Browsing by Author "Silva, Ernestina Batoca"
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- Conhecimento dos Enfermeiros sobre a Suspeita e Deteção de Maus‐Tratos na CriançaPublication . Silva, Daniel; Afonso, Vera Lúcia Filipe; Silva, Ernestina BatocaResumo Enquadramento: Os maus-tratos à criança e ao jovem são um problema muito frequente nos nossos dias e envolvem, para além da agressão física, a negligência, a agressão psicológica ou o abuso sexual. Em Portugal, a partir de 1980, começou a dar-se especial atenção a este tema, através de uma abordagem multidisciplinar, em que o enfermeiro dos cuidados de saúde primários tem um papel importante na promoção e proteção, mas também na deteção precoce e encaminhamento das crianças. Objetivos: Identificar os conhecimentos dos enfermeiros de cuidados de saúde primários sobre os sinais e sintomas de suspeita de maus-tratos na criança; determinar a influência das variáveis sociodemográficas e profissionais nos conhecimentos dos enfermeiros sobre essa matéria; verificar a influência da experiência de atendimento de crianças vítimas de maus-tratos nos conhecimentos sobre os sinais e sintomas de suspeita de maus-tratos na criança. Metodologia: Estudo quantitativo, exploratório e descritivo, com utilização de um questionário, que teve por base o Guia Prático de Abordagem, Diagnóstico e Intervenção de Maus-tratos Infantis da Direção Geral de Saúde (2011). A amostra foi constituída por 61 enfermeiros do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Vouga. O questionário foi aplicado em março e abril de 2013. Resultados: Verificámos que a maioria não tinha formação específica na área de maus-tratos (88,5%) e 93,3% referiram sentir necessidade dessa formação. A maioria referiu ter facilidade em detetar e comunicar casos de abandono (66,7%), negligência (63,3%) e maus-tratos físicos (59,0%), mas, por outro lado, referiram ter pouca capacidade para detetar situações de maus-tratos psicológicos/emocionais (45,9%) e de abusos sexuais (41%). Os enfermeiros que fizeram formação específica em maus-tratos infantis apresentaram um melhor nível de conhecimentos sobre a deteção e encaminhamento destas situações (p=0,036). De igual modo, os enfermeiros que tiveram experiência de atendimento de crianças vítimas de maus-tratos também apresentaram melhores conhecimentos (p=0,003). Conclusão: Embora os enfermeiros de cuidados de saúde primários se sintam capazes de encaminhar situações de maus-tratos infantis, referem sentir falta de formação na área dos maus-tratos e também na comunicação/relacionamentos interpessoais, sobretudo na forma de abordagem destes problemas com a criança/família. Sugerimos um maior investimento na formação destes profissionais na área dos maus-tratos infantis.
- Memórias e histórias intergeracionais sobre a amamentação : contributos dos enfermeiros.Publication . Silva, Ernestina Batoca; Ferreira, Cláudia; Rodrigues, Cláudia Filipa; Galvão, Dulce
- Projeto : promoção da amamentação em crechesPublication . Galvão, Dulce Garcia; Silva, Ernestina Batoca; Apóstolo, Jorge Amado; Ferreira, Mónica Patrícia; Alves, Océane RoseExistem ―Hospitais Amigos do bebé‖, ―Centros de Saúde Amigos da Amamentação‖ e ―Farmácias Amigas do Aleitamento Materno‖ exige-se a criação de ―Creches Amigas da Amamentação‖ que requerem condições estruturais e rotinas de acolhimento. Pretende-se desenvolver um projecto de implementação de creches promotoras da amamentação que decorrerá durante 24 meses, em três fases– Diagnóstico/Implementação/Avaliação, após aprovação da Comissão de Ética da UICISA:E. No Diagnóstico faz-se identificação de Creches públicas/privadas de Coimbra e Viseu, reconhecimento de práticas de administração/armazenamento do leite materno e condições estruturais e rotinas de acolhimento. Na Implementação selecção de Creches de Coimbra e Viseu para intervir, formação dos profissionais, ajuste das condições das Creches às condições estruturais de Creches promotoras da amamentação, reconhecimento das práticas de amamentação das mães e sua formação. Termina-se com avaliação e divulgação dos resultados da intervenção.
- Reflexão Ética sobre Cuidados Paliativos em Neonatologia a Partir do Livro Um Filho para a EternidadePublication . Silva, Ernestina Batoca; Silva, DanielResumo O livro Um Filho para a Eternidade, de Isabelle de Mézerac, é uma história real de uma mãe que, com coragem, decide prosseguir com a gravidez de um filho portador de uma malformação grave, após lhe ter sido proposta a interrupção da gravidez. Aceitando ver desfeito no seu coração o mito de bebé perfeito, os pais deram ao filho, antes de partir, o seu próprio tempo para viver, bem como para sentir o amor que por ele tinham. Desta forma, não sentem remorsos nem culpabilidade, pois não anteciparam deliberadamente a vida do pequeno filho. Uma experiência aparentemente parodoxal onde o sentido da vida, do amor e da verdade se aliam para fazer resplandecer os laços fraternos e a exigência da humanidade perante a morte. O livro retrata igualmente a conduta dos profissionais de saúde no processo de transmissão de más notícias, onde, numa primeira fase, não valorizam a compaixão nem promovem a autonomia na decisão, contrastando, posteriormente, com manifestações de apoio, serenidade e zelo incondicional durante a vigilância da gravidez, no parto e no nascimento de um bebé que morre poucos minutos depois do nascimento. Reportamos de grande importância refletir sobre a vivência deste casal, pois que nos leva a pensar a ética e o respeito pela dignidade da criança que ainda não nasceu, bem como a considerar a vulnerabilidade de um casal nesta situação. Esta experiência constitui uma lição para os profissionais de saúde, no sentido de estes proporcionarem às mães, confrontadas com diagnósticos semelhantes, uma decisão informada, livre e esclarecida que vá ao encontro da sua vontade, consciência e valores morais. Deve incentivar-se nos pais uma visão mais global do seu filho, valorizando, desde o início da gravidez, a sua existência como uma pessoa. No diagnóstico pré-natal, a imagem da ecografia permite à mãe, não só ter uma foto de seu filho com antecedência, mas também torna possível reintroduzir o sentido da sua humanidade para além de uma possível deficiência. Em casos como este, consideramos importante a introdução dos cuidados paliativos na maternidade e no acompanhamento da gravidez e do luto por essas crianças. Um modelo inovador e compassivo de cuidar da família a partir do momento do diagnóstico, antes, durante e depois do nascimento.