ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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- Literacia em saúde da grávida : estudo de alguns fatores intervenientesPublication . Sequeira, Carla Sofia Paiva; Ferreira, Manuela Maria da Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A literacia em saúde condiciona a capacidade da grávida em aceder, compreender, avaliar e utilizar informações sobre saúde que lhe permita tomar decisões fundamentadas sobre cuidados de saúde, prevenção da doença e promoção de uma vida saudável para si e para os seus filhos. Objetivos: Determinar o nível de literacia em saúde da grávida; apurar as relações existentes entre os determinantes sociodemográficos, obstétricos, contextuais à gravidez e o empoderamento com a literacia em saúde. Métodos: Estudo quantitativo, não experimental, transversal, descritivo e correlacional. Amostra não probabilística por conveniência composta por 264 grávidas no terceiro trimestre. Recolha de dados realizada por questionário constituído por caraterização sociodemográfica, dados obstétricos, escala HLS-EU-PT (Escola Nacional de Saúde Pública, 2014), adaptada para grávidas por Ferreira et al. (2017) e Escala de Empoderamento da Grávida (Kameda & Shimada, 2008), adaptada por Ferreira et al. (2013). Resultados: As grávidas apresentam um nível de literacia em saúde suficiente (58,7%) sendo secundado pelo problemático (21,6%) e, posteriormente, pelo nível excelente (15,5%) e inadequado (4,2%). O índice geral é influenciado pela nacionalidade (p=0,007), habilitações literárias (p=0,000), profissão (p=0,000), situação profissional (p=0,000), rendimento familiar mensal (p=0,000), internet no domicílio (p=0,002), número de gravidezes anteriores (p=0,017), tipo de parto (p=0,041), planeamento da gravidez (p=0,000), frequência ou intensão de frequentar o curso de preparação para o parto e parentalidade (p=0,010), consumo de tabaco (p=0,002), consumo de álcool (p=0,016) e pela vigilância da gravidez (p=0,000). A autoeficácia (t=9,066; p=0,000), o apoio e garantias de outros (t=4,722; p=0,000) e o número de gravidezes anteriores (t=-2,131; p=0,034) predizem a literacia em saúde. Conclusões: A literacia em saúde materna é um indicador de saúde complexo, determinada por múltiplos fatores e influída pelo contexto, cultura e ambiente em que a grávida se insere. Concluímos que um quarto das grávidas possuem um nível de literacia problemático/inadequado, inferindo que são necessários esforços para elaborar e implementar medidas que a promovam. O EEESMO tem a competência de desenvolver intervenções educacionais orientadas para a informação, capacitação e autonomia da grávida, favorecendo o desenvolvimento dos seus conhecimentos e competências a respeito das decisões relativas à gravidez e maternidade. Palavras-chave: Assistência em saúde pré-natal, literacia em saúde, literacia em saúde materna.
