ESSV - UEMC - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- Ganhos de funcionalidade pós-trombólise no doente com acidente vascular cerebral isquémicoPublication . Ribeiro, Susana Mendes; Martins, Maria da Conceição AlmeidaIntrodução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, sendo a segunda causa de morte em Portugal. O AVC é um evento de início súbito e catastrófico caracterizado por sinais clinicos focais, causados por uma interrupção ou diminuição do débito sanguíneo no cérebro, com duração superior a 24 horas. Com a aprovação da terapêutica fibrinolítica nas primeiras 3 horas após instalação de AVC isquémico, é necessário o acesso expedito destes doentes àquela terapêutica, sendo fundamental o encaminhamento para uma Unidade de AVC equipada e com equipas multidisciplinares com experiência, de forma a otimizar os resultados, criando-se assim o conceito de Via Verde AVC. Objetivos: Caracterização sociodemográfica e clínica dos doentes com AVC isquémico, analisar a relação entre a trombólise e os défices resultantes do AVC isquémico e estudar a relação entre as variáveis sociodemográficas e clínicas na funcionalidade no doente com AVC isquémico que realiza ou não trombólise. Metodologia: Estudo comparativo, descritivo-correlacional e analítico, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 203 doentes com AVC isquémico, que estiveram internados na Unidade de AVC no período compreendido entre 17 de dezembro de 2010 e 10 de julho de 2013, tendo sido ativados como Via Verde AVC no momento de admissão no SU. Como instrumento foi utilizada uma grelha de recolha de dados que integra a caracterização sociodemográfica, variáveis clinicas e a escala NIHS. Resultados: A população estudada era equitativamente distribuída entre homens e mulheres, com uma média de idades de 73,06 anos, vive maioritariamente em meio rural, provenientes do domicílio e chega ao hospital transportados de ambulância. Apenas 36,0% da amostra realizou o tratamento por trombólise, com um tempo médio de 200,08 minutos após a deteção dos sintomas. Uma vez que é expectável que a trombólise influencie a funcionalidade, optouse por fazer a análise paralelamente nos grupos de doentes que fizeram e nos que não fizeram trombólise. Em termos médios, a pontuação da NIHSS na admissão foi de 14,94 e 10,95 pontos nos doentes que fizeram ou não trombólise, respetivamente. No momento da alta hospitalar, as melhorias são claras, sendo ligeiramente maiores no grupo que fez trombólise, da ordem dos quatro pontos, enquanto no grupo que não fez trombólise foi somente de um ponto. Os doentes mais velhos apresentavam pontuação da NIHSS mais elevada em ambos os momentos. A região cerebral afetada teve consequências variáveis na funcionalidade O tempo entre o início dos sintomas de AVC e a chegada ao hospital e à realização de trombólise não teve influência no valor de NIHSS. Conclusão: Os doentes com AVC isquémico atendidos no CHTMAD no período em estudo apresentavam os fatores de risco característicos da doença – idade avançada, hipertensão, e outras doenças concomitantes que contribuem para o desencadear da doença, como a diabetes e doenças cardiovasculares. A generalidade dos doentes melhorou a sua funcionalidade dos domínios cognitivo e motor, avaliada pela NIHSS entre a admissão e a alta. Os doentes tratados por trombólise apresentaram melhorias ligeiramente superiores ao que não tiveram esse tratamento. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral Isquémico, Trombólise, Funcionalidade, NIHSS.
- Prevalência de infeção respiratória e urinária no doente internado com acidente vascular cerebralPublication . Campos, Soraia Helena Cardoso Tavares; Silva, Daniel Marques daIntrodução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo e define-se como um défice neurológico súbito motivado por isquémia ou hemorragia no sistema nervoso central. Infeções do trato respiratório e urinário têm sido identificadas como complicações graves após AVC. Assim o objetivo geral consiste em identificar fatores associados ao desenvolvimento de infeção respiratória e urinária nos doentes internados com AVC. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, exploratório-descritivo, transversal, retrospetivo, do tipo não experimental. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 127 doentes internados numa Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais com idades compreendidas entre os 38 e os 95 anos (𝑥̅₌75,49 anos), sendo 51,2% do sexo feminino e 48,8% de sexo masculino. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário adhoc composto por questões de caracterização sociodemográfica, clínica e circunstancial. Resultados: A prevalência de infeção respiratória foi de 16,5% e a infeção urinária de 9,4%. O número de dias de internamento variou entre 5 e 50 dias, correspondendo uma média de 10,28 (±7,12). A maioria dos doentes apresenta AVC isquémico (78,7%), a infeção respiratória predomina nos doentes idosos e a infeção urinária nos adultos. O tempo de internamento, a dependência nas atividades diárias prévia ao AVC (mRS), o grau de défice neurológico (NIHSS), o estado de consciência (GCS) e existência de fatores de risco infeccioso foram associados ao desenvolvimento de infeção respiratória. O tempo de internamento, o tipo de AVC e a presença de fatores de risco infeccioso foram associados ao desenvolvimento de infeção urinária. A maioria dos doentes iniciou programa de reabilitação no internamento (83,5%). Conclusão: Identificamos alguns fatores associados ao desenvolvimento de infeção respiratória e urinária o que nos permite desenvolver e implementar intervenções, que visem a diminuição da incidência futura de infeção nos doentes internados com AVC.