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- A mescla paradoxal da Sociedade da Comunicação: um esboço descritivo da ação do capitalismo da vigilãncia, do dataísmo e da infocracia. O caso da Cambridge Analytica e a reação da União Europeia.Publication . Santos, Kevin da Costa; Simões, Pedro CoutinhoO desenvolvimento tecnológico avança a um ritmo avassalador e cria novos fenómenos, como o dataísmo, a infocracia e o capitalismo da vigilância. Com o presente estudo, pretendemos fornecer o nosso contributo para a compreensão destes fenómenos e analisar o seu impacto na criação de uma nova sociedade assente numa mescla paradoxal resultante do choque entre uma visão dataista emergente e os pressupostos humanistas que servem de base às democracias liberais. Para tal, realizou--se uma viagem pela história, procurando perceber o papel da comunicação no desenvolvimento das sociedades humanas e na relação entre os individuos e as estruturas sociais; analisaram-se os paradoxos que caraterizam uma sociedade marcada pela velocidade e pelo poder crescente da informação; e, através de uma análise de caráter exploratório que consiste no estudo dos escândalos associados à Cambridge Analytica, atendendo igualmente à reação das autoridades da União Europeia, conseguiu-se perceber que é efetiva a ameaça produzida por uma visão dataista totalizadora e é, realmente, urgente e necessário estabelecer limites legais e morais para a exploração dos dados pessoais dos cidadãos.
- A comunicação publicitária entre limites e desafios éticos: liberdade ou abuso de expressão?Publication . Santos, Andreia Regina Lopes; Barroso, PauloO conceito de liberdade de expressão e o direito ao seu exercício têm sido amplamente debatidos nas sociedades da informação, especialmente devido aos desafios trazidos pelos novos meios tecnológicos e os seus efeitos sociais, como ocorre no campo da comunicação publicitária. Essas discussões abordam as imposições e limites necessários para garantir que a liberdade individual ou de uma marca num anúncio publicitário não interfira nos direitos alheios, preservando valores éticos e a harmonia social. A publicidade, enquanto forma estratégica de comunicação, promove produtos, serviços ou ideias, persuadindo o público a adotar comportamentos desejados. A sua linguagem persuasiva combina criatividade e inovação para se destacar num mercado competitivo, embora, por vezes, se torne abusiva ou impactante. Atuando em plataformas multicanal, como televisão, rádio, redes sociais e websites, a publicidade deve respeitar códigos éticos e legais, evitando mensagens abusivas, enganosas ou discriminatórias. Apesar de seu papel social e cultural no incentivo e persuasão ao consumo, por vezes excessivo e desnecessário, o seu impacto pode ser controverso, especialmente quando desafia princípios éticos ou abusa da liberdade de expressão. A presente investigação analisa se a publicidade opera em conformidade com os princípios éticos e jurídicos associados à liberdade de expressão. Explora como esses elementos se influenciam mutuamente e avalia até que ponto os limites éticos e legais moldam e condicionam as práticas publicitárias. Para a prossecução dos objetivos desta investigação, optou-se por uma metodologia de carácter misto, contanto com entrevistas a duas agências de publicidade, a yunik e a Desigm. Complementarmente foi realizado um inquérito por questionário, cuja amostra foi de 122 inquiridos para compreender perceções sobre conformidade ética e legal da atividade publicitária. Os resultados indicam que, em geral, a publicidade respeita os princípios éticos e jurídicos, mas reforçam a necessidade de limites para evitar conflitos com valores éticos, morais e legais. Conclui-se que a liberdade de expressão na publicidade exige um equilíbrio entre criatividade e responsabilidade, assegurando eficácia comunicativa sem comprometer direitos e padrões éticos.