- Vivência de mulheres submetidas a histerectomiaPublication . Amaral, Ana Sofia da Silva Veloso; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: A histerectomia é uma cirurgia irreversível, que resulta na alteração da integridade corporal da mulher, resultando em diferentes vivências e expectativas. Objetivo: Compreender as vivências de mulheres submetidas a histerectomia. Metodologia: Estudo qualitativo, com recurso ao método fenomenológico-hermenêutico, e enfoque transversal, tendo como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada, realizada numa amostra de 10 mulheres submetidas a histerectomia que se encontravam inscritas numa UCSP do ACES Douro Sul. O estudo foi aprovado pela Comissão de ética da ARS Norte. Resultados: Emergiram oito categorias de significado. Atitudes da mulher face à condição de histerectomia, Atitudes dos enfermeiros consideradas pelas mulheres como cuidados individualizados, Atitudes dos profissionais de saúde consideradas pelas mulheres como negligentes, Desconfortos manifestados pelas mulheres após a histerectomia, Expectativas da mulher face à histerectomia, Fatores que interferem na vivência da sexualidade, Motivos apresentados pelas mulheres para a histerectomia, Sentimentos vivenciados face à histerectomia. Das expectativas da mulher face à histerectomia destacam-se em deixar de ter problemas, manter uma atitude de esperança, melhorar e voltar a ser a mulher que era. Dos fatores que interferem na vivência da sexualidade realçam-se: ausência de prazer no ato sexual, compreensão por parte do companheiro, maior desejo sexual, manter a atividade sexual, menor desejo sexual, sentir-se menos mulher e sentir-se usada pelo companheiro. Quanto aos motivos apresentados pelas mulheres para a histerectomia sobressaem: anemia, cancro, dor, hemorragias, prolapso uterino, quistos nos ovários, risco de cancro, sofrimento e tumores. As mulheres relataram sentimentos face à histerectomia, antes da cirurgia, de confiança na médica particular, desânimo, insegurança no médico de família e medo, e após a mesma: alívio, bem-estar, tranquilidade, mas maioritariamente sentimentos negativos, como: desalento, frustração, perda, revolta, sofrimento inexplicável, tristeza, vazio e vergonha. Conclusão: Por um lado é realçado o papel do Enfermeiro Especialista de Saúde Materna e Obstétrica junto das mulheres sujeitas a histerectomia, com respeito pela singularidade de cada uma, estabelecendo uma relação de ajuda para ultrapassar as inseguranças, os medos, o sofrimento, a angústia, a frustração, o sentimento de perda e de revolta, na garantia da promoção de melhor qualidade de vida. Por outro lado emerge uma visão oposta concretamente nas atitudes dos profissionais de saúde consideradas pelas mulheres como negligentes, desconfortos manifestados pelas mulheres após a histerectomia, fatores que interferem na vivência da sexualidade. Há um longo caminho a percorrer por parte dos profissionais de saúde de modo a ser um facilitador da maximização das potencialidades de cada mulher, apoiando-as na redução das vivências e expectativas negativas que possam emergir da histerectomia. Palavras-chave: Histerectomia; Mulher; Expetativas; Vivências.
- Aleitamento materno : determinantes e prevalência na região de abrangência do Centro Hospitalar Universitário Cova da BeiraPublication . Lourenço, Dulce Maria Silva; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno [AM] é a forma ideal de alimentação de todos os recém-nascidos a nível mundial, sendo determinante na prevenção da morbilidade e mortalidade infantil. Pretende-se determinar a taxa de prevalência do aleitamento materno exclusivo ao 6ºmês de vida e identificar os determinantes do AM. Métodos: Estudo quantitativo, transversal descritivo-correlacional. Amostra aleatória de 349 mães, cujos filhos nasceram entre janeiro 2016 e dezembro 2018. Aplicado questionário online após contacto telefónico, durante abril 2019. Resultados: A taxa de prevalência do AME ao 6ºmês de vida é de 33.2%. São determinantes do AM: local de residência urbano(p=0,028:1ºmês); situação profissional - trabalho por conta de outrem(p=0.035:1ºmês); rendimento mensal durante AM(p=0.020:4ºmês; p=0.010:5ºmês); gravidez não planeada(p=0.015:1ºmês); acompanhamento no parto por pessoa significativa (p=0.012:4ºmês); parto vaginal(p=0.015:1ºmês; p=0.018:4ºmês); contacto pele-a-pele (p=0.002:1ºmês; p=0.040:4ºmês); início precoce AM(p<0.001:1ºmês; p<0.001:4ºmês; 0.015:5ºmês); experiência anterior positiva(p<0.001:1ºmês; p<0.001:4ºmês; p=0.002:5ºmês); AM anterior≥11meses(p=0.009:1ºmês; p<0.001:4ºmês; p<0.001:5ºmês; p=0.001:6ºmês); influência de terceiros na decisão AM(p=0.023:4ºmês; p=0.040:5ºmês); assistir cursos AM (p=0.009:5ºmês; p=0.006:6ºmês); receber informação escrita AM(p<0.024:1ºmês); muito confiante durante gravidez e alta na capacidade para amamentar(p<0001:1ºmês; p=0.001:4ºmês; p<0.001:5ºmês; p=0.003:6ºmês e p<0001:1ºmês; p=0.001:4ºmês; p<0.001:5ºmês; p=0.003:6ºmês); visita domiciliária primeiras duas semanas pósparto( p<0.001:1ºmês); satisfação no AM nas primeiras duas semanas pós-parto(p<0.001: 1º, 4º e 5ºmês); classificação Boa na informação AM após alta(p=0.022:4ºmês; p=0.028:5ºmês); classificação Boa na ajuda prática AM após alta(p=0.010:4ºmês); regresso trabalho(p=0.021:5ºmês); Idade bebé aquando regresso ao trabalho(p=0.014:5ºmês; p<0.001:6ºmês). Conclusões: São determinantes do AM: fatores sociodemográficos, obstétricos, experiência anterior, assim como visita domiciliária nas duas semanas pós-parto, informação e ajuda prática recebida após alta, devendo estas práticas ser incentivadas. Palavras-chave – Aleitamento materno, prevalência, determinantes.
- Relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher submetida a histerectomiaPublication . Terras, Patrícia Andreia Gonçalves Moço; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A investigação do impacto da histerectomia na vida sexual da mulher ainda não é conclusiva, havendo evidências que apontam para o facto da remoção do útero poder ter efeitos adversos no funcionamento sexual feminino, em decorrência das alterações anatómicas pélvicas e a consequentes alterações psicológicas. Objetivos: Verificar que variáveis sociodemográficas e profissionais interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis de saúde sexual e reprodutiva interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; identificar que variáveis clínicas interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis contextuais à sexualidade interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; verificar se existe relação entre a qualidade de vida e o relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra é não probabilística por conveniência, composta por de 129 mulheres, média de idade de 55,82 anos (±3,97 anos) submetidas a histerectomia, a frequentar a consulta de ginecologia de um hospital da zona centro do país. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica, socioprofissional, de saúde sexual e reprodutiva, clínica e contextos da sexualidade. Foi incluída ainda a Escala WHOQOL-BREF (Grupo WHOQOL, 1998, Barros, 2002) e o Inventário de Satisfação Sexual – versão feminina (GRISS: Rust & Golombok, 1986), traduzida e adaptada para a população portuguesa por Sandra Vilarinho e Pedro Nobre (2006). Resultados: Constata-se que 50,4% das mulheres não sofreu alteração da vivência da sexualidade após a histerectomia, contrariamente a 49,6% que referiram como motivos a diminuição do interesse sexual (37,2%), a diminuição da autoestima (9,3%) e a presença de dor (2,3%). Na globalidade, as mulheres revelam satisfação sexual (média=40,457.81). Quanto à perceção como mulheres (considerarem sentir-se mais ou menos femininas) após a histerectomia, a maioria das mulheres considera que permaneceu igual (56,6%). Em relação à qualidade de vida, o valor médio mais elevado corresponde ao domínio das relações sociais (média=69,259,70), seguindo-se o domínio ambiente (média=67,7812,31). O motivo da histerectomia, as complicações cirúrgicas no hospital e a consulta de vigilância após a histerectomia foram variáveis com relevância estatisticamente significativa. As mulheres que revelam mais satisfação sexual são as que o motivo da histerectomia foi a patologia ginecológica benigna (p= 0,000), sem complicações cirúrgicas no hospital (p=0,004), bem como as que referem ter consulta de vigilância após a histerectomia (p=0,001). Quanto à relação entre a satisfação sexual e a perceção como mulher (considerar sentir-se mais ou menos feminina) após a histerectomia, as mulheres que manifestam mais satisfação sexual são as que consideram que a sua perceção como mulher após a histerectomia melhorou (OM=48,67) e as que referem ter piorado revelam-se menos satisfeitas sexualmente (OM=82,76; (X2=11,703; p=0,003). As variáveis preditoras da satisfação sexual são a idade, a qualidade de vida global e as dimensões da qualidade de vida. Apurou-se que os domínios físico, psicológico e ambiente da qualidade de vida estabelecem uma relação inversa e a idade, a qualidade de vida global e o domínio das relações sociais uma relação direta com a satisfação sexual, sugerindo que as mulheres com mais idade, melhor perceção da qualidade de vida global, melhor perceção da qualidade de vida no domínio das relações sociais revelam maior satisfação sexual pela inexistência de um relacionamento problemático. Conclusões: Os resultados encontrados assumem-se como importantes para a futura prática profissional, no âmbito da Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecologia, servindo de base para a intervenção em mulheres antes e após a histerectomia, que requerem um cuidado humanizado e holístico, sem que se possa descurar qualquer uma das suas dimensões, física, psicológica, sexual, social e familiar. Palavras-chave: Histerectomia, Sexualidade, Relacionamento do casal.
