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Li o Estrangeiro quando tinha 15 anos. Aquela história de um homem (francês) que mata outro (um árabe), porque estava muito calor, perturbou-me. Claro que Camus é um francês nascido na Argélia e a história supõe um envolvimento político, que poderíamos transpor para uma qualquer situação xenófoba, tão comum actualmente. No entanto, não é isso que dá perenidade à história : antes a ideia que ser próximo ou estranho não são categorias substancialmente estanques, nem dependem apenas de uma filiação /pertença a um grupo de referência . É-se estranho /outro na nossa própria pele, quando as nossas acções não têm, para nós, sentido. É fácil deduzir o que pode acontecer numa sociedade onde este sintoma de alienação se vai subrepticiamente instalando: a breve trecho, os outros são mesmo o inferno, como diria Sartre.
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Literatura