consciência pessoaliza, constrói um sentido, dota a existência de significação, segundo uma escolha singular. Então, como aceitar tão fria abstracção, desvitalizada de sentido e despersonalizante? Como aceitar não ser, sendo-se? A não ser que a morte, também ela, signifique... E significar, perpetua a vida ainda, e uma vez mais. Investi-la de significado é dotá-la de vida. O que remete para a transfiguração, mutação ou qualquer outro fenómeno vital. Após a niilificação tenebrosa, eis que o eterno dá à luz no seio da vontade humana. Até para um suicidário, segundo António Bracinha Vieira2, ao tornar-se num não-poder-querer de um sujeito-sem-expectativas, a morte não se impõe sem sentido, pois, enquanto ameaça o presente, este estado de emoções perpetua uma vez mais as significações eternas pelas quais o sujeito supõe exprimir-se integralmente em alternativa ao seu estado anterior. Compreendemos que o pensamento do homem viaja através dos tempos e dos espaços e não se sujeita estritamente às restrições do contexto vivido. Imaterial e vivificante, vocaciona-se incessantemente à conquista de outros lugares e de outras vidas. Cada homem renega a sua própria morte, pois aceitá-la seria renegar a sua individualidade, as suas vozes interiores, diga-se de passagem, invisíveis e transbordantes de grandeza, contra e não obstante todas as adversidades e limitações físicas. Levantam-se então as questões filosóficas em torno do enigma levantado no desaparecimento do corpo físico.por
dc.identifier.issn1647-662X
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.19/639
dc.language.isoporpor
dc.peerreviewedyespor
dc.publisherInstituto Politécnico de Viseupor
dc.relation.ispartofseries25;
dc.subjectLiteratura infantilpor
dc.subjectMortepor
dc.subjectSolidãopor
dc.titleA Morte e seu duplo: essa segunda vida uma leitura de três narrativas destinadas à infânciapor
dc.typejournal article
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceViseupor
oaire.citation.titleMilleniumpor
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typearticlepor

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