- Literacia em saúde e empoderamento da grávida na zona centro do paísPublication . Tavares, Sara Manuela Pereira; Ferreira, Manuela Maria da Conceição; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A gravidez é um momento onde a mulher vivência um conjunto de modificações. Para que a grávida consiga vivenciar cada etapa da gravidez, torna-se necessário a aquisição de informação, que lhe permita desenvolver a capacidade para a tomada de decisões, ou seja, o Empoderamento. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e de contexto obstétrico que afetam o empoderamento da grávida no último trimestre da gravidez; Determinar a influência da Literacia no empoderamento da grávida. Métodos: Estudo não experimental, transversal, quantitativo, descritivo e correlacional com uma amostra não probabilística por conveniência, composta por 264 grávidas no terceiro trimestre. Colheita de dados realizada com aplicação de um instrumento composto pelo questionário sociodemográfico e dados obstétricos, escala HLS-EU-PT (Escola Nacional de Saúde Pública, 2014) adaptada para grávidas por Ferreira et al. (2017) e Escala de Empoderamento da Grávida (Kameda & Shimada, 2008), adaptada por Ferreira et al. (2013). Resultados: As grávidas apresentam um nível de empoderamento intermédio (40,9%) sendo secundado pelo nível baixo e elevado com valores percentuais iguais (29,5% vs 29,5%). O índice geral do empoderamento é influenciado pelo rendimento mensal familiar (p=0,001),planeamento da gravidez (p=0,045) e pela frequência ou intensão de frequentar o curso de preparação para o parto e para a parentalidade (p=0,045). Os cuidados de saúde (t=4,258;p=0,000), a promoção de saúde (t=3,564;p=0,000) e a idade da grávida (t=2,345;p=0,020) predizem o Empoderamento da grávida. Conclusões: O empoderamento da grávida é determinado pelos conhecimentos adquiridos e experiências vividas ou partilhadas, este pode ser influenciado por fatores extrínsecos e intrínsecos à grávida. A assistência em saúde pré-natal surge como promotora do empoderamento, sendo o enfermeiro especialista saúde materna e obstetrícia, um elemento fundamental no empoderamento da grávida, dada a sua formação específica que coloca a mulher no centro do seu cuidar, ao longo de todo o seu ciclo de vida. Palavras – chave: Empoderamento da grávida, literacia em saúde, vigilância na gravidez.
