Departamento de Gestão (DG)
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Browsing Departamento de Gestão (DG) by Field of Science and Technology (FOS) "Finanças empresariais"
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- Fiabilidade dos testes de adequação feitos pelo setor bancário a retalho como garante de literacia financeira dos investidores de produtos financeiros-Análise empíricaPublication . Franco, Ana Isabel Leal; Reis, Paulo Sérgio Beco Pinto; Malva, Maria Madalena FreitasA presente dissertação tem como principal objetivo aferir se o investidor conhece o instrumento financeiro que subscreve, desde a composição da carteira até à volatilidade histórica do mesmo, e, se a escolha desta se deve ao cruzamento desse conhecimento com a sua predisposição para assunção de risco. A permanente necessidade financeira das empresas e o crescente acesso aos mercados financeiro, levou à emissão de um leque cada vez mais vasto e heterógeno de produtos financeiros para a conquista de aforradores que vêm neles novas possibilidades de investimento, cada vez mais diversificadas, e com expetativas superiores de rentabilidade. A solução de acesso aos produtos financeiros foi sendo desenvolvida e a par dos mercados regulamentados este desenvolvimento impulsionou a comercialização de produtos financeiros no retalho no chamado mercado de balcão (OTC over-the-counter) (Diretiva 2014/65/UE). Na tentativa de corrigir a insegurança dos investidores/aforradores, as entidades de supervisão tentaram desenvolver vários mecanismos de proteção ao cliente bancário que estão vertidos na Diretiva 2014/65/EU do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de maio de 2014. Entre eles está o teste de adequação ao perfil de investidor de realização obrigatória e necessário para a aquisição de qualquer produto financeiro. Neste sentido, esta dissertação propõe-se aferir se a literacia financeira que obrigatoriamente está atestada pela necessidade de adequação de um teste de definição de perfil de investidor corresponde ao real conhecimento da carteira, cruzando os produtos financeiros em carteira com o conhecimento sobre os seus ativos subjacentes através de um inquérito aos investidores não profissionais classificação dada pela Diretiva 2014/65/EU de 15 de maio.
- O impacto da contabilidade de gestão no setor público - Estudo de casoPublication . Lopes, Ana Lúcia de Sousa; Pinto, António Pedro Martins SoaresA contabilidade, enquanto sistema de informação para organizações públicas e privadas, não pode permanecer indiferente ao aumento das responsabilidades sociais e ambientais. O Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas, na sua Norma de Contabilidade Pública nº 27 (NCP 27), aborda esta questão e estabelece as condições em que a informação sobre gastos e benefícios ambientais pode ser extraída de determinadas demonstrações financeiras como o Balanço, a Demonstração dos Resultados e o Anexo, possibilitam a mostra dos gastos e benefícios ambientais, contribuindo para uma contabilidade mais sustentável e alinhada com as responsabilidades sociais e ambientais das organizações. A NCP 27 recomenda o recurso aos gastos baseados em atividades (ABC), devendo os municípios afetar os gastos de acordo com a função e natureza das atividades, incluindo atividades nucleares, de apoio e auxiliares. O cálculo de gastos pelo método ABC caracteriza-se pela afetação de gastos indiretos entre atividades e baseia-se no pressuposto de que as atividades consomem recursos em vez de produtos (NCP 27). A metodologia ABC pode fornecer uma visão mais abrangente para melhor gerir os gastos, na medida em que estes devem estar ligados às atividades que consomem os recursos relevantes. Desta forma, a metodologia pode permitir uma melhor compreensão de todas as fases pelas quais o produto/serviço final passa e pode fornecer uma visão global sobre o modo como devem ser tomadas as decisões que levarão a uma maior rentabilidade de recursos. O Plano Oficial de Contabilidade de Autarquias Locais (POCAL) promove sistemas contabilísticos abrangentes e, o Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP), exige que os municípios introduzam sistemas de Contabilidade de Gestão como uma ferramenta importante para uma eficiente tomada de decisão, avaliando o desempenho e os resultados do projeto da administração pública e cumprindo os objetivos dos serviços que prestam aos cidadãos. No entanto, embora estes sistemas sejam obrigatórios, a sua implementação na administração pública está a ser um processo demorado. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto da implementação de um sistema de Contabilidade de Gestão nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Viseu (SMASV), tendo por base dados concretos provenientes dos registos contabilísticos e financeiros, com a finalidade de analisar a fase de implementação, os motores e principais obstáculos à implementação, e os benefícios que o município obteve com o sistema. O principal contributo deste trabalho é a análise da implementação do método ABC numa entidade municipal, fornecendo evidências concretas dos benefícios e obstáculos associados à implementação do método num contexto específico. A implementação do sistema ABC permite que a entidade municipal melhore a sua gestão de gastos, tornando os seus serviços mais eficientes ao identificar desperdícios, otimizar processos e direcionar recursos de forma mais estratégica. A análise detalhada dos gastos associados a cada atividade proporciona uma visão ampliada sobre os gastos envolvidos, permitindo uma tomada de decisão consciente e contribuindo para a eficácia dos serviços prestados pela entidade. A metodologia ABC pretende efetuar uma melhor gestão das atividades e recursos com vista à melhoria do nível do processo e serviço prestado e gerar informação dos gastos da atividade de suporte a decisões estratégicas. O principal contributo de implementação da Contabilidade de Gestão é a eficaz gestão de gastos e a satisfação dos clientes.
- Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteiraPublication . Peixoto, Gonçalo Manuel Cabral; Pinto, António Pedro Martins Soares; Silva, João Miguel Falcão Pinto daO investimento de carteira tem vindo a ganhar relevância em termos económicos, expresso pelo peso que assume no Produto Interno Bruto de cada país. Embora o Coordinated Portfolio Investment Survey (CPIS) tenha permitido colmatar alguma insuficiência de dados designadamente, em termos da localização dos ativos de investimento de carteira, prevalecem um conjunto de limitações como, por exemplo, falta de reporte por parte de alguns países, ou reporte incompleto com a ausência de algumas variáveis ou dimensões estatísticas. Nesse sentido, este relatório propõe uma nova abordagem que permite dar resposta à falta de cobertura de informação estatística e, desde logo, melhor identificação dos investimentos na forma de dívida e capital que cada país fez com o exterior. Este trabalho inclui informação recolhida do CPIS e da Posição de Investimento Internacional. Os resultados obtidos permitem aferir, com maior fiabilidade, a residência dos investidores finais do investimento de carteira, validados com testes de robustez e pela evolução com menores oscilações significativas do investimento mundial quando incorporadas as estimativas. A metodologia proposta permite ultrapassar as lacunas dos dados existentes no CPIS. As estimativas têm um maior impacto, em termos absolutos, nas economias que mais investimento de carteira captam e, em alguns semestres, representam 20% dos dados disponíveis. Assim, e de acordo com as estimativas obtidas através dos dados existentes conclui-se que a União Europeia, Estados Unidos da América, Reino Unido e Japão assumem papel de relevo como investidores mundiais (representam 81% dos ativos) e que investem, sobretudo, entre si e nas Ilhas Caimão (captam 79% do investimento mundial). No período em análise (2001 a 2020), a crise financeira de 2008 condicionou a transação dos ativos e passivos destes países. A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) condicionou negativamente o investimento no exterior, nomeadamente na União Europeia, não se verificando uma alteração significativa na captação de financiamento de países terceiros. Este estudo dá um contributo adicional à literatura existente na extensão do período e número de países analisados, permitindo colmatar algumas das lacunas identificadas no CPIS, nomeadamente a cobertura incompleta dos dados ao estimar, principalmente, os períodos findos em junho de cada ano, onde a cobertura era mais afetada, e desagregar os títulos (capital e dívida) nessa estimativa. Deste modo, as autoridades responsáveis pela compilação de estatísticas externas podem estimar o financiamento captado em países que não reportam informação ao CPIS (acompanhando a periodicidade semestral do próprio inquérito) e ainda, projetar o investimento para períodos futuros.