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- O Envolvimento da Matemática com a Criação dos Computadores: Um Caso de Estudo da Lógica Matemática à Máquina Universal de TuringPublication . Chagas, Elza FigueiredoEmbora não nos apercebamos, o mundo em que vivemos hoje depende fundamentalmente da Matemática. A computação que revoluciona a vida moderna não poderia fugir a regra: foi desenvolvida inicialmente (em seus aspectos teóricos) por matemáticos como Von Neuman e Alan Turing. Nesse sentido, o trabalho aqui apresentado tem como principal finalidade mostrar a importância de conceitos matemáticos na criação de modelos de máquinas automática, em especial, a criação dos computadores, tendo como base o modelo da Máquina de Turing. Em especial, nos interessa abordar a questão do pensamento dedutivo e matemático, seus limites e o problema da relativa mecanização do pensamento quantitativo.
- A Companhia de Jesus Face ao Espírito Moderno (1ª Parte)Publication . Monteiro, Miguel CorrêaSegundo a opinião de muitos autores, deve realçar-se o contributo importantíssimo dado pelos primeiros Jesuítas através da Ratio Studiorum1, pois criaram, um sistema educativo e uma regra comum a todos os colégios, dando, deste modo, unidade aos processos educativos, que foram depois seguidos em centenas de colégios da Companhia de Jesus espalhados pela Europa e Américas. Se não foi possível à Companhia realizar sempre o que desejou, pelo menos fez o que esteve ao seu alcance. Enfrentando inúmeras dificuldades, como refere François Charmot, a Companhia «executou apenas uma parte dos seus desígnios», adaptando-se sempre às circunstâncias e em nome da maior glória de Deus.2 É um facto que os estilos, as exigências e as tradições vão variando conforme as épocas. Os Inacianos compreenderam que era necessário uma adaptação a esses desafios, e que «teria sido falta de senso comum não querer ter em consideração os métodos que, nos séculos XVII e XVIII, reclamavam a sociedade e as famílias. A disconformidade com elas seria uma utopia e talvez uma loucura. Não faltou aos Jesuítas o sentido da oportunidade».3 Das obras de carácter pedagógico escritas desde meados do século XVII, salientaremos a Ratio discendi et docendi, do padre Juvencio, que recorda a tradição primitiva na linha da Congregação Geral XIV, e a Instructio pro Magistris, de data incerta. As normas escritas pelos PP. Generales são também de consulta importante porque lhes competia zelar pela integridade do primitivo pensamento inaciano. Estando escritas em latim e sendo difíceis de consultar, não deixam, no entanto, de ser interessantes, pois reflectem as orientações da Companhia. O conhecimento dos princípios da pedagogia inaciana passa pela compreensão cuidadosa do discurso e do espírito da Ratio Studiorum. No entanto, já no tempo do padre Inácio Monteiro, o seu discurso parecia desadaptado face aos desafios de uma época tão polémica como foi o século XVIII. Isto não significa que o ideal humanizante da Ratio não fosse adequado. Alguns aspectos foram sendo renovados e adaptados por diversas Congregações Gerais, e também por intermédio dos Superiores Gerais. A Ratio de 1599 incluía as ciências nos seus programas, mas o realce era dado ao ensino das letras, como não podia deixar de ser face ao atraso daquelas.
- Economia, Trabalho e EducaçãoPublication . Ramalho, HenriqueA lógica de construção dos sistemas educativos tem possibilitado inúmeras análises que decorrem da ponderação dos vários condicionalismos que concorrem para a interpretação da construção político-ideológica da educação. Uma interpretação possível passa por ver uma educação que tende cada vez mais a invocar os valores conservadores com uma tradição secular neoliberal. Uma orientação que tende, em muitos casos, a sugerir uma profunda interligação entre a economia como sistema central, o trabalho que aí é necessário desenvolver e a educação que, por força daqueles valores, possa e, deva, promover o desenvolvimento económico, recorrendo-se a uma racionalização gerencialista, deixando antever que poder-se-á estar a invocar um sentido de construção de uma educação altamente instrumentalizada.
