ESSV - UEMC - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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- A influência do estado nutricional na depressão em doentes em cuidados paliativosPublication . Gomes, Ana Maria Conceição Sá; Ribeiro, Olivério Paiva, orient.depressão em doentes em cuidados paliativos”. È filosofia dos cuidados paliativos proporcionar cuidados de suporte global, visando o controlo de sintomas e a melhoria da qualidade de vida dos doentes e dos seus familiares. Nesta perspectiva a avaliação realizada na triagem nutricional permite identificar o risco do doente; ao conhecermos os resultados desta avaliação torna-se possível enquadrá-lo num plano nutricional, contribuindo desta forma para o seu bem-estar a nível físico, psíquico e social. Sendo o diagnóstico de depressão cada vez mais frequente na nossa sociedade e estando estes doentes mais vulneráveis é impreterível a sua detecção precoce, tratamento e monitorização no sentido de não a subdiagnosticar. Optou-se por um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, recorrendo a um instrumento de colheita de dados, a uma amostra não probabilística, constituída por 50 doentes, dos quais 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino, apresentando idades entre os 41 e os 95 anos, 84% esteve internado na UCP uma vez, 62% dos doentes estão medicados com antidepressivos. O diagnóstico mais frequente é a neoplasia com 86%; nos últimos meses 62% apresentou perda de apetite e 40% vómitos. Através da escala MUST verificou-se que a amostra apresentou IMC de 22.61, com peso médio de 69.80Kg, uma perda de peso médio de 13.83%, caracterizando um risco elevado de desnutrição (70%). Através do Inventário Depressão Beck constatou-se que na amostra, 92% “apresentam depressão” e que a sintomatologia depressiva é mais grave no sexo feminino do que no sexo masculino ( x =27.23 Vs x =24.63), contudo não é estatisticamente significativo, identificou-se ainda que 60% apresentam depressão grave. Constatou-se que das variáveis sóciodemográficas, a idade apresenta uma associação baixa e positiva (r=0.260; p=0.048), contudo não é estatisticamente significativo. Verifica-se que o risco do estado nutricional, não influencia na depressão, observando-se uma associação muito baixa e positiva (r=0.035; p=0.817). Face à variável estado nutricional, não existem diferenças estatisticamente significativas, não se verificando a influência do estado nutricional na depressão. PALAVRAS-CHAVE: Depressão, Doentes em Cuidados Paliativos, Estado Nutricional, Triagem Nutricional (MUST).
- Relação doente/profissional de saúde e adesão terapêutica na cardiopatia isquémicaPublication . Augusto, Ana Patrícia RamosTítulo do Trabalho: Relação doente/profissional de saúde e Adesão Terapêutica na Cardiopatia Isquémica. Enquadramento: A relação estabelecida entre profissionais de saúde e doentes é influenciada por vários fatores e tem sido apontada como forte preditora da adesão à terapêutica (CABRAL; SILVA, 2010). Objetivos: Relacionar variáveis sociodemográficas, de saúde, farmacológicas e os estilos de vida com a RDP; estimar a predição da variável “RDP” na adesão terapêutica no doente com doença cardíaca isquémica. Métodos: Estudo transversal e correlacional; Amostra: 110 utentes (sexo masculino 68,2%, feminino 31,8%). Dados obtidos através de questionário constituído por uma componente sociodemográfica e outra de saúde, uma escala de Avaliação da RDP e uma escala de Avaliação da MAT (DELGADO; LIMA 2001). Resultados: As habilitações literárias influenciam o valor global da RDP (p=0,033). Os indivíduos com rendimento mensal mais elevado possuem um maior nível de informação (p=0,022) e melhor valor global da RDP (p=0,004) e os que têm estilos de vida menos saudáveis consideram melhores as atitudes dos profissionais de saúde. A dificuldade em se deslocar aos serviços de saúde (p=0,015; UMW=770,000) e o número de consultas (p=0,002) influenciaram a relação na dimensão informação, enquanto que, a periodicidade das consultas (p=0,043; X²=8,156) e o total de comprimidos (r=0,217, p=0,023; t=2,312; ß=0,376) mostraram-se preditores da relação na dimensão capacidades comunicacionais. A dimensão informação foi preditora da adesão (r=0,228; p=0,008; t=2,434; ß=0,228). Conclusão: A relação estabelecida entre doentes e profissionais de saúde é influenciada pelo nível económico e educacional, pelos estilos de vida, por situações associadas aos serviços de saúde e pela quantidade de terapêutica instituída. O nível de informação relativo à doença e tratamento influencia a adesão aos tratamentos farmacológicos. Palavras-chave: Relação Doente/Profissional de Saúde; Adesão Terapêutica; Cardiopatia Isquémica. ABSTRACT Title: Relationship patient/professional healthcare and compliance therapy in ischemic heart disease Background: The relationship made between healthcare professionals and patients is influenced by several factors and has been identified as a strong predictor of adherence to therapy (CABRAL; SILVA, 2010). Goals: To relate sociodemographic, health, pharmacological and lifestyle variables with the RDP; estimate the prediction of the variable "RDP" on adherence in patients with ischemic heart disease Methods: Cross sectional and correlational; Sample: 110 users (male 68.2%, female 31.8%). Data obtained through a questionnaire comprising a component of other sociodemographic and health, a range of assessment and a range of RDP Evaluation of MAT (DELGADO; LIMA 2001). Results: The educational background affect the overall value of RDP (p=0.033). Individuals with higher monthly income have a higher level of information (p=0.022) and better overall value of RDP (p=0.004) and have less healthy lifestyles better consider the attitudes of health professionals. The difficulty in moving health services (p=0.015, UMW=770.000) and the number of consultations (p=0.002) influenced the relationship between the size information, whereas the frequency of visits (p=0.043, X²=8.156) and the total number of tablets (r=0.217, p=0.023, t=2.312, ß=0.376) were predictors of the relationship in the dimension communicative skills. The size information was a predictor of adherence (r=0.228, p=0.008, t=2.434, ß=0.228). Conclusion: The relationship established between patients and healthcare professionals is affected by the economic and educational level, the lifestyles, for situations attached to health services and the amount of therapy. The level of information on the illness and treatment affects the adherence to pharmacological treatments.. Keywords: Relationship Patient / Health Professional; Accession Therapy, Ischemic Heart Disease
- Estratégias de coping e adesão ao tratamento farmacológico na doença coronária isquémicaPublication . Antunes, Carla Sofia SimõesTítulo: Estratégias de Coping (EC) e Adesão ao tratamento farmacológico (ATF) na Doença Coronária Isquémica (DCI). Introdução: A DCI constitui a segunda causa de morte em Portugal. A não adesão ao tratamento é considerada uma das principais razões para a obtenção de resultados clínicos insatisfatórios. Torna-se pertinente estudar factores que possam influenciar a adesão, nomeadamente o Coping, no sentido de a melhorar. Objectivos: Descrever o perfil sociodemográfico e de saúde do doente com DCI; Relacionar as variáveis: sociodemográficas, Stress e Esquema terapêutico complicado com as EC; Relacionar as EC com a ATF. Metodologia: Estudo não-experimental, quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, desenvolvido no Centro Hospitalar Cova da Beira. Amostra probabilística por acessibilidade, constituída por 110 indivíduos (68,2% homens, 31,8% mulheres; idade média=66,3 anos, dp=9,78 anos) com diagnóstico de DCI. Questionário que inclui questões para caracterização sociodemográfica e de saúde; Versão portuguesa do Teste de Medida de Adesão aos Tratamentos e do Questionário Brief COPE. Resultados: As variáveis analisadas influenciam a adopção de várias EC (p<0,05). Não foi determinada uma correlação estatisticamente significativa entre as EC e a ATF nos doentes com DCI (p-value>0,050). Conclusão: Existe relação entre as variáveis Sociodemográficas, Stress e Esquema terapêutico complicado dos doentes com DCI e as EC adoptadas. Contrariamente à bibliografia, não foi comprovado a existência de uma relação entre as EC e a ATF em doentes com DCI. Assim, o modelo em estudo não é explicativo e não tem valor preditivo. Palavras-chave: Doença Coronária Isquémica; Estratégias de Coping; Adesão ao Tratamento Farmacológico.
