ESSV - UEMC - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESSV - UEMC - Relatórios finais (após aprovados pelo júri) by Issue Date
Now showing 1 - 10 of 65
Results Per Page
Sort Options
- Qualidade de vida do idoso institucionalizado em lar na cidade de Castelo BrancoPublication . Antunes, João Manuel Fernandes; Duarte, João CarvalhoIntrodução: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial decorrente de mudanças expressivas, essencialmente nas taxas de fertilidade e de mortalidade. Esta condição levou à necessidade crescente na procura por estabelecimentos residenciais para idosos no sentido de assegurar a manutenção dos cuidados diários que não podem ser supridos no seio familiar. A Qualidade destas instituições e dos cuidados praticados aos seus residentes tornou-se objeto de investigação de elevado relevo. Objetivos: Identificar em que medida a realidade sociodemográfica e socio-espacial, o estado de independência, afetivo e familiar influenciam a Qualidade de Vida dos idosos institucionalizados na Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional, transversal, do tipo não experimental, realizado com uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 138 idosos institucionalizados numa misericórdia do interior do país com idades compreendidas entre os 65 e os 98 anos (𝑥̅₌ 86,55 anos), sendo 65,22% do sexo feminino e 34,78% de sexo masculino. Na recolha de dados foi usado um questionário (adhoc) composto por questões de caracterização sociodemográfica e pelas escalas de avaliação do estado afetivo, de independência, da funcionalidade familiar e da qualidade de vida. Resultados: Os idosos apresentam valores médios de qualidade de vida (157,67±22,2 pontos, num possível máximo de 216 pontos). Os domínios melhor avaliados foram o bem-estar espiritual, a dignidade e a segurança, e os que obtiveram scores mais baixos, as atividades significativas, a individualidade, e o conforto. A maioria dos idosos é feliz a viver na Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco (78,3%). Os idosos com dependência moderada são os mais representativos (38,4%), seguindo-se os independentes (29,7%). No estado afetivo, 52,2% dos idosos não apresentam depressão. As famílias funcionais representam 64,5% enquanto as disfuncionais 35,5% dos idosos institucionalizados. O sexo, a idade, o estado civil, as habilitações literárias e o tempo de institucionalização não demonstraram influenciar a qualidade de vida do idoso. A razão da institucionalização, o lar da instituição bem como o tipo de quarto demonstraram influenciar a qualidade de vida. A felicidade do idoso ao viver na instituição demonstrou ter uma influência positiva. Níveis mais elevados de dependência, presença de depressão e existência de uma família disfuncional evidenciaram índices de qualidade de vida mais baixos nos idosos institucionalizados. Conclusão: Com vista ao processo de melhoria contínia identificamos fatores que influenciam a Qualidade de Vida dos idosos institucionalizados o que nos permite encetar intervenções que visem a prevenção ou manutenção de um máximo de qualidade na vivência dos utentes em lares de idosos. Palavras-chave: Envelhecimento; Qualidade de Vida; Idoso; Casas de Saúde.
- Fatores influenciadores da ansiedade, depressão e stress do cuidador informal da pessoa dependentePublication . Silva, Marta Susana Martins da; Duarte, João Carvalho; Rua, Marília dos SantosIntrodução: O cuidador informal da pessoa com dependência física e/ou declínio cognitivo experiencia, em muitos casos, ansiedade, depressão e/ou stress. Torna-se importante conhecer os fatores que influenciam os estados de ansiedade, depressão e stress para os poder prevenir ou mitigar. Objetivo: Determinar fatores preditores da ansiedade, depressão e stress do cuidador informal da pessoa dependente. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo/correlacional e transversal, com amostra do tipo não probabilística, por redes, de 85 cuidadores informais. Foi utilizado um questionário de avaliação das características sociodemográficas do cuidador e da pessoa dependente e das características contextuais da prestação de cuidados, para além da Escala de Resiliência para Adultos, a Escala de sobrecarga do cuidador, o Índice de Esforço do Cuidador, a Escala de Ansiedade, Depressão e Stress, o Questionário de Apoio Social Funcional, o Índice de Barthel e o Informant Questionnaire on Cognitive Decline in the Elderly. Resultados: Os participantes têm uma idade média de 51.97 anos, com um desvio padrão de 15.02. São maioritariamente do sexo feminino, casados ou vivem em união de facto e com escolaridade até ao terceiro ciclo. Após análise multivariada determinámos que a relação interpessoal, enquanto dimensão de sobrecarga, é preditor de ansiedade, depressão e stress. A perceção de autoeficácia (dimensão de sobrecarga) e pertencer a família nuclear são preditores de ansiedade e depressão. A dimensão de sobrecarga, expectativas face ao cuidar é preditor de depressão e stress. As dimensões de resiliência, competências sociais e coesão familiar, o apoio social funcional e o estado cognitivo da pessoa dependente são preditores de ansiedade. Por outro lado, recursos sociais (dimensão de resiliência) e idade da pessoa dependente são preditores de depressão. Planeamento do futuro (dimensão de resiliência), impacto da prestação de cuidados (dimensão de sobrecarga), sexo do cuidador, prestar 5 ou menos horas diárias de cuidados e capacidade funcional, declínio cognitivo e sexo da pessoa dependente são preditores de stress. Conclusão: Os resultados apontam para a importância de algumas variáveis como determinantes da ansiedade, depressão e/ou stress do cuidador informal. Dado que alterações adversas no cuidador podem ter repercussões na pessoa dependente, é de extrema importância conhecer os fatores de risco para se poder intervir no sentido da prevenção e promoção da saúde mental dos cuidadores informais, cuidando também de quem cuida. Palavras-chave: Ansiedade, Depressão, Stress, Cuidador informal, Sobrecarga.
- Capacitação do cuidador familiar para cuidar a pessoa com ostomia intestinal : um programa de intervençãoPublication . Morais, Patrícia Pereira; Duarte, João Carvalho; Rua, Marília dos SantosA confrontação com a necessidade de assumir, subitamente, o papel de cuidador pode ser difícil de gerir. Enquadram-se aqui os familiares da pessoa submetida a ostomia intestinal (OI) que são chamados a assumir o papel de cuidador e para o qual nem sempre é dado o tempo e a informação necessários à apropriação desse papel, pelos profissionais de saúde. Pretendemos com este estudo avaliar o impacto de um programa de capacitação do cuidador familiar da pessoa com OI e compreender a importância desse programa como apoio no processo de transição para o papel de cuidador e para o desempenho das atividades inerentes ao mesmo. Assim, realizamos um estudo baseado na investigação-ação, com utilização de uma metodologia mista, no qual foi aplicado um questionário em duas fases distintas por forma a avaliar os conhecimentos/competências antes e após o processo de ensino-aprendizagem a um grupo de cuidadores da pessoa sujeita a OI e que participaram no programa “Promoção do Autocuidado da Pessoa com Ostomia”, realizado no serviço de Cirurgia Geral, do Centro Hospitalar Baixo Vouga (CHBV) – Aveiro. Seguiu-se uma terceira fase onde foram realizadas entrevistas follow up aos cuidadores que aceitaram, cerca de um mês após a alta hospitalar da pessoa sujeita à OI, de modo a se compreender melhor a realidade narrada. No nosso estudo verificamos que maioritariamente os cuidadores são familiares (90.5%), mulheres (80.95%), com idade média 50.24 anos. Pelas narrativas dos cuidadores familiares, compreendemos que o exercício do papel de cuidador é exigente, complexo e difícil, com implicações nas dinâmicas familiar e social, surgindo momentos de tensão, sendo o apoio, tanto de familiares, como de profissionais de saúde, fundamental para minimizar a sobrecarga emocional e física e promover a confiança e a segurança, por forma a prestarem mais e melhores cuidados à pessoa cuidada. O programa de intervenção foi considerado como uma estratégia eficaz neste processo de preparação e adaptação ao papel de cuidador, dando um suporte psicoeducacional, contudo apresentou algumas limitações como o tempo ser insuficiente e a informação ser insuficiente sobre a diversidade de dispositivos médicos utilizados no cuidado à OI. O enfermeiro foi reconhecido como o profissional que, pelas suas competências mais apoiou neste processo de transição. Palavras-chave: Cuidador familiar, Transição, Cuidado, Ostomia intestinal, Programa de Intervenção.
