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- Prevenção da plagiocefalia não-sinostótica nos cuidados de saúde infantil e pediátricos : Scoping reviewPublication . Lourenço, Isabel Guerra; Cordeiro, Manuel PereiraEnquadramento: Ao longo do percurso de aquisição de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, diversas temáticas revelaram-se fundamentais para a prestação de cuidados ao binómio criança-família. A sua exploração através da investigação é essencial para o avanço da disciplina de enfermagem e para a melhoria contínua da prática clínica. A plagiocefalia não-sinostótica tem vindo a emergir como uma verdadeira epidemia pediátrica, refletindo o impacto das práticas modernas no cuidado infantil e evidenciando a necessidade urgente de estratégias preventivas eficazes e acessíveis. Esta anomalia morfológica do crânio resulta da ação de fatores biomecânicos externos de compressão e/ou tração, aplicados antes, durante ou após o nascimento. Embora frequentemente considerada uma condição benigna e meramente estética, trata-se de uma condição adquirida que pode ter repercussões a longo prazo, por vezes irreversíveis. Apostar na prevenção é essencial para garantir que cada criança atinja o seu pleno potencial de desenvolvimento. Objetivos: Descrever o percurso formativo nos diferentes ensinos clínicos e refletir criticamente sobre as atividades desenvolvidas, para a aquisição de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica. Mapear a evidência científica disponível sobre os cuidados de saúde infantil e pediátricos, bem como as estratégias preventivas da plagiocefalia não-sinostótica. Metodologia: Descritivo-reflexiva sobre o percurso formativo nos diversos contextos formativos. Paralelamente foi elaborada uma Scoping Review, tendo por base as diretrizes preconizadas pelo Joanna Briggs lnstitute e a seleção dos artigos foi suportada pelo modelo Preferred Reporting ltems for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews. A questão de investigação foi formulada de acordo com a mnemónica População, Conceito, Contexto e, foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão. A estratégia de pesquisa permitiu localizar estudos publicados e não publicados, sem qualquer limite linguístico, temporal, geográfico ou cultural durante a pesquisa, mas com acesso gratuito ao texto integral. Resultados: Após a pesquisa nas bases de dados definidas, um total de 550 artigos foram obtidos e exportados para o software de gestão de seleção Rayyan. No final do processo de seleção foram incluídos 28 estudos na revisão. A evidência coletada demonstra que a prevenção da plagiocefalia não-sinostótica exige uma abordagem multidimensional, englobando e combinando: formação e capacitação dos profissionais de saúde; a identificação precoce e monitorização clínica; intervenção precoce e encaminhamento; orientação e educação parental precoce; promoção da variação postural e reposicionamento; promoção da motricidade livre e espontânea; tummy time supervisionado; utilização de dispositivos auxiliares; cuidados de enfermagem em populações de risco e hospitalizadas. Conclusão: A prevenção eficaz da plagiocefalia não-sinostótica requer um compromisso conjunto entre pais, cuidadores e profissionais de saúde, sendo um elemento essencial na prática clínica. Esta deformidade craniana foi identificada ao longo de todos os ensinos clínicos realizados, evidenciando a relevância da sua prevenção através da implementação de estratégias baseadas na educação, monitorização e intervenção precoce, fundamentais para reduzir a sua incidência e promover um desenvolvimento craniofacial equilibrado. Palavras-chave: Plagiocefalia Não-Sinostótica; Prevenção e Controlo; Cuidado de Enfermagem; Profissionais de Enfermagem Pediátrica; Scoping Review