- Satisfação do doente cardíaco com os cuidados de enfermagemPublication . Silva, Melânia Cristina CorreiaTítulo do trabalho: Satisfação do Doente Cardíaco com os Cuidados de Enfermagem Introdução: A satisfação dos doentes é um indicador imprescindível para avaliar a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos, beneficiários directos desses cuidados. Objectivos: Identificar o grau de satisfação com os cuidados de enfermagem; analisar a influência das variáveis sociodemográficas, contexto familiar, clínicas, estilos de vida e psicológicas. Metodologia: Estudo quantitativo, não-experimental, descritivo-correlacional e transversal; Amostra: 90 doentes que se encontravam na Unidade de Cuidados Intensivos Coronária no momento da aplicação dos questionários (sexo masculino 64.4%, feminino 36.6%; idade média=64.17anos, dp=15.80). Dados obtidos através de questionário: questões de caracterização Sociodemográfica, Sociofamiliar, Clínica, Estilos de Vida, Psicológica, escala de Apgar Familiar (Smilkstein, 1978), Inventário Clínico de Auto conceito (Vaz Serra, 1985) e Instrumento de Satisfação do Paciente (Oliveira, 2004). Resultados: Da amostra em estudo, 37.8% apresentam-se pouco satisfeitos com os cuidados de enfermagem, 28.9% satisfeitos, 33.3% muito satisfeitos. Variáveis que influenciam a satisfação com os cuidados de enfermagem: Idade (F=2.94; p=0.04); Rendimento mensal (X2=9.975; p=0.019); IMC (β=-0.245; t=-2.328; p=0.022); maturidade psicológica (β=0.388;t=2.129;p=0.036) e impulsividade/actividade (β=0.364;t=2.260; p=0.026) para a dimensão educacional; Impulsividade/actividade (r=0.198; p=0.031) para a dimensão técnico-profissional e o IMC (β =-0.241; t=-2.328; p=0.022) para a satisfação. Conclusão: A satisfação com os cuidados de enfermagem é influenciada pela idade, rendimento mensal, IMC, aceitação/rejeição social e impulsividade/actividade. A amostra sente-se mais satisfeita com a dimensão educacional (2.86) e técnico-profissional (2.81) e menos com a dimensão confiança (2.77). Palavras-chave: Enfermagem; Cuidar; Satisfação do utente.
- Bem estar subjetivo em doentes cardíacos: fatores determinantesPublication . Martins, Cristina Maria Costa MoreiraEnquadramento: O BES é constituído por duas dimensões: uma dimensão cognitiva, e uma afetiva. A dimensão cognitiva é a Satisfação com a Vida. A dimensão afetiva é composta pelos Afetos positivos e pelos Afetos negativos, e o balanço afetivo obtêm-se pela diferença entre os Afetos positivos e negativos. Objetivo: Identificar se as variáveis socio-demográficas influenciam o BES do doente cardíaco internado numa UCIC; analisar se o stress, a ansiedade e a depressão influenciam o BES; aferir se outras patologias associadas, o uso de medicação anti-depressiva e/ou cardíaca, influencia o BES; aquilatar se hábitos de saúde influenciam o BES. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal, descritivo – correlacional. Realizado em 90 doentes internados em unidades de cuidados intensivos coronárias, sendo 64,4% do sexo masculino e 35,6% do sexo feminino. A recolha de informação inclui um questionário composto pelo questionário de bem-estar – PANAS, (Watson, Clark & Tellegen, 1988), escalas de ansiedade, depressão e stress – EADS, (Lovibond, P., & Lovibond, S, 1995), dados pessoais e alguns estilos de vida adotados, pertinentes para o estudo. Resultados: Verificaram-se significâncias estatísticas para os AP: nos indivíduos com idades ≤48 anos e os indivíduos entre 62-70 (p=0,018) e os indivíduos de 71-78 anos(p=0,009); entre os indivíduos com limitação física para atividades quotidianas e os que possuem acentuada limitação física(p=0,038). Conclusão: Confirma-se parcialmente a hipótese relativamente aos AP e balanço afetivo relativamente à idade; AP e limitação física. Confirma-se totalmente relativamente ao rendimento auferido. PALAVRAS CHAVE Bem-estar subjetivo, afetos positivos, afetos negativos, balanço afetivo, doença