Unidade de Enfermagem Materna, Obstétrica e Ginecológica (UEMOG)
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- Competências emocionais e literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundárioPublication . Mota, Patrícia José Sousa Freitas; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Duarte, João Carvalho; Campos, SofiaEnquadramento: A literacia em saúde é entendida como a capacidade para tomar decisões informadas sobre a saúde. Constituiu-se como a opção quotidiana de decisões de saúde conscientes com uma particular importância no grupo dos adolescentes. Assim assume-se de primordial importância uma educação sexual integrativa a este grupo. Objetivos: Determinar se as variáveis sociodemográficas, de contexto académico e contextuais de saúde sexual e reprodutiva interferem na literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundário; analisar a relação entre as competências emocionais e a literacia em saúde sexual e reprodutiva nos estudantes do ensino secundário. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico, envolvendo uma amostra de 213 alunos a frequentarem os 10.º, 11.º e 12.º anos do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, maioritariamente feminina (60.4 %) com idade média de 16.45 anos. A recolha de dados foi suportada num questionário de caracterização sociodemográfica, variáveis de contexto académico, variáveis contextuais de saúde sexual e reprodutiva, o Questionário de Competência Emocional de Vladimir Taksic’ (2000), uma adaptação portuguesa de Faria & Lima Santos (2001) e o Questionário de Conhecimentos sobre saúde sexual e reprodutiva de Santos (2017). Resultados: Maioritariamente, os alunos recorrem aos pais quando têm dúvidas sobre a saúde sexual e reprodutiva (30.5%) e apenas 10.8% aos profissionais de saúde. Predominam os estudantes (67.6%) que consideram ter conhecimentos bons/muito bons sobre saúde sexual e reprodutiva, sendo as raparigas quem revela mais conhecimentos em relação a esta temática. Quanto mais idade e ano de escolaridade, os estudantes têm, mais conhecimentos possuem sobre saúde sexual e reprodutiva. Quanto menos capacidades, têm os alunos, para lidar com a emoção, menor é a informação que estes possuem sobre saúde sexual e reprodutiva. Conclusão: Quanto mais precoce for assimilado o compromisso da aprendizagem sobre saúde sexual e reprodutiva, maior será a obtenção de bons resultados, refletindo-se em adolescentes mais comprometidos e seguros. Palavras-chave: Competências emocionais; Literacia; Saúde sexual e reprodutiva; Adolescentes.
- A dieta da parturiente de termo sem patologia associadaPublication . Rodrigues, Clara Ferreira; Ferreira, Manuela; Campos, SofiaIntrodução: A ingestão oral em trabalho de parto (TP) é praticada de forma inadequada em muitos Hospitais/Maternidades Portugueses, com relatos onde o jejum é perpetuado de forma rotineira em todas as parturientes. Objetivo: Identificar a melhor evidência científica sobre a dieta da parturiente de termo sem patologia associada e elaborar procedimento de actuação para Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (EESMOs), em contexto de sala de partos, baseado na evidência extraída. Método: Foi realizada uma investigação qualitativa, descritiva e analítica com recurso à elaboração de uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) e do Focus Group, como técnica de recolha de dados. A RSL foi elaborada segundo o método da Joanna Briggs Institute (JBI) e foi redigida de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Metaanalyses (PRISMA 2020). O Focus Group foi constituído por três EESMOs, por quatro médicos (dois obstetras e dois anestesiologistas) e realizou-se com recurso a uma entrevista semi-estruturada com cinco questões. Para a análise de conteúdo foi utilizado software NVIVO14 e seguiu-se a perspetiva de Bardin. Resultados: A RSL identificou os estudos que apontam a ingestão oral de líquidos claros sem resíduos, ricos em hidratos de carbono e proteínas como a dieta mais adequada e segura em parturientes de termo sem patologia associada, e demonstrou que esta dieta contribui para o bem-estar, satisfação e conforto materno, segurança materna e redução de complicações maternas, redução do número de vómitos, redução da cetoacidose, desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos, redução das complicações neonatais, menor duração do TP, tipo de parto, redução do tempo de internamento em sala de partos e redução do tempo de esvaziamento gástrico. O Focus Group permitiu colher informação junto de peritos na área baseada nos seus conhecimentos e na sua prática clínica e a análise de conteúdo dos dados obtidos definiu três domínios emergentes: parturiente, dimensão organizacional e procedimento, categorias e sub-categorias que contribuíram para a elaboração do procedimento. Conclusão: A ingestão oral em TP permite melhorar os indicadores sensíveis aos cuidados de enfermagem, obter ganhos significativos em saúde, melhorar a eficiência dos serviços e reduzir os custos gerais. A síntese integrativa dos estudos permitiu encontrar a informação pertinente para a elaboração do procedimento de atuação para EESMOs em contexto de sala de partos. Palavras-chave: ingestão oral; dieta; líquidos orais; trabalho de parto.