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- Risco de queda no domicílio em idosos inscritos em centro de dia : do diagnóstico ao planeamento da intervençãoPublication . Murça, Raquel da Purificação Gil; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: Este relatório reflete o percurso do estágio final, as atividades realizadas e as competências específicas adquiridas em Enfermagem Comunitária, assim como o desenvolvimento de um estudo de investigação. O envelhecimento demográfico é hoje uma realidade que apresenta novos desafios aos governos e à sociedade e que faz emergir necessidades em saúde. As quedas em idosos são consideradas um problema de saúde pública, pela prevalência e consequências. Assim, pretendemos determinar a prevalência de quedas no domicílio em idosos inscritos em Centros de Dia do concelho de Tondela; avaliar o risco de queda no domicílio em idosos e identificar fatores associados às quedas. Métodos: Realizámos um estudo transversal analítico com uma amostra de 86 idosos, sendo a maioria do género feminino e com uma média de idade de 81,96%±6,62 anos. Os dados foram colhidos através de um inquérito online, aplicado pela equipa de investigação após aprovação pela Comissão de Ética e autorização pelas instituições. O instrumento de recolha de dados é constituído por variáveis referentes à caracterização sociodemográfica e clínica, pelo teste TimedUp&Go (TUG), pela Escala de Equilíbrio de Berg e pela Escala de Caracterização da Habitação. Os dados foram tratados através do Programa estatístico IBM SPSS. Resultados: Cerca de 86,0% dos idosos referiram que já tiveram uma queda no domicílio, dos quais a maioria (52,3%) mencionou que esta ocorreu nos últimos 12 meses. O maior número de quedas verificou-se na rua, cozinha e escadas. Os principais motivos de queda foram o tropeçar (68,9%), as escadas (15,6%) e queda da cama (4,4%). A maioria dos idosos apresentou risco de queda e os instrumentos BERG e TUG apresentaram uma correlação negativa entre eles (p<0,001, r = -0,859). A idade associou-se com o risco de queda (65-80 anos maior risco de queda na cozinha), os idosos que utilizam dispositivos de apoio à marcha apresentam um risco superior de queda na sala de jantar e em instalações sanitárias. Conclusões: Mais de metade dos idosos teve uma queda nos últimos 12 meses e menos de um quinto dos idosos avaliados é que referiu nunca ter caído. Os locais de principal queda nos últimos 12 meses foram a rua / fora de casa, a cozinha e as escadas. De acordo com o teste TUG a maioria dos idosos apresentou algum / moderado risco de queda. O risco de queda não se associou com o género. A idade e o uso de dispositivo de marcha associaram-se com o risco de queda em algumas divisões da casa e com o tempo em TUG. Os idosos com risco de queda segundo a escala de BERG apresentam um menor risco de queda no quintal e um alto risco de queda na sala de estar. Palavras-Chave: Acidentes por Quedas; Idoso; Enfermagem Comunitária
- Avaliação de risco de reutilização da água tratada da ETAR Viseu Sul para usos de rega e afinsPublication . Santos, Lenise Maria Leite dos; Brás, Isabel Paula LopesA água é um bem essencial para sobrevivência humana e está diretamente ligada ao desenvolvimento socioeconómico. Sendo assim considerada um dos bens mais valiosos do mundo. Porém há uma limitação quanto a esse bem tão preciso, ele é finito. Devido as crescentes alterações climáticas e o aumento populacional a escassez de água já é uma realidade em diversas partes do mundo. Esta necessidade impulsiona a procura de soluções sustentáveis para a crise hídrica que está a crescer. Neste contexto surge a possibilidade de reutilizar águas residuais tratadas como fonte de água não potável para atividades básicas. A reutilização de águas tratadas traz benefícios ambientais e sociais, porém também há riscos associados, o que torna necessário o desenvolvimento de uma avaliação de riscos. Esta dissertação teve como objetivo desenvolver a avaliação de risco da reutilização de águas, a nível de saúde pública e de recursos hídricos, para produção e utilização interna pela Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Viseu Sul e para utilização externa na rega dos espaços verdes de Viseu. Também foram desenvolvidos uma ferramenta que facilita o processo de desenvolvimento da avaliação no Microsoft Excel e um vídeo para uma campanha de sensibilização a população sobre a reutilização de água. A metodologia utilizada foi a semi-quantitativa de avaliação de risco relativamente à saúde pública e aos recursos hídricos. Foram identificados 8 recetores, sendo 3 destes na produção e utilização interna e 5 envolvidos na utilização externa, dispostos em 47 cenários, divididos entre cenários de ingestão, inalação e adsorção dérmica. O resultado obtido demonstrou que há viabilidade para produção e utilização de Água para Reutilização (ApR) pela ETAR Viseu Sul, com risco global para saúde pública de 0,68, e para utilização na rega dos espaços verdes de Viseu, com risco de 0,75. O risco global para os recursos hídricos foi de 2,33 para azoto e fósforo e 0,78 para E. coli.Todos os riscos foram considerados desprezáveis, considerando os critérios definidos pelo método. Sendo assim, possível concluir que a reutilização de água residual tratada na ETAR Viseu Sul é uma possibilidade boa e viável para suprir as necessidades hídricas da cidade de Viseu, sem colocar em risco a população e o meio ambiente.