cardiovascular.ABSTRACT Background: The subjective well-being consists essentially of two dimensions: a cognitive dimension and an affective dimension. The cognitive dimension can be termed as satisfaction with life. The affective dimension is composed of the positive affect and negative affect, and emotional balance of the individual are obtained by the differences between positive and negative affect. Goal: In order to identify if the socio-demographic variables influence the SWB in a hospitalized patient's heart UCIC, to analyze how the stress, the anxiety and the depression can influence the SWB; to assess whether other disorders, the use of antidepressant medication and / or cardiac influences the SWB; to assess how health habits influence the SWB. Methodology: Quantitative analysis, cross-sectional, descriptive - correlational. Performed in 90 patients admitted to coronary care units, being 64.4% male and 35.6% female. The collection of information includes a survey questionnaire composed of well-being - PANAS (Watson, Clark & Tellegen, 1988), scales of anxiety, depression and stress - SADS (Lovibond, P., & Lovibond, S, 1995) , and some personal lifestyles that were relevant to the study. Results: We found statistical significance for the PA, in individuals aged ≤ 48 years old and individuals 62-70 years old (p= 00,018) and individuals of 71-78 years old (p=0.009), among individuals with physical limitations for daily activities and those with severe physical limitations (p = 0.038). Conclusion: This confirms the hypothesis in part on the PA and emotional balance in relation to age, physical limitation and PA. It is confirmed for the full earned income. KEYWORDS: Subjective well-being, positive affect, negative affect, emotional balance, cardiovascular disease.
- Suporte social e adesão terapêutica no doente com síndrome coronária agudaPublication . Pina, Sílvia Mabel MendesEnquadramento: O suporte social tem sido directamente relacionado com a diminuição da mortalidade dos doentes cardíacos ao promover e melhorar a adesão ao regime terapêutico. (ABREU-RODRIGUES; SEIDL, 2008). Objectivos: Relacionar as variáveis sociodemográficas, as referentes aos serviços de saúde, as referentes à terapêutica farmacológica e os estilos de vida com a satisfação com o suporte social; relacionar suporte social e a adesão terapêutica no doente com Síndrome Coronária Aguda (SCA). Métodos: Estudo transversal e correlacional. Amostra: 110 utentes com SCA, (68,2% masculinos e 31,8% femininos), frequentadores da consulta externa do Hospital Universitário Pêro da Covilhã, de 15 de Maio a 3 Junho de 2011. Usado o questionário, constituído por uma componente sociodemográfica e outra de saúde, uma escala de avaliação da satisfação com o suporte social (PAIS RIBEIRO, 1999) e uma medida de adesão aos tratamentos (DELGADO; LIMA, 2001). Resultados: Os indivíduos com companheiro possuem maior satisfação com o suporte social na satisfação com os amigos (p=0,000), na Intimidade (p=0,006) e no valor global (p=0,007). Os estilos de vida são preditores da satisfação com os amigos (β=0,200; p=0,033), da família (β=0,260; p=0,006), da intimidade (β=0,244; p=0,009) e do valor global (β=0,263; p=0,005). A idade é preditora da satisfação com os amigos (β=-2,895; p=0,005). A distância do domicílio aos serviços de saúde é preditora da satisfação com a intimidade (β=- 0,216; p=0,020) e do valor global (β=-0,218; p=0,019). O custo com a medicação é preditora da satisfação com as actividades sociais (β=-0,218; p=0,022). Apenas a satisfação com a família, apresentou uma correlação significativa com a adesão aos tratamentos (r=0,163; p=0,044) Conclusão: A família e os recursos comunitários devem ser encarados como parceiros na equipa de saúde, razão pela qual devem ser aliados no processo de educação terapêutica imprescindível para o tratamento das doenças crónicas Palavras-chave: Suporte Social, Adesão Terapêutica e Síndrome Coronária Aguda.
