Browsing by Issue Date, starting with "2022-05-18"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Transferências inter-hospitalares urgentes da pessoa em situação crítica com acompanhamento de enfermeiroPublication . Oliveira, Cláudia Marina Ferreira; Dias, António MadureiraIntrodução: No seu quotidiano profissional, os enfermeiros depararam-se com a necessidade de realizar o transporte inter-hospitalar da pessoa em situação crítica, estes têm de estar preparados para certificar a segurança do doente durante todas as fases do transporte e prestar-lhe cuidados de qualidade. Objetivo: Verificar quais as estratégias para a operacionalização das transferências interhospitalares urgentes da pessoa em situação crítica no setor público empresarial com assistência de enfermeiro. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, com foco transversal. Numa amostra constituída por 421 enfermeiros. Aplicado como instrumento de recolha de dados um questionário ad hoc. Resultados: Os resultados revelam que, na sua prática profissional, nos últimos doze meses, 69,1% dos enfermeiros efetuou transferências inter-hospitalares urgentes, 58,1% referiram que nem todos os enfermeiros da equipa realizam as transferências; 56,1% enfermeiros indicaram que a equipa ficou sempre com o número de enfermeiros mínimo a assegurar a prestação dos cuidados, enquanto 43,9% referiram que nem sempre; 39,9% dos enfermeiros utilizaram muito frequentemente, o score de avaliação de risco para as transferências interhospitalares urgentes, com 23,5% a relatarem que nunca foi realizada esta avaliação. Segundo 25,4% enfermeiros, na transição de cuidados, nunca foi utilizada a técnica de comunicação ISBAR; para 80,0% as transferências inter-hospitalares não são operacionalizadas por uma equipa do Hospital/Centro Hospitalar constituída exclusivamente para esse efeito; 76,7% sentem necessidade de formação especializada na área das transferências inter-hospitalares da pessoa em situação crítica. Conclusão: Ficou demonstrado que não existe uma uniformidade para operacionalizar as transferências inter-hospitalares. Palavras-chave: Transferências inter-hospitalares urgentes; Enfermeiro; Pessoa em situação crítica.
- Perceção dos enfermeiros sobre a sua preparação na resposta hospitalar em situações de catástrofePublication . Costa, Daniel Rodrigues dos Santos; Dias, António Madureira; Coelho, Mauro Alexandre de AlmeidaEnquadramento: A Enfermagem, enquanto ciência, carece, concomitantemente, do desenvolvimento de competências técnicas como de investigação funtamentada que contribua para a criação de um corpo de conhecimentos sólido sobre os quais acentem os cuidados prestados à pessoa. Assim, tantos os estágios como o processo investigativo levado a cabo contribuiram para o sucesso do processo formativo. Os estágios, tanto em urgência como em cuidados intensivos, revelaram a necessidade de uma resposta pronta e eficaz em situações de catástrofe. Os enfermeiros constituem o maior grupo profissional na área da saúde e apresentam-se sempre na primeira linha de cuidados, aquando deste tipo de situações, sendo essenciais para limitar o agravamento das condições daí decorrentes e garantir o correto funcionamento das instituições de saúde. Desta forma, eles devem ter os conhecimentos necessários e a capacidade para agir de forma correta e atempada, garantindo cuidados seguros e de qualidade à pessoa em situação crítica. Objetivo: Evidenciar as competências técnicas adquiridas na área de enfermagem especializada e determinar a perceção dos enfermeiros sobre a sua preparação na resposta hospitalar perante uma situação de catástrofe. Métodos: Explanação e reflexão crítica quanto às competências desenvolvidas e apresentação de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, em coorte transversal, numa amostra de 212 enfermeiros. Aplicou-se a Escala de Perceção dos Enfermeiros sobre a sua preparação face a uma situação de catástrofe - Disaster Preparedness Evaluation Tool (DPET –PT®), versão de Santos e Dixe (2014), divulgado e aplicado via online a enfermeiros a exercer em Portugal Continental. Resultados: Os estágios evidenciaram défice de preparação na resposta perante situações de catástrofe dando mote à investigação que veio a demonstrar que quase a totalidade da amostra manifestou necessidade de formação (95,3%). Na “gestão pós-catástrofe” 46,7% dos enfermeiros percecionam-se como tendo boa preparação e 41,0% com fraca preparação; nas “Competências do saber”, 42,4% têm boa preparação, mas 37,3% fraca preparação; nas “Competências do fazer, registou-se fraca e boa preparação”, (42,5%, respetivamente). As variáveis sociodemográficas com maior significância estatística foram o género e as habilitações literárias. As variáveis profissionais associadas à perceção de preparação face à situação de catástrofe com significância estatística foram o tipo de colaboração, o local onde se situa a instituição onde os participantes exercem funções, o serviço e o vínculo laboral. A relação entre as variáveis de contexto de catástrofe e a perceção dos enfermeiros revela variáveis com relevância estatisticamente significativa: conhecimento do plano de catástrofe externo da instituição; formação na abordagem hospitalar em situações de catástrofe; necessidade de formação na área; vivência, como enfermeiro, de uma situação real de catástrofe e situação de catástrofe vivenciada. Conclusão: Durante os estágios foram alcançados os objetivos traçados e adquiridas as competências conducentes à pratica especializada e a investigação permitiu inferir que enfermeiros com melhor perceção de preparação face à situação de catástrofe são os do género masculino, com mestrado/doutoramento e especialização, com colaboração interna prestada ao INEM, cuja instituição onde exercem se situa em Castelo Branco, os que exercem funções profissionais no INEM e que possuem diferente tipo de vínculo laboral do descrito no questionário, bem como aqueles que conhecem o plano de catástrofe externo da instituição, que possuem formação na abordagem hospitalar em situações de catástrofe e que já vivenciaram situações reais de catástrofe, nomeadamente catástrofes naturais. Palavras-Chave: Enfermagem Médico-Cirúrgica; Enfermeiro; Catástrofe; Competências