- Competência cultural do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétricaPublication . Domingos, Ana Raquel Duarte; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: O enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica é desafiado a entender as perspetivas, as tradições, os valores, as práticas e os sistemas familiares de todas as populações, culturalmente diversas com as quais se cruza e às quais presta cuidados, bem como a conhecer as variáveis complexas que as pessoas atribuem ao seu sentido de saúde e de bem-estar. Objetivos: Compreender o significado de competência cultural na perspetiva do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; compreender a contribuição dos mediadores interculturais nos cuidados prestados pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica às mulheres imigrantes. Metodologia: Estudo qualitativo, com recurso ao método fenomenológico-hermenêutico, tendo como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada. Quanto aos participantes no estudo foram selecionados 10 enfermeiros a exercerem funções no bloco de partos de um hospital da Grande Lisboa. Recorreu-se à análise qualitativa de dados, a qual foi apoiada pelo Nvivo12. Este estudo insere-se no estudo sobre os Mediadores Interculturais nas Unidades de Saúde – MEIOS – Mediação Intercultural e Outcomes em Saúde, desenvolvido pela Rede de Ensino Superior em Mediação Intercultural, promovido pelo Alto Comissariado para as Migrações, estudo que foi autorizado pela CNPD e obtido consentimento por parte da Comissão de Ética da Instituição onde foi realizado o estudo. Resultados: Da análise do verbatim das entrevistas emergiram sete categorias de significado cultural: constrangimentos dos enfermeiros na interação com a mulher imigrante; estratégias utilizadas pelo EESMO na interação com a mulher imigrante; estratégias utilizadas pelo EESMO para se tornar mediador intercultural; funções do mediador intercultural percecionadas pelo EESMO; significado de cuidado culturalmente competente; recursos escassos nos serviços para cuidar de imigrantes e dificuldades reconhecidas pelo EESMO para se tornar mediador intercultural. Conclusão: O enfermeiro depara-se com vários constrangimentos no cuidar mulheres imigrantes desenvolvendo estratégias pontuais para conseguir estabelecer uma comunicação efetiva. As evidências apontam para a necessidade de se dotarem as instituições de saúde de recursos humanos e materiais que ajudem o enfermeiro a promover cuidados culturalmente congruentes, o que se poderá vir a traduzir numa melhor qualidade de cuidados, saúde e bem-estar. Palavras-chave: Competência Cultural; Enfermeiro; Maternidade, Mediação Intercultural.
- Importância atribuída pela puérpera à visita domiciliária no pós-partoPublication . Amaral, Joana Catarina Pereira; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A visita domiciliária no pós-parto, à puérpera, recém-nascido e família, permite uma intervenção precoce, identificando fatores de risco. Possibilita ainda a avaliação das competências parentais, num momento de transição para a parentalidade. Assim, a visita domiciliária no pós-parto promove a transição para a parentalidade ajudando no desenvolvimento de competências, poder de decisão e autonomia que possibilitem decisões livres e esclarecidas, promotoras da saúde, qualidade de vida e bemestar. Objetivos: Caracterizar o perfil sociodemográfico e obstétrico das puérperas, identificar alguns fatores que intervêm na importância que a puérpera atribui à visita domiciliária no pós-parto, e analisar de que forma as variáveis sociodemográficas, obstétricas, puerperais e psicológicas (sintomas depressivos) influenciam a importância que a puérpera atribui à visita domiciliária nos pós-parto. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo e correlacional com amostra não probabilística de 122 puérperas, com uma média de idades de 32,1 (±4,70) anos. O instrumento de colheita de dados foi o questionário constituído por questões sociodemográficas, obstétricas, pela escala de avaliação da visita domiciliária no pósparto (EAVDPP) (Almeida, Nelas, & Duarte, 2011) e Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) (Augusto, Kumar, Calheiros, Matos, & Figueiredo, 1996). Resultados: Relativamente à satisfação das puérperas perante a visita domiciliária 43,4% considera-a muito adequada e 38,5% considera inadequada. A importância atribuída à visita domiciliária é influenciada pelas variáveis sociodemográficas (idade, nacionalidade e estado civil), variáveis obstétricas (número de partos, número de abortos, tipo de parto, curso de preparação para o parto e parentalidade) e dúvidas da puérpera sobre o puerpério. Conclusões: A visita domiciliária no pós-parto é um contributo valioso enquanto estratégia promotora da transição para a parentalidade. Esta, possibilita a identificação precoce de potencias riscos maternos, neonatais ou familiares, permitindo uma intervenção atempada e adequada no sentido de promover a saúde e o bem-estar no período puerperal. Palavras-chave Puerpério, puérpera, visita domiciliária, transição para a parentalidade.
