ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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Browsing ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri) by advisor "Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista"
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- Importância atribuída pela puérpera à visita domiciliária no pós-partoPublication . Amaral, Joana Catarina Pereira; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A visita domiciliária no pós-parto, à puérpera, recém-nascido e família, permite uma intervenção precoce, identificando fatores de risco. Possibilita ainda a avaliação das competências parentais, num momento de transição para a parentalidade. Assim, a visita domiciliária no pós-parto promove a transição para a parentalidade ajudando no desenvolvimento de competências, poder de decisão e autonomia que possibilitem decisões livres e esclarecidas, promotoras da saúde, qualidade de vida e bemestar. Objetivos: Caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico das puérperas, identificar alguns fatores que intervêm na importância que a puérpera atribui à visita domiciliária no pós-parto, e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas, obstétricas, puerperais e psicológicas (sintomas depressivos) influenciam a importância que a puérpera atribui à visita domiciliária nos pós-parto. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo e correlacional com amostra não probabilística de 122 puérperas, com uma média de idades de 32,1 (±4,70) anos. O instrumento de colheita de dados foi o questionário constituído por questões sociodemográficas, obstétricas, pela escala de avaliação da visita domiciliária no pósparto (EAVDPP) (Almeida, Nelas, & Duarte, 2011) e Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) (Augusto, Kumar, Calheiros, Matos, & Figueiredo, 1996). Resultados: Relativamente à satisfação das puérperas perante a visita domiciliária 43,4% considera-a muito adequada e 38,5% considera inadequada. A importância atribuída à visita domiciliária é influenciada pelas variáveis sociodemográficas (idade, nacionalidade e estado civil), variáveis obstétricas (número de partos, número de abortos, tipo de parto, curso de preparação para o parto e parentalidade) e dúvidas da puérpera sobre o puerpério. Conclusões: A visita domiciliária no pós-parto é um contributo valioso enquanto estratégia promotora da transição para a parentalidade. Esta, possibilita a identificação precoce de potencias riscos maternos, neonatais ou familiares, permitindo uma intervenção atempada e adequada no sentido de promover a saúde e o bem-estar no período puerperal. Palavras-chave Puerpério, puérpera, visita domiciliária, transição para a parentalidade.
- Relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher submetida a histerectomiaPublication . Terras, Patrícia Andreia Gonçalves Moço; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A investigação do impacto da histerectomia na vida sexual da mulher ainda não é conclusiva, havendo evidências que apontam para o facto da remoção do útero poder ter efeitos adversos no funcionamento sexual feminino, em decorrência das alterações anatómicas pélvicas e a consequentes alterações psicológicas. Objetivos: Verificar que variáveis sociodemográficas e profissionais interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis de saúde sexual e reprodutiva interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; identificar que variáveis clínicas interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis contextuais à sexualidade interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; verificar se existe relação entre a qualidade de vida e o relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra é não probabilística por conveniência, composta por de 129 mulheres, média de idade de 55,82 anos (±3,97 anos) submetidas a histerectomia, a frequentar a consulta de ginecologia de um hospital da zona centro do país. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica, socioprofissional, de saúde sexual e reprodutiva, clínica e contextos da sexualidade. Foi incluída ainda a Escala WHOQOL-BREF (Grupo WHOQOL, 1998, Barros, 2002) e o Inventário de Satisfação Sexual – versão feminina (GRISS: Rust & Golombok, 1986), traduzida e adaptada para a população portuguesa por Sandra Vilarinho e Pedro Nobre (2006). Resultados: Constata-se que 50,4% das mulheres não sofreu alteração da vivência da sexualidade após a histerectomia, contrariamente a 49,6% que referiram como motivos a diminuição do interesse sexual (37,2%), a diminuição da autoestima (9,3%) e a presença de dor (2,3%). Na globalidade, as mulheres revelam satisfação sexual (média=40,457.81). Quanto à perceção como mulheres (considerarem sentir-se mais ou menos femininas) após a histerectomia, a maioria das mulheres considera que permaneceu igual (56,6%). Em relação à qualidade de vida, o valor médio mais elevado corresponde ao domínio das relações sociais (média=69,259,70), seguindo-se o domínio ambiente (média=67,7812,31). O motivo da histerectomia, as complicações cirúrgicas no hospital e a consulta de vigilância após a histerectomia foram variáveis com relevância estatisticamente significativa. As mulheres que revelam mais satisfação sexual são as que o motivo da histerectomia foi a patologia ginecológica benigna (p= 0,000), sem complicações cirúrgicas no hospital (p=0,004), bem como as que referem ter consulta de vigilância após a histerectomia (p=0,001). Quanto à relação entre a satisfação sexual e a perceção como mulher (considerar sentir-se mais ou menos feminina) após a histerectomia, as mulheres que manifestam mais satisfação sexual são as que consideram que a sua perceção como mulher após a histerectomia melhorou (OM=48,67) e as que referem ter piorado revelam-se menos satisfeitas sexualmente (OM=82,76; (X2=11,703; p=0,003). As variáveis preditoras da satisfação sexual são a idade, a qualidade de vida global e as dimensões da qualidade de vida. Apurou-se que os domínios físico, psicológico e ambiente da qualidade de vida estabelecem uma relação inversa e a idade, a qualidade de vida global e o domínio das relações sociais uma relação direta com a satisfação sexual, sugerindo que as mulheres com mais idade, melhor perceção da qualidade de vida global, melhor perceção da qualidade de vida no domínio das relações sociais revelam maior satisfação sexual pela inexistência de um relacionamento problemático. Conclusões: Os resultados encontrados assumem-se como importantes para a futura prática profissional, no âmbito da Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecologia, servindo de base para a intervenção em mulheres antes e após a histerectomia, que requerem um cuidado humanizado e holístico, sem que se possa descurar qualquer uma das suas dimensões, física, psicológica, sexual, social e familiar. Palavras-chave: Histerectomia, Sexualidade, Relacionamento do casal.