- Estratégias de coping do cuidador informal da pessoa com insuficiência renal crónica em hemodiálisePublication . Rodrigues, Ana Paula Ferreira CoelhoO processo de cuidar um familiar portador de Doença Crónica progressiva é delicado e acarreta para os cuidadores informais uma sobrecarga que é potencialmente promotora de stress, ansiedade, evoluindo por vezes para um processo disruptivo do equilíbrio familiar, não tendo muitas vezes qualquer apoio de retaguarda. A presente investigação tem como objetivo avaliar quais as estratégias de coping do cuidador informal da pessoa com insuficiência renal crónica em hemodialise. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, onde recorremos a aplicação de um questionário constituído por três partes: uma colheita de dados sociodemográficos; uma Escala de Graffar (Grunberg, 1980) para avaliação do nível socioeconómico e uma “Carers’ Assessment Management Index” - CAMI (Sequeira, 2007) para avaliação das estratégias de coping. Participaram 60 cuidadoras informais, de pessoas com insuficiência renal crónica em hemodiálise no Serviço de Nefrologia e Diálise do CHTV e no Centro Médico e Diálise de Mangualde que se encontravam no momento, entre Abril e Junho de 2011. A maioria (66.7%) é do sexo feminino com idade média 57 anos, casados (81,7%), reformados (48,3%) e conjugues (57,9%) da pessoa com IRC em hemodiálise. O perfil médio revela cuidadores com nível socioeconómico reduzido, família de classe inferior alta, (45.1%) e sem apoio social (68,4%). Os nossos resultados mostram que as estratégias de coping do cuidador informal são independentes das suas variáveis sociodemograficas e socioeconómicas. Contudo ao analisarmos as três dimensões da CAMI, apesar de valores pouco expressivos verificamos que os cuidadores casados, com emprego e filhos da pessoa IRC têm as melhores estratégias de coping; o sexo e a idade não as influenciam. Para a promoção e melhoria das estratégias de coping do cuidador informal da pessoa com insuficiência renal crónica em hemodialise, é necessário que os profissionais de saúde estejam despertos para a importância de intervirem na identificação das causas do seu stress e no desenvolvimento de estratégias de coping eficazes.
- O delirium no doente de cuidados intensivosPublication . Mendonça, Maria Regina Almeida; Ribeiro, Olivério Paiva, orient.Introdução: O delirium é uma síndrome neuro-comportamental, oficialmente definido como um distúrbio da consciência, atenção, cognição e percepção, caracterizado por inicio agudo e flutuante. Afecta mais de 80% dos doentes internados em UCI, acarretando maior morbilidade e mortalidade. A idade avançada, medicamentos anticolinérgicos e doenças associadas são os maiores factores de risco. O tratamento compreende a minimização ou eliminação dos factores predisponentes e desencadeantes. Objectivos: Estimar a prevalência do delirium nos doentes internados na UCI do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real e avaliar as possíveis associações com os factores sócio-demográficos e clínicos. Método: Foi realizado um estudo transversal do tipo descritivo correlacional. A avaliação dos doentes foi efectuada no inicio de cada turno, durante os primeiros 10 dias de internamento. Para se fazer o diagnóstico de delirium associou-se a monitorização da sedação e do delirium, através da escala de RASS, e escala CAM-ICU. Resultados: A amostra é composta de 40 indivíduos, 62,5% do sexo masculino e 37,5% do sexo feminino, apresentando idade mínima de 17 anos e máxima de 83 anos, correspondendo-lhes uma média de idade de 58,5 anos. A maioria dos doentes é casado (62,5%), e residem em Meio Rural (70,0%), 60,0% têm o ensino primário e 27,5% está empregado; mas a grande maioria são reformados, (52,5%). Conclusões: Verifica-se prevalência do delirium em 55,0% dos doentes de UCI com predomínio na manhã do terceiro dia de internamento. Observou-se significância estatística para a influência do diagnóstico e dos antipsicóticos. Palavras-chave: Delirium, prevalência, UCI.
