Browsing by Author "Freitas, Andreia"
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- Práticas discursivas de jornalistas portugueses em tempo de COVID-19Publication . Freitas, Andreia; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana“Quero acreditar que estaremos fortes para esta luta que vai piorar antes de melhorar.” Estas foram as primeiras palavras de Rodrigo Guedes de Carvalho ao encerrar o telejornal da SIC, a 13 de março de 2020. A agenda dos media firmou-se nos boletins diários das entidades de saúde, em Portugal e no mundo, e nas alterações sociais daí decorrentes. As notícias de outros temas escassearam e o jornalismo centrou-se, por um lado, na comunicação da informação sobre a pandemia; por outro, democratizou a sua função de serviço para o público, ao mesmo tempo que redirecionou a função crítica para a função pedagógica. O jornalista passou também a partilhar os impactos da pandemia na sua própria vida, identi!cando-se como um cidadão, representando em si a realidade de muitos portugueses. Jornalistas de vários telejornais apresentam discursos pautados pela emoção e apontamentos de moralidade, orientando a população para comportamentos sem risco associado para o travar do vírus, tanto no cenário português como no cenário internacional. Parece-nos importante analisar este fenómeno atendendo aos discursos sobre a pandemia COVID-19 nos telejornais portugueses, bem como os seus efeitos na sociedade e no jornalismo, objetivado nos seguintes pontos: a) Que discursos de jornalistas, em território nacional, sobre a pandemia se tornaram notícia; b) Qual o impacto destes fenómenos televisivos para a consciência de pandemia; e c) Qual a perceção do cidadão sobre estas práticas discursivas. Foi aplicado um inquérito por questionário à população portuguesa. Concluiu-se que a disseminação destes discursos é coincidente com o efeito perlocutório pretendido de “!car em casa”. As mesmas práticas discursivas permitiram que o jornalista se distancie da sua função e se assuma como cidadão. Este exercício em direto nos telejornais provocou uma sensação de con!ança e aumentou a perceção acerca da importância pedagógica e democrática do jornalista neste cenário de pandemia.
- Re[a]presentações do jornalismo de investigação na voz dos profissionais de comunicaçãoPublication . Freitas, Andreia; Silva, Ana Isabel; Amante, SusanaO profissional de jornalismo e a atividade de jornalismo ancora-se na leitura do mundo e na descrição do mesmo com o propósito de o mudar. Ler o mundo pressupõe implicar-se nos acontecimentos como observador, mas também como investigador que decide o que está na agenda, como também o que está para além da agenda e que carece de escrutínio e aprofundamento. Nas múltiplas funções e decisões do jornalista, em tempo útil, questionámo-nos que fronteiras existem entre o jornalismo quotidiano que responde às exigências e desafios da comunicação social, da sociedade de massas e da informação imediata e o jornalismo que seleciona e trabalha situações ambíguas, dedicando-se à sua investigação depurada e cirúrgica. Neste trabalho, centramo-nos no estudo do jornalismo de investigação, enquanto prática identificada como especializada, por um lado; por outro, como um espaço democrático ao contribuir para a divulgação, denúncia de situações insólitas e que prejudicam o cidadão comum. Decorrente da natureza das situações investigadas, são diferentes as repercussões no tecido social, económico, político e judicial. Porém, a sua revelação é promotora de mudança também pelo exercício de liberdade em Portugal. Neste trabalho, centramo-nos no período que decorre entre o ano 2000 e o de 2017. Neste artigo, propomos caracterizar o perfil do jornalista de investigação em território nacional, contribuindo para a sua (re)definição. Partindo da análise de entrevistas a profissionais do jornalismo de um jornal diário português, procuramos: a) descrever representações do jornalismo de investigação nacional, na voz dos profissionais que o praticam; b) conhecer as práticas de jornalismo de investigação em Portugal no século XXI. Discutiremos as respostas a estes objetivos, partindo da perspetiva de profissionais desta área face ao espaço do jornalismo de investigação em Portugal, escrutinando uma linha cronológica de casos investigados e desvelados a partir do pós 25 de abril. Para a sua compreensão à luz do que foi o jornalismo de investigação antes e depois do século XXI, recolhemos, para este trabalho, o depoimento de dois jornalistas responsáveis por revelarem dois casos memoráveis: Aurélio Cunha, com a investigação do caso Sangue Contaminado, e Alexandre Panda, ao investigar um caso de corrupção em Felgueiras, de maio do presente ano. Tal pressupõe refletir sobre as funções dos profissionais do jornalismo de investigação, como forma de desenhar o perfil do jornalista de investigação, bem como de identificar os desafios que a atualidade lhe impõe. Como principais resultados do nosso trabalho, salientamos: a) as representações de jornalistas sobre o jornalismo de investigação revelam-se diversificadas no que diz respeito às suas funções e perfil, e às condições em que investigam; b) as práticas de jornalismo de investigação, em Portugal, são reconhecidas como de grande qualidade e diferem das demais funções do jornalista, ancorando-se em três dimensões: a obtenção de informação, a precisão no tratamento da mesma e a veracidade e confirmação da informação; c) as práticas de jornalismo de investigação, em Portugal, assumem características diferentes daquelas que ocorriam em período anterior ao século XXI, face a constrangimentos económicos e à ditadura do tempo (imediato) disponível para a investigação.Tais conclusões induzem a uma reflexão profunda sobre a prática de jornalismo de investigação e sobre o tempo de investimento, com repercussões para o espaço democrático português.
- RE[A]PRESENTAÇÕES DO JORNALISMO DE INVESTIGAÇÃO NA VOZ DOS PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃOPublication . Freitas, Andreia; Silva, Ana Isabel; Amante, SusanaNas múltiplas funções e decisões do jornalista, questionámo-nos sobre as fronteiras entre o jornalismo quotidiano, que responde às exigências e desafios da comunicação social, da sociedade de massas e da informação imediata, e o jornalismo que seleciona e trabalha situações ambíguas, dedicando-se à investigação depurada e cirúrgica. Neste artigo, propomos caracterizar o perfil do jornalista de investigação em território nacional, contribuindo para a sua (re)definição. Partindo da análise de entrevistas a profissionais de um jornal diário português, procuramos: a) descrever representações do jornalismo de investigação nacional, na voz de profissionais que o praticam; b) conhecer as práticas de jornalismo de investigação em Portugal no séc. XXI. Discutiremos as respostas destes profissionais, escrutinando uma linha cronológica de casos investigados e desvelados a partir do pós 25 de abril. Para a sua compreensão à luz do que foi o jornalismo de investigação antes e depois do século. XXI, procedemos à análise de dois casos memoráveis: Aurélio Cunha, com a investigação de Sangue Contaminado, e Alexandre Panda, ao investigar um caso de corrupção em Felgueiras.
- Representatividade do movimento americano #MeToo nos media online portuguesesPublication . Amante, Susana; Freitas, Andreia; Silva, Ana IsabelOs abusos sexuais são um problema transversal que afeta diferentes sociedades. Outubro de 2017 assumiu-se como um período de viragem, devido ao aparecimento do movimento #MeToo. Neste artigo, propomo-nos analisar os conteúdos publicados por três jornais online portugueses para responder a: 1) qual a representatividade do movimento na imprensa online portuguesa? Foi feito o levantamento do conteúdo das notícias, a fim de aferir: 2) a diferença ou semelhança entre conteúdos publicados pelos jornais online em análise. Do estudo feito, conclui-se que há maior proliferação de informação nos media nacionais de notícias relacionadas com o impacto do movimento no panorama internacional e pouca representatividade do movimento em casos portugueses.