- Conhecimento dos alunos do Instituto Politécnico da Guarda sobre vírus do papiloma humano e cancro do colo do úteroPublication . Santos, Lurdes Maria Vieira dos; Ferreira, Manuela Maria da ConceiçãoEnquadramento: o cancro do colo do útero (CCU) é uma das principais causas de morte por neoplasia nas mulheres a nível mundial, estando, em regra associado à infecção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV), sendo este o agente sexual mais transmitido. São poucos os estudos desenvolvidos em Portugal sobre o conhecimento dos jovens relativamente ao CCU e ao HPV os que existem revelam que esses conhecimentos são muito escassos. Objetivos: avaliar o nível de conhecimento dos estudantes do Instituto Politécnico da Guarda sobre o CCU e o HPV. Material e métodos: trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, num plano transversal. Propusemo-nos responder à seguinte questão de investigação: Quais os conhecimentos dos alunos do IPG sobre o CCU e o HPV? A população alvo são 1680 alunos dos cursos das escolas superiores de educação e tecnologia e gestão. A nossa amostra é não probabilística e por conveniência, constituída por 301 alunos. O questionário utilizado intitula-se “Vírus do Papiloma Humano e Cancro do Colo do Útero, Agostinho (2012). Resultados: a maioria dos inquiridos que por sinal são do género feminino, já tinha ouvido falar sobre o HPV. Existe uma grande lacuna relativamente ao agente mais comum das IST, em que a maioria responde ser o HIV. Os resultados no geral apontam para conhecimento reduzido nos domínios da transmissão das manifestações e da localização do HPV. Quanto à incidência e mortalidade por CCU em Portugal e relativamente à percentagem de presença de HPV no CCU, os conhecimentos são quase nulos. Manifestaram interesse por adquirir e aprofundar conhecimento, assinalando os profissionais de saúde e meios de comunicação social como centro de informação assim como a realização de workshops. Conclusões: Este estudo permitiu identificar algumas lacunas dos conhecimentos sociais que podem ser colmatados com educação para a saúde. Os meios de comunicação social, enquanto principal fonte de informação sugerida pelos inquiridos a par dos profissionais de saúde podem e devem ser o veículo mais utilizado como transmissão de conhecimentos. É fundamental perceber a realidade para que se possa adequar as medidas de rastreio e de promoção de saúde, no que diz respeito à atividade sexual e comportamentos de risco, com vista a evitar a propagação do vírus e, consequentemente, o desenvolvimento da neoplasia. Palavras-chave: Conhecimento dos jovens Universitários, Vírus do Papiloma Humano, Cancro do Colo do Útero.
- Influência do tipo de parto no aleitamento materno: Revisão sistemática da literaturaPublication . Fonseca, Francelina Maria Vilar; Coutinho, Emília CarvalhoEnquadramento: A amamentação desempenha um papel crucial na saúde, crescimento e desenvolvimento do bebé e traz benefícios também para a mãe. Objetivo: Avaliar a influência do tipo de parto no aleitamento materno. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura para identificar estudos relevantes a incluir que respondam aos critérios de inclusão previamente delineados. Fez-se pesquisa de estudos datados no friso temporal de 2014 a 2019, nos idiomas português, espanhol e inglês, recorrendo às seguintes plataformas eletrónicas de bases de dados: Pubmed, Clinical Queries | Clinical Study Categories | Etiology, Broad, EBSCOhost. O corpus da revisão ficou constituído por 12 artigos. Resultados: Ficou demonstrado que o início da amamentação é significativamente diferente tendo em conta o tipo de parto. A cesariana e o parto por fórceps associado a trabalhos de parto longos e a admissão de recém-nascidos em unidades neonatais influenciam negativamente o sucesso da amamentação. As mulheres com um parto vaginal prévio à cesariana têm aumentada a probabilidade de iniciar precocemente a amamentação. Há uma associação entre o tipo de parto, a administração de ocitocina e a cessação do aleitamento materno. As mulheres cujo parto foi uma cesariana emergente ou eletiva são as que revelam maior risco de cessação do aleitamento materno exclusivo. A admissão por rotina, em unidades neonatais, bem como o afastamento das suas mães de recémnascidos saudáveis nascidos por cesariana são promotores do aleitamento artificial. A dor do pósparto por cesariana é inibidora da capacidade materna para cuidar e amamentar recém-nascido. As mulheres que estimulam precocemente a lactação revelaram-se mais motivadas para amamentação. A ausência de informação e apoio sobre o aleitamento materno assumem-se também como preditores de um início tardio do aleitamento materno. A Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés é um elemento protetor no que concerne ao início precoce do aleitamento. As taxas de amamentação são influenciadas também pela duração do contacto pele-a-pele. Conclusão: Os resultados configuram-se como um contributo para proporcionar práticas e cuidados de enfermagem diferenciados e especializados no âmbito do aleitamento, tendo como objetivo a otimização das taxas nacionais de prevalência do aleitamento materno. O Enfermeiro Especialista de Saúde Materna e Obstetrícia deve considerar e explorar a maneira pela qual as mulheres que tiveram um parto por cesariana podem ser mais apoiadas para promoção do aleitamento materno precoce.