- A imagem do enfermeiro em cuidados paliativosPublication . Grencho, Leonel Martins; Ribeiro, Olivério Paiva, orient.Na sociedade, a imagem de qualquer categoria profissional pode ser associada a poder, reconhecimento ou mesmo estatuto social. Partindo deste pressuposto o estudo realizado pretende explorar e descrever a imagem que os cuidadores dos doentes paliativos têm dos enfermeiros. Para dar cumprimento a este objectivo desenvolvemos um estudo de carácter exploratório e descritivo, à luz de uma abordagem qualitativa. Participaram no estudo 13 cuidadores (n=13) que cuidavam dos doentes no seu domicílio a serem seguidos na consulta da dor da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), seleccionados por conveniência e inquiridos por entrevista semiestruturada. Os dados foram tratados através de análise de conteúdo de forma manual, de modo a sentir e compreender todas as emoções que se escondem para além do conteúdo verbal. Os resultados apontam que os cuidadores têm uma imagem muito positiva, aumentando progressivamente o valor dessa imagem de acordo com o número e tipo de necessidades dos doentes que cuidam, independentemente da idade, formação, profissão ou meio onde residem os cuidadores. Salientamos, no entanto, que ainda persiste a ideia da vocação. Assim como a persistência das actividades históricas dos enfermeiros, administrar terapêutica, e fazer pensos. Começa no entanto a emergir outras funções independentes, observadas pelos cuidadores, designadamente a relação com doente. A comunicação, para além de ser um instrumento da enfermagem é muito valorizada pelos cuidadores, assim como a vertente relacional, em detrimento das técnicas, possivelmente pela filosofia de cuidados já implementados, onde concluímos, que o enfermeiro ocupa um lugar de grande destaque, revelado por este estudo. Palavras chave: Imagem; Enfermeiros; Paliativos; Cuidador; Comunicação.
- A ansiedade do doente no período pré-operatórioPublication . Lopes, Paula Cristina Gaspar; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.A ansiedade estado é uma emoção comummente vivenciada pelo doente cirúrgico no período pré-operatório. Neste contexto, o presente estudo intitulado “A ansiedade do doente no período pré-operatório”, teve como objectivos: avaliar o nível de ansiedade do doente; determinar o nível de conhecimentos sobre o acto anestésico descritos pelo doente; verificar se as variáveis sociodemográficas têm efeito significativo na ansiedade dos doentes; analisar a relação entre as variáveis clínicas e a ansiedade e analisar a relação entre os conhecimentos sobre o acto anestésico e a ansiedade do doente, no período pré-operatório. O estudo quantitativo, transversal com características analíticas descritivas e correlacionais, foi efectuado numa amostra não probabilística de 180 doentes, propostos para cirurgia programada nos serviços de cirurgia 1 e cirurgia 2 do Centro Hospitalar Tondela -Viseu, EPE, unidade de Viseu, nos meses de Abril e Maio de 2011. Para a colheita de dados foi utilizado um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica, um questionário de avaliação dos conhecimentos sobre o acto anestésico e a versão adaptada da Escala de Auto-Avaliação de Ansiedade de Zung. Na amostra 55.6% são doentes do sexo feminino e 44.4% do sexo masculino. A média das idades foi de 57 anos, 73.9% são casados/união de facto, 62.2% residem em meio rural e 48.9% referem ter a 4ª Classe. Inferimos que a maioria dos doentes já tiveram experiências cirúrgicas e 59.4% tiveram visita de enfermagem pré-operatória. Os conhecimentos sobre o acto anestésico foram maioritariamente adquiridos através de profissionais de saúde (28.8 %), constatando-se que apenas 27.2% dos doentes tem bons conhecimentos sobre o acto anestésico. A ansiedade estado avaliada no período pré-operatório sofreu influência do sexo (mais elevada nas mulheres com 47.0%), das habilitações literárias (mais grave nos doentes com baixa literacia) e da idade (mais elevada nos doentes mais velhos); os doentes detentores de visita de enfermagem pré-operatória têm menor sintomatologia ansiosa e melhores conhecimentos. Em síntese, em face dos resultados obtidos considera-se que os mesmos sustentam a necessidade de sessões de formação no sentido de sensibilizar e motivar os enfermeiros perioperatórios para a implementação sistematizada da visita de enfermagem pré-operatória e de incluir na mesma a avaliação da ansiedade do doente, bem como o planeamento de intervenções para a debelar. Palavras-chave: Ansiedade estado; Conhecimentos; Visita de Enfermagem Pré-Operatória.