- Triagem de Manchester : satisfação dos enfermeirosPublication . Salgueiro, Ana Catarina Vieira; Ribeiro, Olivério de Paiva; Duarte, João CarvalhoIntrodução: Os serviços de urgência (SU) são complexos em termos de cuidados de saúde prestados e têm uma grande afluência de casos efetivamente graves e de casos de menor gravidade, ou sem qualquer gravidade, que decorrem de dificuldades do utente em aceder aos cuidados de saúde primários ou da sua perceção de que o atendimento num SU hospitalar é mais eficiente. Para hierarquizar a necessidade efetiva de cuidados céleres, os utentes são priorizados em função da gravidade da sua situação clínica. Existem vários sistemas de triagem (ST) devidamente validados. Em Portugal foi adotado o Sistema de Triagem de Manchester (STM). As prioridades estabelecidas por este sistema e os tempos de espera recomendados são: emergente (imediato - 0 min), muito urgente (10 min), urgente (60 min), pouco urgente (120 min) e não urgente (240 min). O enfermeiro é o profissional de saúde com quem o utente contacta em primeiro lugar num SU e é quem executa o procedimento de triagem. A sua perceção sobre o sistema é fundamental para compreender se há aspetos que possam vir a ser melhorados. Objetivos: Caracterizar a afluência aos SU do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), na perspetiva das características demográficas do utente (sexo e idade) e do motivo de procura; avaliar o nível de cumprimento dos tempos alvo recomendados para atendimento das diferentes prioridades; analisar a perceção e a satisfação de fiabilidade dos enfermeiros com a aplicação do STM. Metodologia: Estudo descritivo-correlacional e analítico, com abordagem quantitativa. Na primeira parte o estudo foi realizado com a informação extraída da base de dados do STM do CHTMAD correspondente aos atendimentos em 2017 (177.937 casos). Na segunda parte utilizou-se o inquérito de Satisfação acerca do STM elaborado pelo Grupo Português de Triagem (GPT) com os 113 enfermeiros dos SU do CHTMAD que anuíram em participar no estudo. Resultados: A afluência ao SU do CHTMAD foi de cerca de 180.000 casos. A distribuição dos utentes pelas diferentes unidades é determinada pela densidade populacional das regiões que cada um dos três hospitais abrange. As características demográficas dos utentes desse SU são o reflexo da estrutura demográfica da população, com um predomínio de mulheres (53,9%) e uma grande percentagem de idosos (33,9%). Verificou-se que o motivo de procura do SU é determinado na esmagadora maioria dos casos por doença (82,7%). No presente estudo observou-se que para todas as categorias de prioridade existe, na maioria das situações, um cumprimento dos tempos de espera previstos. Os 90 enfermeiros que fizeram o curso em STM estão globalmente satisfeitos com a formação. Os 113 enfermeiros que constituíram a amostra total mostraram-se globalmente satisfeitos com o STM, e têm nele uma grande confiança, revelada pela elevada fiabilidade manifestada, e pela perceção que têm de que é benéfico para o utente. Os aspetos relacionados com a estrutura do SU e com a perceção do utente sobre a triagem foram os que deixaram os enfermeiros mais insatisfeitos. Conclusão: O SU do CHTMAD tem uma afluência com uma estrutura demográfica que corresponde à da população em geral. O STM é um excelente instrumento sistemático, dinâmico e adaptável de trabalho num SU. Existem pequenas melhorias que podem ser feitas nos SU, nomeadamente ao nível da informação prestada aos utentes, na organização estrutural e melhoria dos circuitos dos utentes, por forma a otimizar a aplicação do STM e melhorar a qualidade dos serviços, quer na perspetiva dos utentes, quer na dos profissionais de saúde. Palavras-chave: Triagem; Manchester; Enfermeiros.
