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- Adesão à terapêutica na pessoa diabética tipo 2 : influência das variáveis sociodemográficas, clínicas e motivacionaisPublication . Abrantes, Luís Carlos Boto; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Portugal regista uma prevalência de 12,90 % para a diabetes mellitus tipo 2. A prevalência da diabetes mellitus tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais, ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais. A motivação impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Considera-se que uma elevada motivação é um fator de predisposição para uma adesão eficaz. Objetivos: Os objetivos deste estudo são: (i) Determinar a prevalência da adesão à terapêutica da pessoa com diabetes mellitus tipo 2. (ii) Analisar a relação entre a motivação da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e consequentemente a sua adesão à terapêutica. (iii) Identificar as variáveis sociodemográficas e clinicas que influenciam a adesão à terapêutica da pessoa com diabetes tipo 2 quando mediadas pela motivação para a adesão à terapêutica. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo-correlacional e explicativo, realizado numa amostra de 181 participantes. Para a recolha de dados foi usado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma escala de motivação para o tratamento (EMT) que resulta de uma adaptação para a língua portuguesa do Treatment Self-regulation Questionnaire (TRSQ) realizada por Apóstolo, Viveiros, Nunes, Domingues (2007). E uma escala de adesão ao tratamento (MAT) de Morisky, Green e Levine (1986), traduzida, adaptada e validada para Portugal por Delgado e Lima (2001). Resultados: Constatámos que os participantes no estudo ingerem excessivamente hidratos de carbono e lípidos em relação ao recomendado. Existe um défice de acompanhamento em consultas de diabetologia. Os participantes apresentam em 91,20% dos casos complicações associadas á diabetes. Só realizam exercício físico 1 vez por semana o que é escasso. A amostra apresenta uma média de 175,64 mg/dl de glicémia capilar, o que nos indica valores acima dos padronizados. Os participantes encontram-se medicados em 96,10 % dos casos. A taxa de motivação é de 54,40% e a adesão à terapêutica acontece em 69,50 % dos casos. A prevalência da diabetes no estudo é de 65,58 %. A variável adesão é não preditora da motivação. A Escolaridade, existência de problemas saúde associados e o tempo de diabetes mediada pela motivação são as variáveis dependentes da adesão à terapêutica. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo indicam que o grau de motivação influência a aderência ou não à terapêutica. A enfâse na tríade de tratamento é dado à medicação colocando em segundo plano a alimentação e o exercício físico. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem Médico-cirúrgica, seria de extrema importância atuar no sentido de promoção de hábitos saudáveis e ainda realçar perante os outros profissionais de saúde a importância dos determinantes do tratamento na diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Adesão; Motivação.
- Dignidade em pessoas com necessidades paliativasPublication . Loureiro, Nuno Miguel Almeida; Cunha, MadalenaEnquadramento: Os cuidados paliativos caracterizam-se por serem cuidados individualizados focados no bem-estar da pessoa com necessidades paliativas, promovendo a sua dignidade e maximizando, dentro do possível, a sua qualidade de vida. A esperança tem sido considerada como um dos elementos essenciais na vivência das pessoas com doença oncológica. Em contexto de doença terminal, quando a cura não é possível, o enfoque da esperança assume uma importância fundamental na forma como as pessoas doentes vivem o período de fim da vida. De forma particular, os cuidados paliativos baseiam a sua atividade clínica multidisciplinar na dignidade da pessoa doente e sua família. Contudo, enquanto alguns doentes poderão estar a sofrer e morrer com diminuição da sua dignidade, o conhecimento acerca deste assunto é ainda relativamente deficitário. Objetivos: Avaliar a dignidade na pessoa com necessidade de cuidados paliativos; Analisar o efeito da esperança na dignidade da pessoa com necessidade de cuidados paliativos. Métodos: Estudo correlacional em corte transversal, realizado em contexto paliativo, numa amostra de 83 participantes (50,6% mulheres), com uma média de 70,95 anos. O instrumento de recolha de informação ficou constituído por um questionário sociodemográfico, Herth Hope Index (Herth, 1992) e a Escala de Dignidade do Doente (The Patient Dignity Inventory, Chochinov et al., 2008). Resultados: Cerca de 73,8% das mulheres e 73,2% dos homens autopercecionam uma dignidade positiva (moderada a elevada). Por outro, lado 57,1% das pessoas com elevada dignidade experienciam uma esperança elevada e quanto maiores os valores da esperança (que correspondem a uma esperança mais elevada), menores serão os valores da dignidade (que correspondem a uma dignidade mais elevada). A Esperança revela poder explicativo da Dignidade (52,9%). Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que a identificação de fatores preditores da dignidade em pessoas com necessidades paliativas potencia o desenvolver e implementação de estratégias clínicas para a sua promoção. Palavras-Chave: Cuidados Paliativos; Esperança: Dignidade.