- Os Estatutos da Faculdade de Matemática, aquando da sua criação pela Reforma Pombalina da Universidade de Coimbra em 1772Publication . Figueiredo, Fernando José Bandeira deApós a expulsão dos jesuítas em 1759, foi criado o Colégio dos Nobres (inaugurado em 1766) para a educação dos jovens. Um dos impulsionadores da criação do referido colégio foi Ribeiro Sanches, cujas ideias eram revolucionárias no quadro da educação do país. As ideias que Ribeiro Sanches tinha sobre uma reforma urgente do ensino inspirariam também a Reforma da Universidade. Para a referida Reforma foi criada uma comissão presidida pelo Marquês de Pombal - Junta de Providência Literária - da qual faziam parte D. Francisco de Lemos (o Reformador-Reitor da Universidade, por despacho, em 1770), entre outros. Esta comissão tinha como objectivo analisar o estado do ensino até à data e criar os Novos Estatutos da Universidade. Desta comissão saiu um documento, que seria apresentado ao Rei com o objectivo de legitimar a reforma da Universidade - "Compêndio Histórico acerca dos prejuízos causados à Universidade pelos jesuítas" . A elaboração e a redacção dos Estatutos da nova Faculdade de Matemática foi entregue a um ex-jesuíta, Monteiro da Rocha, que viria a ser professor da cadeira de Ciências Físico-Matemáticas e, mais tarde, professor de Astronomia e director do Observatório da Universidade. José Silvestre Ribeiro, na sua obra "História dos Estabelecimentos Científicos, Literários e Artísticos de Portugal ao longo das sucessivas Monarquias", refere-se aos Estatutos de 1772 como sendo estes, "...não só um admirável trabalho literário e cientifico, mas também uma bela obra de moral e um excelente expositor de ditames da mais apurada justiça". Os Estatutos, no seu Livro III - Parte Segunda, debruçam-se sobre a Faculdade de Matemática e do seu Curso Matemático. É sobre os Estatutos da Faculdade de Matemática que se debruçará este artigo.
- A Tela e o Reflexo das Mutações da MentePublication . Pereira, JoséO presente artigo tem a pretensão de perscrutar o desenvolvimento cognitivo na emergência artística. Os artistas plásticos contemporâneos enveredam por percursos artísticos cada vez mais enigmáticos, fora das fronteiras do entendimento. Verifica-se a mutilação da imagem real em prol da sobrevivência da arte. O entendimento destas manifestações artísticas, regra geral, é feito com base em conjunturas 'exteriores' ao artista (um pensamento, o contexto sócio/económico/cultural, etc.), relegando para segundo plano o processo cognitivo que está subjacente à feitura de uma obra. Como e por que é que o artista distorce a realidade que percepciona? Qual a razão que torna a obra tão legível para o executor e tão ilegível para o fruidor?... Numa pretensa atitude de dar resposta a estas questões, achei pertinente versar a minha reflexão por entre meandros da Representação Mental e Criatividade.
- Participação dos professores na escolaPublication . Saraiva, Dinis AugustoNa proximidade do século XXI, a Escola Portuguesa vive momentos de incerteza, de preocupação e desafio face ao futuro. Estamos perante uma sociedade que não se compadece com uma escola parada no tempo, mas, sim, exige uma escola activa, dinâmica e aberta ao meio. Pretende-se uma escola que desenvolva uma cultura de participação1, que saiba partilhar a educação com a família (principal entidade, responsável pela educação), com os trabalhadores não docentes, com a comunidade envolvente e assim todos possam contribuir para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, tornando-os cidadãos mais responsáveis e livres na sociedade. É este tipo de escola que é preconizada pela Lei de Bases (Lei nº46 / 86, de 14 de Outubro) e que exige uma mudança do Sistema Tradicional de Ensino. Por isso, a escola de hoje exige novas posturas, novas responsabilidades de todos os que nela intervêm e contribuem para uma melhoria do ensino, quer sejam professores, pais ou outros. Mas, o papel do professor, como principal impulsionador e dinamizador, é e será determinante para o sucesso de qualquer reforma do sistema educativo. O professor assume o papel primordial de dinamizador de participação e de mobilização de todos os outros intervenientes, no sentido de os levar a darem o seu contributo e a assumirem a sua cota parte de responsabilidade na educação, para que a escola possa realizar os seus objectivos. A escola é um local onde se trocam experiências, onde todos os que aí participam vivem um pouco ou grande parte da sua vida. Por isso, é imprescindível que cada um se sinta parte integrante dela. Assim, abordaremos a escola como um espaço de interacção, bem como as formas de participação dos seus intervenientes. Porque compreender a acção dos que fazem a escola leva-nos a conhecer os estatutos de cada membro e os papéis a eles associados, as normas organizacionais que orientam a interacção e o contributo de cada um para a prossecução das actividades. É na conjugação destes factores que se definem as formas de cada um estar na escola.