- Perceção dos enfermeiros obstetras sobre violência obstétricaPublication . Bernardo, Gisela Teixeira de Barros Tavares Ferreira; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEste relatório descreve o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º CMESMO e 11º CPLEESMO, realizado no Centro Hospitalar Tondela Viseu E.P.E e na Unidade de Saúde Familiar Infante D. Henrique de 1 de março de 2021 a 28 de janeiro de 2022. Trata-se de uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do titulo de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher/família durante o ciclo gravídico-puerperal: sala de partos, puerpério, patologia da gravidez, ginecologia e neonatologia. Aqui, foram desenvolvidas atividades que permitiram adquirir e desenvolver competências especificas na prestação de cuidados à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. O presente relatório, descreve as experiências vividas, as competências desenvolvidas, durante o estágio, assim como, as intervenções realizadas e seu confronto com a melhor evidência cientifica. Foi ainda realizada uma análise critica e reflexiva que possibilitou o crescimento como futuro EEESMO. De salientar o contexto pandémico por Covid-19 vivido que condicionou, em parte, as práticas especializadas. No âmbito da Unidade Curricular, Estágio com Relatório Final, desenvolvemos uma investigação, com o tema Perceção dos enfermeiros obstetras sobre violência obstétrica, pois existem relatórios oficiais que reconhecem a presença desta realidade nas instituições de saúde portuguesas. Em 2014 a OMS definiu as práticas que constituem desrespeito à mulher e que dão visibilidade à violência obstétrica e a sua politica dos cuidados tem-se focado na humanização. São os enfermeiros obstetras que cuidam a mulher durante o trabalho de parto e parto, daí, ser importante perceber as suas perceções relativamente a esta realidade São objetivos deste estudo, traduzir e validar a escala PercOV-S, identificar a perceção dos enfermeiros obstetras relativa à violência obstétrica e analisar a relação entre a perceção dos Enfermeiros Obstetras sobre violência obstétrica e as variáveis de contexto sociodemográfico, formativo e profissional. Metodologia: Estudo, de natureza quantitativa, descritivo correlacional, analítico, de foco retrospetivo. A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 172 EEESMOS (Média de idade de 42 anos). O instrumento de colheita de dados foi o questionário que permitiu caracterizar a amostra nos aspetos sociodemográficos, profissionais e formativos. Foi ainda incluída a escala PercOV-S (Mena-Tudela et al., 2020) Resultados: a idade, o respeito pelas expetativas do casal durante o atendimento, o reconhecimento de ter presenciado violência obstétrica, a formação sobre violência obstétrica e a pertinência dessa formação são as variáveis que influenciam a perceção sobre violência obstétrica nos enfermeiros obstetras. Conclusão: podemos referir a importância da sensibilização para práticas onde a violência obstétrica se encontra presente, nos cuidados prestados por EEESMOS, uma vez que a eliminação da violência obstétrica melhora os cuidados especializados prestados em todas as áreas do cuidado à mulher, do ciclo gravídico-puerperal passando pelas situações de aborto. Palavras-chave: Saúde Materna; Enfermagem Obstétrica, Enfermeiro Obstetra, Violência Obstétrica.