- Vivências de vítimas de violência domésticaPublication . Oliveira, José Pedro Pereira de; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A violência doméstica é uma problemática das sociedades atuais. Apresenta-se como o tipo de violência mais frequente, podendo adquirir diferentes nomenclaturas, e assumir-se como um fenómeno multifatorial, multidimensional, de largo espetro, com grande heterogeneidade e transversal a toda a sociedade. É um problema de saúde pública e as suas repercussões são inúmeras quer seja ao nível dos indivíduos, das estruturações de famílias e comportamentos transgeracionais, quer seja ainda a nível económico e social. Objetivos: Descrever as vivências, sentimentos e opiniões de vítimas de Violência Doméstica; Identificar as sequelas da violência (física, sexual, psicológica) nas mulheres vítimas de agressão. Método: Estudo qualitativo de cariz exploratório, realizado numa amostra por conveniência de 15 mulheres, vítimas de Violência Doméstica, com uma média de idades de 41 anos. Como instrumento de recolha de informação foi usado o guião de entrevista semiestruturada, que foram efetuadas após obtenção do consentimento informado, posteriormente transcritas na integra e feita análise do seu conteúdo. Os dados foram apresentados sob a forma de narrativa. Resultados: Os resultados resumiram-se à obtenção de 13 categorias agrupadas posteriormente em quatro grandes áreas temáticas: Olhar da mulher vítima de violência doméstica, as múltiplas dimensões da violência os filhos e a violência e o caminho percorrido. Conclusões: Os resultados deste estudo permitem conhecer na primeira pessoa a história de mulheres vítimas de violência, a expressão viva do seu sofrimento e da sua experiência com a violência vivida, e da baixa autoestima. Palavras-Chave: Violência doméstica; Vítima; Agressor; Apoio à Vítima; Crime público.
- Fatores associados à dor aguda pós-operatória em mulheres submetidas a cirurgia ginecológicaPublication . Rodrigues, Ana Isabel; Ribeiro, Olivério de PaivaIntrodução: A dor aguda pós-operatória é um problema previsível, cuja prevenção e controlo adequado podem evitar sofrimento desnecessário, economizar recursos em cuidados de saúde e melhorar a qualidade de vida das doentes após cirurgia ginecológica. O enfemeiro é um elemento de referência na abordagem da dor, devendo saber valorizar as diferentes dimensões que constituem este fenómeno. Objetivos: Identificar características da dor aguda pós-operatória (intensidade, severidade, interferência funcional da dor) em doentes submetidas a cirurgia ginecológica; Identificar e analisar a relação entre variáveis demográficas, clínicas e psicológicas relacionadas com a dor aguda pós-operatória em doentes submetidas a cirurgia ginecológica. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo descritivo-correlacional e transversal, com abordagem quantitativa. A amostra, não probabilística, foi de 76 mulheres submetidas a cirurgia ginecológica. Avaliou-se a relação existente entre a dor pós-operatória (Inventário Resumido da Dor - BPI) e variáveis demográficas, clínicas (prévias à cirurgia e relacionadas com a cirurgia) e psicológicas (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão - HADS e Escala de Desânimo Associada à Dor - PCS). Resultados: Uma proporção significativa de mulheres experienciou dor pósoperatória, estando esta, na generalidade dos casos, controlada. Não estar na menopausa, ter história de dor prévia, independentemente da localização, a existência de comorbilidades, abordagem cirúrgica não laparoscópica, e estados de depressão e catastrofização mostraramse relacionados com algumas características da dor pós-operatória, no sentido da intensidade, severidade e interferência funcional da dor ser mais significativa. Os procedimentos cirúrgicos que exigem estratégias de analgesia não convencional e analgesia de resgate estiveram associados a mais dor. Conclusão: As mulheres submetidas a cirurgia ginecológica têm a dor controlada. As estratégias de analgesia utilizadas parecem adequadas. É necessário que o enfermeiro valorize os fatores psicológicos que podem influenciar a dor, que atue junto das doentes para moderar os seus níveis de ansiedade, e que avalie a dor atuando em conformidade através do recurso às estratégias de que dispõe para o seu controlo, proporcionando-lhes um pós-operatório com o máximo bem-estar. Palavras-chave: dor, dor aguda pós-operatória, cirurgia ginecológica, BPI, enfermeiro.