- Sistemas Hipertexto & Hipermédia - Reflexão, Ensino e ArtePublication . Pereira, JoséNeste artigo começa por caracterizar-se o desenvolvimento dos sistemas hiper-texto/hipermédia associado ao paradigma da representação mental. Procura-se analisar o fundamento da atitude de mimésis entre os referidos sistemas e as representações internas do indivíduo no processamento de informação. Seguidamente, destaca-se o papel das tecnologias hipertexto/hipermédia no sistema educativo e o impacto inerente à sua implementação. Inclui, no final, uma reflexão sobre a cultura hipertexto/hipermédia e as suas repercussões no mundo da arte.
- A Educação de Luíza e Celestina para Influenciar os HomensPublication . Lima, Jane Cristina Franco de; Oliveira, TerezinhaRESUMO: Este estudo tem por objetivo compreender e identificar como se desenvolve o processo educacional da mulher francesa no período de 1815 a 1848, bem como os agentes envolvidos, os valores assimilados e a amplitude da influência feminina na sociedade francesa no século XIX, através dos romances Memórias de Duas Jovens Esposas e Os Funcionários, de Honoré de Balzac. A educação das protagonistas Luíza de Chaulieu e Celestina Rabourdin revela que a mulher aprende, no convívio familiar e social, a realçar a beleza com uma toalete impecável, a utilizar o vestuário da última moda, a recepcionar convidados em seu salão, a freqüentar outros salões e a articular encontros com pessoas influentes e importantes com o intuito de alcançar os objetivos que almeja.ABSTRACT: The goal of this article is to comprehend and identify the educational developmental process of the French woman in the time frame between 1815 through 1848. Other objectives of this study include the feminine amplitude and influence in XIX century French society through two romantic works, The Memoirs of Two Young Wives and The Employees of Honoré de Balzac. The education of the protagonists, Luíza de Chaulieu and Celestina Rabourdin, reveals that through the family and social order the women learn to: accentuate beauty with an impeccable style of dress, utilize the latest fashions, entertain guests, visit others within appropriate protocol, and meet important and influencial people with the intention of reaching personal objectives.
- Uma Perspectiva para a Gestão Integrada de Áreas ProtegidasPublication . Cunha, Luísa Oliveira eA gestão de áreas protegidas pode ser definida como o processo dinâmico mediante o qual é desenvolvida e implementada uma estratégia coordenada para atribuição de recursos ambientais, sócio-culturais e institucionais visando alcançar a conservação e utilização múltipla sustentáveis destas áreas. Como objectivo, pode definir-se o proporcionar directrizes aos decisores sobre a forma como as exigências das numerosas actividades podem ser satisfeitas sem afectar demasiado o equilíbrio dos sistemas naturais ou o direito de todos os membros da comunidade as utilizarem e apreciarem. Neste sentido, pode definir-se gestão como qualquer programa, governamental ou não, estabelecido com o princípio de usar ou conservar um recurso ou ambiente, no pressuposto de que a gestão desses recursos exige conhecimentos integrados em instrumentos de gestão eficazes e de instituições dotadas de recursos capazes de se organizarem para a concretização de uma gestão que satisfaça os referidos objectivos. A gestão de áreas protegidas é habitualmente abordada segundo três vertentes: "em cima dos acontecimentos", isto é, fundamentalmente numa resposta imediata aos problemas graves de degradação ambiental destas áreas; aumentando apreciavelmente as potencialidades da área; ou segundo o entendimento de que as áreas protegidas constituem sistemas dinâmicos entre processos físicos, químicos, biológicos e sócio-económicos.
- Internet: o milagre da era digital ou a ameaça da bomba informática?Publication . Pais, CustódiaO homem, um ser comunicativo por excelência, cedo demonstrou possuir uma capacidade ilimitada de se relacionar com os outros recorrendo a um conjunto de signos culturais propositadamente concebidos para o efeito. Primeiro, com o próprio corpo, depois, com a escrita, depressa desenvolveu meios cada vez mais eficazes que lhe permitiram ultrapassar não só as barreiras físicas como atingir um número cada vez maior de destinatários. O acto de comunicar e o de construir dispositivos com essa intenção são, de facto, características antropológicas verificáveis em todos os povos ao longo dos tempos. Nesse sentido, as sociedades humanas têm sido sempre "sociedades de comunicação". As diferenças são marcadas essencialmente pelo grau de complexidade das técnicas de comunicação. Deste modo, e de acordo com Marshall Mcluhan, o modo de vida moderno , assim como os nossos comportamentos, seriam em grande parte determinados pelos instrumentos existentes no domínio da comunicação. Dificilmente poderíamos hoje imaginar a nossa vida sem o telefone, a rádio, a televisão ou o computador. A importância crescente que os meios de comunicação adquirem e as transformações que provocam nos nossos estilos de vida levam à colocação de algumas questões, como a que é levantada por Turkle, que "abre" este artigo. Comunicação em rede