- Prevalência das infeções associadas aos cuidados de saúde numa unidade de cuidados continuadosPublication . Figueiredo, Carla Manuela Ribeiro; Duarte, João CarvalhoIntrodução: As infeções associadas aos cuidados de saúde constituem um problema de saúde devido à elevada morbi-mortalidade e custos associados. As principais medidas de prevenção e controlo assentam no cumprimento das Precauções Básicas de Controlo de Infeção que são compostas por 10 itens que englobam: colocação de doentes, higiene das mãos, etiqueta respiratória, utilização de equipamento de proteção individual, descontaminação do equipamento clínico, controlo ambiental, manuseamento seguro da roupa, recolha segura de resíduos, práticas seguras na administração de injetáveis e exposição a agentes microbianos no local de trabalho. Objetivos: Com o primeiro estudo, objetiva-se conhecer o perfil sociodemográfico e clínico dos utentes de uma Unidade de Cuidados Continuados da zona centro do país, no espaço temporal de 2014-2017; Verificar qual a prevalência de infeções apresentadas pelos utentes de uma Unidade de Cuidados Continuados da zona centro do país desde 2014-2017. Com o estudo 2, procurou-se conhecer a perceção dos profissionais de saúde em torno das infeções associadas aos cuidados de saúde. Métodos: Triangulação metodológica que engloba um estudo de natureza quantitativa do tipo descritivo correlacional, analítico realizado numa amostra de 518 utentes da Unidade de Cuidados Continuados, cujos dados foram recolhidos a partir dos registos de enfermagem de cada utente, referentes ao período de janeiro de 2014 a dezembro de 2017, e outro de natureza qualitativa de características fenomenológicas realizado com uma amostra de 15 profissionais de saúde, sendo todos do género feminino. Resultados: Do estudo 1 verificou-se que o ano com registo de mais casos de infeções foi o de 2016, com 8 casos (61,5%) de infeções das vias respiratórias e 4 casos (30,8%) de infeções do trato urinário. No ano de 2015 há registo de 3 casos (42,9%) com infeções das vias respiratórias e 3 casos com infeções do trato urinário (42,9%). Os resultados obtidos no estudo 2 revelam que na categoria 1, referente à prevenção das IACS, a subcategoria mais referenciada foi a adoção de boas práticas (n=8). Na categoria 2, através da qual se procurou saber a razão apontada pelas profissionais de saúde acerca de porque ocorrem as IACS, a subcategoria mais referenciada foi o não cumprimento de boas práticas (n=13). Na categoria 3, relativa às principais medidas de controlo das IACS, as subcategorias mais mencionadas foram a higienização das mãos (n=13) e o uso de EPI’s (n=12). Na categoria 4, no âmbito do que representam as IACS na prática profissional, as subcategorias mais aludidas foram representar um perigo de apanhar doenças (utentes/funcionários) (n=5) e ter ou não boa qualidade na prestação de cuidados (n=3). Na categoria 5, que se refere ao momento em que as entrevistadas tiveram orientação sobre as medidas de prevenção das IACS, a maioria relatou a formação externa (n=11). Na categoria 6, que diz respeito à opinião das entrevistadas acerca do que devia ser mudado para estarem reunidas as condições para a prevenção das IACS, as subcategorias mais referenciadas foram a proposta de mais formação (n=5) e a não reutilização de sacos (transporte de roupa suja) (=5). Conclusão: Os resultados evidenciam o conhecimento dos profissionais de saúde sobre as IACS contribuirá para a adesão de boas práticas, o que requer uma tomada de consciência de todos os profissionais de saúde e também por parte dos órgãos de gestão, para que se implemente uma cultura de segurança do doente, sugerindo uma maior aposta na formação e sensibilização de todos os profissionais de saúde. Palavras-chave: Prevalência de infecções, Unidade de cuidados Continuados, Infeções associadas aos cuidados de saúde.
- Literacia em saúde em cuidados paliativos : influência das variáveis sociodemográficas e de satisfação da família com os cuidados prestadosPublication . Lima, Sílvia Rodrigues de; Ribeiro, Olivério de Paiva; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A satisfação das famílias com os cuidados prestados aos doentes é considerada um importante indicador da qualidade dos mesmos, onde o Enfermeiro assume uma posição de destaque. A literacia em saúde assume-se como uma preocupação crescente no caminho para a melhoria dos cuidados, na medida em que diferentes estudos têm demonstrado um nível inadequado de literacia na população portuguesa Objetivos: Avaliar o nível de Literacia em Saúde e o grau de satisfação com os cuidados prestados, dos familiares de doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos, identificando as variáveis sociodemográficas; analisar a relação existente entre as variáveis sociodemográficas e o grau de satisfação com os cuidados e o nível de Literacia em Saúde do familiar de referência do doente internado em UCP. Métodos: Estudo quantitativo descritivo-correlacional e explicativo com uma amostra não probabilística por conveniência de familiares dos doentes internados em Unidades de Cuidados Paliativos na região Centro de Portugal. Colheita de dados realizada com a aplicação de um questionário de dados sóciodemográficos; da Escala FAMCARE e do Questionário HLS-EU-PT, após autorização dos autores. Resultados: Os familiares que participaram no estudo são maioritariamente mulheres (67,7%),assumem-se como cuidadores principais (73.8%); com idades ≤ 64 anos (84.6%); o grau de parentesco é Filho/a (41.7%); vivem com companheiro (64.6%) e com os filhos (56.3%); possuem o ensino básico; sem experiência anterior em CP (90.6%); residem em meio urbano (54.2%), exercem profissão (61.5%) e não têm experiência na área da saúde (87.5%). Os familiares apresentam maior índice de Literacia na Prevenção da Doença (M=31.06 ±9.59) e menor na Promoção da Saúde (M=26.57 ±10.69). Em todas as dimensões, os níveis de Literacia distribuem-se entre o Inadequado e Problemático. Os familiares do sexo feminino; com idade ≥65 anos; que coabitam, com o ensino Básico; sem atividade profissional ativa e sem profissões relacionadas com a saúde apresentam um menor nível de Literacia em Saúde. Tiveram impacto, na Literacia em Saúde Geral e de Promoção da Saúde casais sem filhos; com estatuto de esposo/a; a cohabitar com o doente, como cuidador principal e residir em meio rural. Os familiares encontram-se satisfeitos com os cuidados (X=40.50 ±13.72). Estão mais satisfeitos com a Informação dada e Cuidados Físicos e menos satisfeitos nos Cuidados Psicossociais. As variáveis: papel cuidador principal, escolaridade básica, familiares com profissão não relacionada com a saúde influenciam positivamente esta avaliação. O agregado familiar monoparental teve impato positivo na dimensão disponibilidade de cuidados. Conclusões: Existe ainda um longo caminho a percorrer no sentido de melhorar a satisfação pelos cuidados e o nível de Literacia em Saúde destes familiares, pois os resultados revelaram baixos e preocupantes índices de Literacia em Saúde. Estas variáveis devem ser respeitadas quando planeados os Cuidados Paliativos diferenciados ao doente e sua família por toda a equipa, que deve estar empenhada na melhoria contínua e no seu empoderamento. Palavras-Chave: Cuidados Paliativos, Família, Alfabetização em Saúde, Satisfação
- Gestão no bloco operatório : metodologia LeanPublication . Fernandes, Patrícia Rocha Maravilha; Dias, António MadureiraEnquadramento: A procura permanente de mais qualidade dos cuidados de saúde no Bloco Operatório implica uma maior aposta na sua gestão, com recurso à metodologia Lean. Objetivos: identificar as variáveis sociodemográficas e socioprofissionais que interferem na perceção dos enfermeiros sobre a gestão do Bloco Operatório; averiguar a perceção dos enfermeiros sobre os benefícios da filosofia Lean no Bloco Operatório. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 40 enfermeiros a exercerem funções num bloco operatório de um Hospital da zona Norte de Portugal, maioritariamente do género feminino (80,0%), com uma idade média de 44,88 anos (±9,86 anos). Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e socioprofissional, uma escala que permite avaliar a perceção dos enfermeiros acerca da gestão no Bloco Operatório, adaptada de Pereira (2014); escala de likert de 5 pontos de autoria de Nascimento (2014), que avalia a perceção sobre a gestão do Bloco Operatório e uma escala, elaborada ad hoc, de acordo com os pressupostos teóricos de Luz (2013), que recolhe informação sobre a opinião dos participantes acerca dos benefícios da filosofia Lean no Bloco Operatório. Resultados: Os fatores com maior impacto na gestão do bloco operatório foram, em termos de prioridade, a qualidade técnica dos profissionais responsáveis pelo tratamento cirúrgico (M=3,820,94), o tempo de espera pela preparação da sala (M=3,660,87), o tempo de espera pelos equipamentos/material cirúrgico (M=3,520,86), a cooperação e entreajuda dos profissionais no bloco operatório (M=3,440,64) e o número de cirurgias realizadas/dia (M=3,350,68). No que concerne aos benefícios da filosofia lean no bloco operatório, em todas as suas dimensões há um nível de concordância elevado, destacando-se o aumento do valor para o doente, melhoria da satisfação do doente e melhoria da qualidade e segurança do doente, onde se obteve um total de concordância (100,0%). O sexo interfere nos fatores que podem interferir na gestão do bloco operatório (tempos de espera pelos profissionais no bloco operatório p=0,025; qualidade técnica dos profissionais responsáveis pelo tratamento cirúrgico p=0,007). Em relação ao tempo de exercício no bloco operatório, registou-se a existência de diferença estatisticamente significativa nas ações de melhoria contínua (Rho=-0,380; p=0,022), onde se estabelece uma correlação negativa entre as duas variáveis, sugerindo que quanto menos tempo de exercício no bloco operatório, maior é a concordância dos enfermeiros em relação às ações de melhoria contínua. O tipo de horário teve influência estatisticamente significativa na perceção que os enfermeiros têm acerca do acesso a recursos necessários para a cirurgia (p=0,042) e a variável acumular de funções noutro local exerce influência estatisticamente significativa no acesso a recursos necessários para a cirurgia (p=0,003). Conclusão: Os resultados apurados sugerem que os enfermeiros devem ter na aplicação da metodologia lean no bloco operatório resultados bem-sucedidos, onde o valor agregado e a remoção de resíduos dos processos e do fluxo de trabalho contribuem para uma melhor gestão do mesmo e, consequentemente, para uma melhor assistência ao doente, foco da prática profissional.
- Abandono dos clientes admitidos no serviço de urgênciaPublication . Matos, Paula Bernardete Ramos de; Cunha, MadalenaEnquadramento: As taxas de abandono do serviço de urgência constituem, na atualidade, um indicador clínico de qualidade, pelo que o seu estudo se assume como pertinente. Objetivo: Avaliar o perfil dos clientes que abandonam o serviço de urgência. Metodologia: Estudo de análise quantitativa e de coorte retrospetivo, com uma amostra de 2599 clientes que abandonaram o Serviço de Urgência de um Hospital central da zona centro de Portugal, em 2018. O estudo insere-se no Projeto de investigação “Evidências para Não arriscar Vidas: do pré hospitalar ao serviço de urgência e à alta”, desenvolvido em parceria entre a Escola Superior de Saúde de Viseu e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, autorizado pelo Conselho de Administração e com parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição selecionada como participante. Os dados foram recolhidos com base na informação administrativa, com registo numa grelha de recolha de dados. Resultados: Tendo em conta a totalidade da população que acorreu ao serviço de urgência geral em 2018, num total de 85596 clientes, constatou-se uma taxa de abandono do serviço de urgência de cerca de 3,04% (n=2599 em n=85596), sendo 3,20% do género masculino (n=1315 em n=41052) e 2,88% do género feminino (n=1284 em n=44544). O estudo patenteia que o perfil dos clientes que abandonaram o Serviço de Urgência tem como características ser 50,60% mulheres e 49,40% homens, possuir uma média de idades de 48,21 anos, com um predomínio dos pertencentes à faixa etária dos 36-65 anos (46,4%). O distrito de pertença é maioritariamente o de Viseu (91,2%), com 80,2% a pertencem ao Sistema Nacional de Saúde. A origem da maioria dos clientes foi o exterior (72,9%), tendo sido 39,6% classificados com a prioridade clínica de urgente (amarela) e 37,9% com prioridade pouco urgente (verde); 78,7% dos clientes foram avaliados pela triagem médica. A idade, o género e a origem do episódio de admissão no Serviço de Urgência são variáveis sociodemográficas com interferência estatisticamente significativa no tempo entre a triagem e o abandono do Serviço de Urgência, o tempo decorrido entre a primeira observação médica e o abandono do Serviço de Urgência. O mês e o dia de admissão no Serviço de Urgência revelaram-se como variáveis de contexto com relevância estatística no abandono do serviço de urgência por parte dos clientes nele admitidos. Registou-se também influência das variáveis clínicas no abandono do Serviço de Urgência, nomeadamente a prioridade clínica e a especialidade de primeira avaliação. Conclusão: Percentagem ligeiramente superior de clientes do género feminino, tendo a maioria 36- 65 anos de idade, representatividade dos oriundos do exterior, pertencentes ao Distrito de Viseu, afetos ao Sistema Nacional de Saúde, com classificação de prioridade clínica de urgente e avaliados pela triagem médica. Palavras-chave: Pessoa; Serviço de urgência; Abandono; Alta contra o parecer médico; Perfil.